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domingo, 4 de outubro de 2015

Marcelo pede luta ao Palmeiras após goleada: "Precisamos nos indignar"

O técnico Marcelo Oliveira deu os méritos para a Chapecoense após a goleada por 5 a 1 sofrida pelo Palmeiras, neste domingo, na Arena Condá, resultado que tirou o Verdão do G-4 do Campeonato Brasileiro. Insatisfeito com o futebol apresentado por sua equipe, o comandante deixou claro: espera que todos os alviverdes, da comissão técnica ao elenco, fiquem indignados com o resultado. 
– Infelizmente foi muito ruim em todos os aspectos. Méritos da Chapecoense. Temos de nos indignar e reagir. Fazer trabalhos nesse período que temos para recuperar jogadores. Hoje jogamos fora, nossos concorrentes diretos jogaram em casa, mas nada justifica uma atuação como essa – afirmou, em entrevista coletiva logo após a partida.

O Palmeiras vinha embalado por uma série de seis partidas sem perder: quatro pelo Brasileirão, duas pela Copa do Brasil. Dependia somente de si para continuar no G-4, mas viu Santos e São Paulo baterem Fluminense e Atlético-PR, respectivamente, e subirem na tabela. O Verdão caiu para a sexta colocação.  

– Precisava lutar mais, competir mais. O jogo de futebol não dá para jogar mole, deixando jogar, apenas olhando. Tem de competir. Se não der para jogar tecnicamente bem, tem de competir. Falhamos nos dois aspectos – alertou. 
– Eu sou responsável por isso, eu que escalo. Temos condição de chegar ao G-4 e estamos lutando pela Copa do Brasil, em uma semifinal. São quatro times agora, quatro jogos para ser campeão. Não pode ser dessa forma tão passiva e com tantos equívocos e pouca competitividade como foi hoje.
Com a pausa para as Eliminatórias da Copa do Mundo, o Palmeiras volta a campo somente no dia 14, contra a Ponte Preta, na arena. Os jogos da semifinal da Copa do Brasil, contra o Fluminense, serão nos dias 21 e 28 deste mês. 

Avaliação da partida 

Eles estavam com a supremacia todos os aspectos. O cuidado é necessário no início de jogo, depois as coisas estabilizam. Levamos um gol de bola parada, coisa que treinamos muito ontem, porque a Chapecoense tem um time alto e bons batedores. Levamos também o segundo gol de bola parada. Por mais que eu possa pensar que mudou muito o jogo, foi um dia muito ruim do Palmeiras. Não competimos o necessário. Quando tentamos organizar uma jogada, eles fizeram mais faltas, roubaram mais bolas, méritos absolutos da Chapecoense. Uma noite muito ruim do Palmeiras. Precisamos nos indignar com isso para que a gente possa fazer tudo diferente e ter uma reação. Aqui (em Chapecó) é difícil mesmo, mas não podíamos perder da forma que perdemos.  
Escalação do Palmeiras 
Tinha tudo pra funcionar. Já jogou esse meio-campo, Amaral um pouco mais preso, com total liberdade para Arouca sair e Dudu se encontrar nas ações ofensivas. A Chapecoense não deixou que esses jogadores jogassem. Com a saída do Arouca piorou um pouco mais. Girotto até que entrou bem, levamos o gol em um momento de reação, aí ficou difícil. 

Desfalques 

Vamos lembrar que estamos sem o Thiago Santos, sem o Robinho, sem o Zé Roberto, Cleiton Xavier... Só aí você formaria um meio-campo muito bom. Temos de valorizar quem está aqui. Um meio-campo com dois volantes, um mais preso, com a qualidade que o Arouca tem, seria bom. O adversário não deixou que eles jogassem. Dudu foi muito bem marcado,as jogadas pelas laterais ficaram difíceis para o (Rafael) Marques e para o (Gabriel) Jesus. Eles entraram com jogadores altos, nós também. Não tivemos chances porque eles faziam jogadas individuais, encostavam. Nos dois gols que levamos, os jogadores cabecearam livres. Até que o bandeira marcou o gol de cabeça, depois não sei por que voltou atrás. A arbitragem foi normal, mérito todo da Chapecoense, tarde infeliz do palmeiras. 
Confusão com Egídio 
Íamos ficar sem um jogador, teríamos de sacrificar alguém. Mas o tivemos de volta. Deveria ser algo estimulante. Ele voltou, houve um equívoco, porque não houve nem falta. Teria de ser um adendo para motivar o time do Palmeiras a jogar melhor. Infelizmente foi muito ruim em todos os aspectos. Méritos da Chapecoense. Temos de nos indignar e reagir. Fazer trabalhos nesse período que temos para recuperar jogadores. Hoje jogamos fora, nossos concorrentes diretos jogaram em casa, mas nada justifica uma atuação como essa. 
Broncas no time 
Não adianta fazer discurso longo, cobrança tão longa. Todo mundo de cabeça quente... Temos de trabalhar. A cobrança vai existir, é lógico, não pode acontecer isso. Uma equipe lutando para sair lá de baixo e nós dependíamos só da gente para ficar no G-4. Precisava lutar mais, competir mais. O jogo de futebol não dá para jogar mole, deixando jogar, apenas olhando. Tem de competir. Se não der para jogar tecnicamente bem, tem de competir. Falhamos nos dois aspectos. 

Treinos para corrigir 

Às vezes é impraticável porque tem jogo quarta e domingo. Um dia é posterior ao jogo, o jogador não treina, depois já é véspera. Isso tem atrapalhado. Aliado a isso vêm as contusões, suspensões... Temos mexido muito em um time em formação. Temos de aproveitar esses 10 dias para fazermos mais treinamentos nesse sentido. O Palmeiras vinha de três vitórias e um empate, mas em algum momento cobramos muito que erguemos demais a bola. Precisamos de um meio-campo que possa jogar mais. 

Queda de produção de Gabriel Jesus

Já conversei com ele. É um jogador que taticamente tem ido muito bem. Tem vigor, marca, puxa contra-ataques. Tem 18 anos, sabemos que gera um pouco de ansiedade também. Quando ele faz o que fez passa a ser mais marcado. Tirando qualquer questão de uma atuação do Gabriel, que lutou muito, o time todo jogou muito mal, carregou muito a bola. Eu sou responsável por isso, eu que escalo. Temos condição de chegar ao G-4 e estamos lutando pela Copa do Brasil, em uma semifinal. São quatro times agora, quatro jogos para ser campeão. Não pode ser dessa forma tão passiva e com tantos equívocos e pouca competitividade como foi hoje. 

Por GloboEsporte.com
Chapecó, SC