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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Real Madrid não vende Gareth Bale nem por R$ 990 milhões, diz jornal.

O Real Madrid não está disposto a negociar o galês Gareth Bale. De acordo com o jornal "Marca", a diretoria do clube merengue se reuniu nos últimos dias e o martelo foi batido. O jogador, de 25 anos, não será vendido nem por € 300 milhões (R$ 990 milhões). 
O assunto entrou em pauta no Real após os jornais ingleses noticiarem o interesse do Manchester United na contratação do jogador, que foi um dos destaques da equipe na conquista do Mundial de Clubes da Fifa. Os Diabos Vermelhos estariam interessados em desembolsar € 153 milhões (R$ 502 milhões).
De acordo com a publicação, outro ponto que pesa a favor da permanência de Bale é o relacionamento que ele tem com Luka Modric. Os dois atuaram juntos no Tottenham e chegaram no mesmo período no Real Madrid. 
Na atual temporada, Bale já disputou 22 partidas em cinco competições diferentes. Foram 11 gols e cinco assistências. O galês foi contratado pelo Real ao Tottenham na temporada 2013-2014 por € 90 milhões (R$ 295 milhões). A negociação tornou-se a mais cara da história do futebol. 

Por GloboEsporte.com
Madri, Espanha

Joia 2015: Bruno Cosendey brilha no Vasco e tenta realizar o sonho do pai.

Alexandre Lobo tinha um sonho. Queria ser jogador de futebol. Até tentou e teve passagens por clubes de menor expressão do Rio. Mas sucumbiu diante da falta de apoio familiar. O objetivo, no entanto, renasceu no dia 25 de janeiro de 1997. Desde então, o motorista de táxi praticamente vive em função do desejo de ver o filho brilhar pelos gramados mundo afora. E não economiza em cobranças e conselhos. Aos quatro anos, o pequeno Bruno Cosendey já dava os primeiros chutes em uma escolinha. Hoje, prestes a completar 18, é um dos principais nomes do time de juniores do Vasco que se prepara para a disputa da Copa São Paulo e encara a expectativa de ser promovido para o elenco profissional.

- No início, eu quase me separei da minha esposa. Ela achava ridículo eu parar de trabalhar para acompanhar o Bruno em todos os treinos. As contas começaram a acumular porque eu só conseguia trabalhar de manhã. Mas dentro de mim eu pensava: "ele vai conseguir, vou fazer de tudo para isso" - lembra Alexandre.
Em nome do pai, que sempre o estimulou a brincar com a bola desde pequeno, Bruno começou sua caminhada no Grajaú Tênis Clube. Com cinco anos foi convidado para jogar futsal no Vasco ("Foi quando eu piorei mais (risos). Comecei a cobrar, dar esporro mesmo", recorda Alexandre). Bruno não ficou muito tempo no clube e passou ainda pelo futebol de salão dos rivais Flamengo e Fluminense. Em 2007, já com 10 anos, voltou ao Cruz-Maltino para iniciar a trajetória no futebol de campo. Desde então, acumula vitórias, boas atuações e muitos aprendizados.
- Meu pai sempre teve esse sonho, mas não teve muita estrutura familiar para continuar. Ele passou essa vontade para mim desde pequeno, me ajudava muito. Aos poucos, passou a ser o meu sonho também. Vivo agora a expectativa de chegar ao profissional. Dá para perceber o interesse do clube. Para concretizar, só depende de mim. Vamos um passo de cada vez, degrau por degrau. Não quero atropelar nenhuma etapa - frisa.

Campeão por dois rivais no mesmo ano
No retorno a São Januário, Bruno já começou a conseguir ajudar a família financeiramente. Era a senha que Alexandre precisava para manter o sonho vivo e diminuir as reclamações naturais da esposa Lena. Diante dos percalços tradicionais das categorias de base, o jovem meia se destacava. Certo ano, conseguiu uma façanha curiosa: foi campeão de futsal pelo Flamengo derrotando o Vasco e campeão no campo pelo Cruz-Maltino sobre o Rubro-Negro. 
Hoje, no entanto, seu futuro é apenas guiado pela Cruz de Malta. Bruno se classifica como um jogador obediente taticamente e dinâmico. Não gosta de correria, prefere a cadência, a bola no pé. No futebol brasileiro, se espelha em Kaká e, principalmente, Paulo Henrique Ganso.
- Criticam muito ele por ser lento e pouco dinâmico, mas é um cara diferenciado com a bola no pé. O Ganso pensa. Eu gosto disso. Sou um jogador que pensa também - resume.
Com 16 anos, Bruno já estava nos juniores do Vasco. Apoiador de origem, passou a jogar recentemente como volante para ajudar o treinador diante da falta de opções em uma competição na Itália. Se adaptou rapidamente à nova função e agora prefere atuar mais recuado. Foi até o artilheiro da equipe na última Copa do Brasil Sub-20, com quatro gols, atuando nesta função. O que não muda, no entanto, é a vaidade. Com brinco nas duas orelhas e tatuagens espalhadas pelo corpo, o jovem não nega que gosta de se arrumar bem.
- Vem desde pequeno. Todo jogador gosta disso, de furar a orelha, arrumar o cabelo. Sou muito vaidoso. Já tive todos os tipos de cabelo: moicano, raspado, liso... Só não dá para se apegar muito a isso. É preciso ter um limite.
"Pra quem tem fé, a vida nunca tem fim"
Limite esse que é imposto por Alexandre diariamente. O pai, por exemplo, só libera tatuagens que tenham algum significado - normalmente religioso ou ligado à família. As broncas nesses 12 anos de carreira também foram muitas. 
- Antigamente era pior. Mas meu pai mais ajuda do que atrapalha. É mais fácil para quem tem uma estrutura familiar como a minha do que para aqueles meninos que não têm os pais por perto. Meu pai sempre tem algo a corrigir. Mesmo quando jogo bem. Fala onde errei, tenta consertar... Eu brinco que ele é o cara mais chato do mundo (risos) - explica.
Já com contrato de patrocínio da Nike, Bruno não é apenas bem orientado dentro de casa. Sua carreira é agenciada pela Gestifute, que pertence ao português Jorge Mendes, considerado o maior empresário do futebol na atualidade. No Brasil, o representante da empresa é o ex-jogador Deco. O volante tem também a cidadania portuguesa por causa de seu avó paterno, o que pode lhe abrir portas no futebol europeu futuramente.
- Meu sonho é inicialmente chegar ao profissional do Vasco, fazer história aqui. Mas infelizmente ou felizmente, não sei, o mundo do futebol no geral é na Europa. Claro que tenho esse desejo também. Tenho a cidadania portuguesa porque meu avó é português. 
Depois de anos de dedicação, falta pouco para Alexandre se sentir realizado. Falta pouco para Bruno chegar ao profissional do Vasco. Até porque, como diz o verso da música "Anjos", do Rappa, tatuada no braço direito do jogador, "para quem tem fé, a vida nunca tem fim".

Por Edgard M. de Sá e Felippe Costa
Rio de Janeiro

Com CR7 e Messi na briga, Neymar acha difícil ser eleito melhor do mundo.

Chove muito em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A expectativa pela chegada de Neymar é grande. É dia da inauguração do instituto que leva o seu nome e vai ajudar aproximadamente 10 mil pessoas carentes na região. Nota-se que o craque está por perto antes mesmo de ele aparecer. Seus representantes se movimentam, a segurança também, o público fica agitado... Natural diante do tamanho do que ele representa. Afinal, há algum tempo o craque deixou de ser apenas um jogador de futebol para se tornar uma celebridade, uma empresa. Ainda há muito a percorrer até o topo do mundo, é verdade, mas o atacante está mais maduro. A ponto de reconhecer os obstáculos às metas traçadas por ele.
- Eles estão acima de qualquer jogador hoje. É difícil. Com os dois na briga acho complicado.
Eles são Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. E complicado, na análise de Neymar, é conseguir ser eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa enquanto os dois concorrentes estiverem jogando.
- Não sei se vou chegar ao nível dos dois. Mas espero cada vez mais me superar. Eu quero ser sempre melhor do que eu mesmo - reconheceu o capitão da seleção brasileira.

Em meio à inauguração do Instituto Projeto Neymar Jr., o atacante parou por dez minutos num camarim improvisado para falar sobre a temporada de 2014, reconhecer que o futebol brasileiro está atrasado (concordando com Kaká) e, claro, comentar sobre a derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo no Brasil - machucado, Neymar não atuou.
- É igual quando você toma uma bronca do pai. Você esquece que apanhou aquele dia, mas não esquece a educação que ele te deu, a informação que ele te passou - exemplificou Neymar.

GloboEsporte.com: você acaba de inaugurar o Instituto Projeto Neymar Jr. O que isso representa na sua vida?
Neymar: é um sonho meu e da minha família. Estou muito feliz e orgulhoso de ver isso aqui tão bonito para poder ajudar as pessoas.

E dos seus sonhos de criança, quais você já realizou e quais faltam realizar?
Meus sonhos de criança... já realizei muitos. E os mais importantes: dar uma casa para a minha família, se tornar um jogador de futebol e montar um instituto. Agora é ter cabeça no lugar e foco para correr atrás de outros.
E no futebol?
Tem muita coisa ainda pela frente. Tenho 22 anos. Sei, sim, que fiz muita coisa pelo futebol, mas sei também que tenho muita coisa para fazer ainda. Estou muito feliz por tudo que venho fazendo e sei que posso dar muito mais ainda.

Antes do seu acerto com o Barcelona algumas pessoas diziam que você precisaria ir à Europa para evoluir, outras achavam cedo demais. Quem tinha razão?
Tudo tem o seu momento. E o meu momento foi quando eu saí. Não me arrependo. Cresço a cada dia, a cada temporada. E acho que é uma experiência boa. Fui muito feliz no Santos, fiquei até quando o meu coração mandou. Fui procurar novos ares, desafios maiores e espero que possa continuar feliz.

Qual o balanço que você faz de 2014?
Foi um ano de muito aprendizado, por tudo que aconteceu. Tive alegrias, tristezas. Sei que tenho de ser cada vez melhor, não posso parar pensando que está bom. Tenho que buscar mais e mais. Resumindo, essa foi a lição de 2014.

Por tudo que você representou e viveu Copa do Mundo do Brasil, acha que sua preparação para 2018 tem de ser ainda mais forte?
A experiência que tive na Copa do Mundo foi muito grande. Futebol não para de crescer, de ficar cada vez mais disputado. É o que levo comigo. Para a Copa do Mundo de 2018, eu sei que tenho de estar muito mais preparado do que estive para a de 2014.
Acha que a cobrança vai ser maior em cima de você?
Pressão sempre vai ter. Para jogador de futebol, então, nem se fala. Eu sempre me cobrei muito, mas tem um cara que me cobra muito mais: meu pai. A cobrança que ele faz em mim é muito maior do que qualquer coisa. Mas eu me sinto tranquilo, à vontade para fazer o meu trabalho.

O Kaká disse recentemente, ao sair do São Paulo, que o futebol brasileiro está atrasado? Você concorda com a opinião dele?
Concordo. Creio que nós temos de dar uns passos para frente ainda. Estamos caminhando um pouco devagar em relação ao futebol, na questão tática, em tudo. Temos de aprender muito mais. E rápido, para não ficarmos para trás.
Aprender de que jeito?
Escutando, estudando, vendo quem é o melhor. E tendo humildade. 

Falando da sua carreira, é possível ser eleito o melhor do mundo enquanto Messi e Cristiano Ronaldo estiveram atuando em alto nível?
Não sei se é possível. São dois craques. Um que chamo hoje de amigo (Lionel Messi). Eles estão acima de qualquer jogador hoje. É difícil. Com os dois na briga, eu acho complicado.

Mas se acha com capacidade de chegar ao nível deles?
Tenho capacidade de fazer muito coisa. Não sei se vou chegar ao nível dos dois. Mas espero cada vez mais me superar. Eu quero ser sempre melhor do que eu mesmo.

Por que você acha que foi escolhido pelo Dunga como capitão da seleção brasileira?
Não sei, não sei... Acho difícil responder isso. Não gosto de falar das minhas qualidades e dos meus defeitos. Se ele me escolheu, tem seus motivos. Agradeço a confiança do Dunga. Estou muito feliz e espero exercer esse papel tão importante muito bem.

Você já reencontrou parceiros da Copa do Mundo no Brasil. A derrota para Alemanha é algo superado ou vocês sempre lembram?
- É um assunto superado, mas temos de manter a humildade e lembrar, sim. Porque é uma coisa que nos faz aprender. É igual quando você toma uma bronca do pai. Você esquece que apanhou aquele dia, mas não esquece a educação que ele te deu, a informação que ele te passou. 

Por Fernando Vidotto e Leandro Canônico
Praia Grande, SP