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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Florentino ainda espera por De Gea e avisa: "Não podíamos abandoná-lo"

 Florentino Pérez falou. Depois de ser alvo de críticas e gozações durante toda semana por conta da frustrada negociação para tirar David De Gea do Manchester United, o presidente do Real Madrid participou do programa "El Larguero" da rede de rádios "SER" para dar sua versão sobre a negociação. Sem querer culpar os Red Devils pelo falha na transação, o dirigente tratou como "estranho" o início das conversas somente no último dia da janela e admitiu que a documentação foi enviada com atraso.   
De acordo com Florentino, o United enviou os papéis às 00h (horário espanhol) e o Real Madrid repassou para federação às 00h02. O presidente merengue lembrou ainda que durante toda janela os ingleses trataram De Gea como inegociável.   
- No último dia, 12 horas antes (do fechamento), o United disse, através do Jorge Mendes, que estava abertos a negociações. Antes, sempre diziam que não estava à venda. Na segunda, fizemos todo esforço porque não podíamos deixar o jogador abandonado. Mais tarde, já intuí que não ia chegar a tempo. Conheço a falta de experiência do United porque já aconteceu com Coentrão.   

Florentino Pérez, por sua vez, disse que, mesmo com pouco tempo para agir, aceitou conversar com o United por conta da vontade do goleiro, que a todo instante se mostrou favorável a ida para Madrid. O merengue lembrou ainda que espera De Gea daqui a um ano, quando encerra seu vínculo com os Red Devils.   

- Me disseram que ele está muito afetado, porque tinha muita vontade de vir para o Real Madrid (...) Temos um compromisso de que quando terminar (o contrato) pode vir para o Madrid.

Famoso por suas contratações de impacto, o presidente do Real falou ainda de outros nomes que tentou levar para Madrid e não conseguiu.   
- Quis trazer Patrick Vieira, Ribery... Nem sempre conseguimos o que queremos.   
Sem De Gea, Keylor Navas segue como dono da meta merengue. O costarriquenho iria para o Manchester United, caso a negociação fosse concluída em tempo.

Por GloboEsporte.com
Madrid, Espanha

40 dias de futebol: Gomes vê crise de identidade e pede o "fico" de craques

Foram praticamente quatro anos afastado do futebol, mas Ricardo Gomes decidiu voltar. Há exatos 40 dias no comando do Botafogo, o treinador já vive, novamente, intensamente o esporte. Nesse curto período, enfrentou duas sequências de resultados ruins, foi chamado de "burro" pela torcida na derrota contra o Paysandu e viu seu cargo ameaçado em manchetes de jornais.
Nada disso tirou o sorriso do rosto do treinador. Ricardo Gomes está feliz. Voltou a fazer o que mais gosta. Isso não significa, no entanto, que os problemas não existam. Pelo contrário. Eles estão no dia a dia e são muitos. Não somente no Botafogo, mas no futebol brasileiro. 
Ricardo acredita que o futebol pentacampeão perdeu sua identidade. É para se preocupar, mas não para se desesperar. Na opinião do treinador, a solução existe e está mais próxima do que imaginamos. Para ele, o Brasil precisa se informar com o europeu, mas nunca copiá-lo. O país tem profissionais e jogadores competentes para se reinventar. O ponto mais crucial, porém, diz respeito à saída precoce dos jovens talentos para o exterior.
- Todo esse processo de saída de jogadores é o que prejudica. E é isso que nós temos que frear. De que forma? Não sei. Mas temos de frear essa saída muito rápida de jogadores do Brasil. A quantidade de jogadores que não chegam ao profissional e vão se destacar na Europa não é pequena... Você perde identidade. Você vê as seleções de antes, todos os jogadores passaram uma parte da carreira no Brasil. Havia uma identidade com clubes, era o Raí, do São Paulo, o Romário, do Vasco, o Dunga, do Internacional... Hoje, os jogadores fazem 18 anos e saem do país. Aí são convocados para a Seleção e em dois dias o Dunga precisa fazer uma mágica para resolver a identidade do nosso futebol - avaliou.
Em quase uma hora de conversa com o GloboEsporte.com, Ricardo Gomes falou sobre evoluções táticas, endividamento dos clubes, pressão em cima de treinadores brasileiros e mais.

Confira a entrevista completa:

GloboEsporte.com - Durante esses quatro anos fora, você continuou estudando? O que estudou?

Ricardo Gomes - Estudando, não muito. Estudando mais a parte neural (risos). Vi muitos jogos. Por exemplo, em maio do ano passado assisti às finais da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Achei que poderia voltar logo como treinador e conversei com algumas pessoas para ver o que tinha de novidade. Na minha cabeça, eu voltaria no segundo semestre de 2014, mas fiquei na dúvida por causa do joelho. Na televisão não vi tanto, porque acho mais importante ir ao estádio. Aqui no Brasil isso foi mais difícil, mas lá fora assisti a alguns jogos importantes e marcantes.
Pela televisão você raramente consegue fazer observações importantes, decisivas. Não acredito nisso, porque é outro jogo. A televisão mostra a bola, o lance, mas em volta disso existe um outro processo. Não estou condenando, cada um tem seus objetivos. Você só acha que analisa um jogo pela televisão. Assisto a todos os jogos pela TV, mas não só para o trabalho. É importante observar o adversário no estádio, e o DVD te dá elementos que ajudam.

Como é estudar um time sem ser para enfrentá-lo?

Fiquei fora do Brasil até 2009 e dá para ver que, mesmo no aquecimento, já é diferente. O que faz a diferença não são os treinadores, mas as pesquisas que chegam até eles. Aí não se trata só de futebol. Todos estudam muito para que se tenha uma decisão. Infelizmente, não temos isso no nosso futebol.

O que você viu de mudanças no futebol nesse período?

Houve duas evoluções táticas marcantes nas últimas décadas. No final dos anos 80, ficou muito claro começando lá fora e chegando ao Brasil um pouco mais tarde. Foi a forma de jogar do Milan de Gullit, Rijkaard e Van Basten. A partir desse time houve uma mudança importante na parte tática, com suas variantes. A outra foi o Barcelona do Guardiola. Esses dois exemplos tiveram influência mundial.
O Milan não tinha essa posse de bola como o Barcelona do Guardiola. Mas a revolução do Milan ajudou o Barcelona na sua compactação. Algo que o Barcelona do Cruyff, na década de 70, já fazia. Está vendo, existe todo um processo. Aqui, o Parreira já valorizava a posse de bola antes do Barcelona, mas com uma forma de jogar diferente. Não é algo simples. Essas foram as duas últimas, não quer dizer que foram as únicas. O Brasil de 70 é tudo o que estou falando aqui, pela qualidade dos jogadores. A Holanda de 74 foi maravilhosa, mas não conseguiu influenciar o mundo.

Quando é que, e se é que, o futebol brasileiro vai voltar a ser uma referência?

Estamos passando por um momento não tão bom, mas o futebol brasileiro ainda é referência. Tivemos aqui Zagallo, Parreira, Telê... Acham que o Telê nunca foi referência? O próprio Guardiola já falou da influência que teve do Brasil de 82. Ele pegou informações daquele time. Mas, claro, não pensem que ele não inventou nada. Familiares meus falavam que o toque de bola dos argentinos era melhor do que o dos brasileiros nos melhores anos. Mas, por outro lado, nós tínhamos mais o "um contra um", o drible. Isso é algo complexo. O próprio técnico da Holanda de 74 (Rinus Michels), que foi cobrado por uma continuidade daquele estilo de jogo, admitiu que ficou difícil dar sequência porque, naquele time, ele tinha 11 ou 12 jogadores muito inteligentes. Não é só questão de evolução tática, mas de armar o time de acordo com os jogadores que você tem. 

Vemos muitos jogadores que se dão muito bem lá fora, mas, quando vêm jogar na Seleção, não conseguem mostrar o mesmo futebol...

Vamos falar sobre esse time de 2014... Tinha jogadores excelentes, mas saíram muito cedo do Brasil. Isso faz perder "cancha", falta aquele fato de jogar no Maracanã ou no Mineirão. Quantos desses jogadores tiveram essa vivência? Isso com certeza vai acontecer na próxima (Copa) também, porque o jogador vai perdendo identidade. São destaques individuais, não na parte coletiva do futebol brasileiro. Se a gente só copiar, vai ficar atrás.

Quando vemos a seleção brasileira jogar, há um modo de jogar muito semelhante...

Essa é a discussão do futebol brasileiro. Vamos fazer o que eles (Europa) fazem? Acho que não devemos copiar, poderíamos fazer diferente. Minha opinião. É a ideia do treinador trabalhando com os jogadores que têm. Telê fez isso durante duas Copas. Será que falamos pouco do Telê? Falamos pouco. Na época dele não tinha internet e toda essa forma do mundo de hoje, de informação. 

Mas trabalhar assim nos clubes hoje em dia, com a troca de ideias e os jogadores disponíveis, é quase impossível.

É isso. Você matou a charada. Acabou a entrevista (risos).

Por que a qualidade técnica dos nossos campeonatos está caindo?

É bem simples. Os clubes não estão fortes. Os dirigentes são apaixonados, querem o melhor para o clube, mas eles chegam e encontram uma situação de quase R$ 1 bilhão de dívida. Como faz isso? Priorizar a formação, mas com obrigação do resultado no profissional? Onde gastar o pouco que tem? Acho que fragilidade dos clubes brasileiros causa isso. Melhor exemplo é o do Cruzeiro, um time que ganhou os dois últimos títulos nacionais. Isso acontece na Europa? Claro que não. O time que é bicampeão pode até não ganhar o terceiro título, mas vai brigar. Mas, aqui, o presidente teve que vender jogadores e antes disso precisou fazer concessões para montar aquele time. Consequentemente, teve que vender depois. Aí troca treinador e troca de novo. 

Isso não é um pouco do jogador também? O próprio jogador cobra, quer ir para fora do país...

Sim. Isso não é novo. Eu saí do Fluminense em 1988, e adorava o Fluminense. Mas a carreira é curta, você tem de otimizar a situação. A parte econômico-social acaba influenciando o futebol. A história do país melhorou um pouco nos últimos anos, início dos anos 2000. Essa situação do país fez com que os países melhorassem um pouco, mas voltando a recessão, com os times devendo, como faz? Então, para fazer uma análise do campeonato... Isso aqui não é matéria-prima como soja, arroz, feijão... São pessoas, seres humanos. Sem formação, como faz? Tem de formar um Gerson a cada ano? Vou falar uma coisa bem simples: está complicado. A situação do país não é de agora, teve um processo anterior, de crises econômicas, melhoramos um pouco na primeira década do século XXI, mas voltamos agora a viver os mesmos problemas anteriores. O futebol não é o problema. No nosso país, é mais solução do que problema. Temos de chamar um sociólogo para explicar toda essa situação... (risos) Vamos rodar, rodar e vamos chegar no mesmo ponto, que é a educação. E, aí, somos todos culpados.

Isso não é um pouco do jogador também? O próprio jogador cobra, quer ir para fora do país...

Sim. Isso não é novo. Eu saí do Fluminense em 1988, e adorava o Fluminense. Mas a carreira é curta, você tem de otimizar a situação. A parte econômico-social acaba influenciando o futebol. A história do país melhorou um pouco nos últimos anos, início dos anos 2000. Essa situação do país fez com que os países melhorassem um pouco, mas voltando a recessão, com os times devendo, como faz? Então, para fazer uma análise do campeonato... Isso aqui não é matéria-prima como soja, arroz, feijão... São pessoas, seres humanos. Sem formação, como faz? Tem de formar um Gerson a cada ano? Vou falar uma coisa bem simples: está complicado. A situação do país não é de agora, teve um processo anterior, de crises econômicas, melhoramos um pouco na primeira década do século XXI, mas voltamos agora a viver os mesmos problemas anteriores. O futebol não é o problema. No nosso país, é mais solução do que problema. Temos de chamar um sociólogo para explicar toda essa situação... (risos) Vamos rodar, rodar e vamos chegar no mesmo ponto, que é a educação. E, aí, somos todos culpados.

O jogador brasileiro que vai para a Europa se disciplina mais do que aqui?

Claro que se disciplina. Ele vai crescer, ou na dificuldade, ou na percepção.

Treinadores, normalmente quando estão sem clube, vão para a Europa, fazer uma "reciclagem". Você fez o movimento contrário, se formou como treinador na Europa e depois veio trabalhar no Brasil. Como isso moldou o seu trabalho?

Foi uma escolha familiar. Meus filhos adoravam lá. Minha filha chegou na França com 25 dias. Cresceu lá, e só vinha de férias para o Brasil. Minha formação fora, claro, me ajudou. Mas não pensa que as soluções europeias são benéficas para o Brasil. Trabalhei bastante com Parreira e Zagallo, conheci o Telê, trabalhei muito com Raí, com Leonardo, como atletas... São referências, e essas referências você precisa. Nós temos grandes profissionais no Brasil. O Felipão também, apesar da última Copa, fez grandes trabalhos no Brasil, com a Seleção em 2002. O Marcelo (Oliveira), o Levy (Culpi), o Tite... Aliás, que trabalho que o Tite vem fazendo no Corinthians, pelo segundo ano.

Lá fora, como falei, eles têm muita gente pesquisando e, consequentemente, vão ter as melhores ideias, pela pesquisa. Por isso os treinadores vão para a Europa para estudar. Se nós fizermos a mesma coisa no Brasil, as soluções não precisam passar por lá. Os treinadores que citei antes, o Sacchi e o Guardiola, e, depois, o Luis Henrique, as referências que eles têm de futebol é Argentina e Brasil...

O 7 a 1 da Copa não soou um alarme em você, como soou em todo mundo, de que uma catástrofe estava acontecendo?

Como torcedor brasileiro, sim. Mas teve um apagão nesse dia. Explico dessa forma: todo esse processo de saída de jogadores é o que prejudica. E isso que nós temos que frear. De que forma? Não sei. Mas temos de frear essa saída muito rápida de jogadores do Brasil. A quantidade de jogadores que não chegam ao profissional e vão se destacar na Europa não é pequena... Você perde identidade. Você vê as seleções de antes, todos os jogadores passaram uma parte da carreira no Brasil. Havia uma identidade com clubes, era o Raí, do São Paulo, o Romário, do Vasco, o Dunga, do Internacional... Hoje, os jogadores fazem 18 anos e saem do país. Aí são convocados para a Seleção e em dois dias o Dunga precisa fazer uma mágica para resolver a identidade do nosso futebol.

Como falei sobre as conversas que a CBF está propondo, com treinadores, espero que isso avance. Não participei, mas vi várias pessoas importantes participando e que vão fazer alguma coisa. Temos de refletir o momento. Pensar e não copiar. Isso falo pela minha experiência de 14 anos, como jogador e treinador, lá fora, não devemos copiar.

O quanto a sua experiência como jogador lhe auxilia no trabalho como técnico hoje?
Claro que auxilia, não tenha a menor dúvida. Mas digo que um cara bem formado, pode ser um bom treinador, não precisa ser ex-jogador. Mas o cara que estuda, vai atrás, ele alcança. Ele não vai começar como treinador. Vai iniciar como auxiliar, como preparador físico e vai subindo. Temos grandes profissionais. É o que eu disse, buscar o conhecimento é uma coisa, copiar é outra. Quem copia, vai estar sempre atrás, pois começou depois.

Esse um mês e meio de Botafogo até agora está sendo como você esperava, em termos de time e futebol?

Foi o que falei na última coletiva, é um mês apenas. Ainda estou conhecendo o time e os jogadores me conhecendo. Se eu for comentar com os meus amigos franceses que estou "perigando no cargo" com um mês de trabalho, eles vão rir da minha cara.

Mas a pressa nem sempre é da imprensa...

Sim, lógico. O dirigente é acuado porque a torcida pressiona. Aí voltamos para a questão da cultura, da educação. Isso não vai mudar. Só quando mudar o Brasil. Esse é um espelho da nossa sociedade. Isso é em qualquer profissão. Isso agora é com vocês. O país precisa dar uma sacudida. No meu tempo, o Brasil era o país do futuro. Acabou essa história. O futebol faz parte desse processo. 

O que te fez encarar esse desafio no Botafogo? No início do ano você teve proposta do Vitória. Por que agora? Por que o Botafogo?

É verdade. Quando o Anderson Barros (dirigente do Vitória) me procurou, eu tinha acabado de operar o joelho. A recuperação foi mais longa do que eu previa. O Vitória ainda esperou um pouco, mas não aconteceu. Voltei a fazer fisioterapia, musculação... Quando chegou o convite do Botafogo, pedi uma reunião com o presidente. O Botafogo sabia da minha história, mas não conhecia o dia a dia. Marcamos um encontro e expliquei minha situação. Ando mal, mas não tem nada a ver com o AVC. Ainda me perguntaram se minha cabeça estava boa e brinquei: "Parece que está" (risos).

Quando decidiu voltar a ser treinador?

Tive um AVC grave. No primeiro ano, não passava pela minha cabeça voltar. No segundo ano, eu falei "opa, tem chance". Isso foi em 2013, quando trabalhei no Vasco como dirigente. Mas como diretor, deixei de fazer 12 horas por dia de fisioterapia e piorei um pouco. Decidi me concentrar apenas na fisioterapia em 2014. Deu tudo certo. O problema foi o joelho. Foi assim. No primeiro ano eu só queria andar. Depois comecei a correr. Corri tanto que passei a ter que cuidar do joelho. Em janeiro de 2014, falei para o Rodrigo Caetano, na época no Vasco: "Rodrigo, estou saindo porque acho que consigo voltar a ser treinador". 

Nos momentos de maior tensão, quando os resultados não aparecem, sua família tem alguma resistência à sua volta ao futebol?

Não é a minha opinião ou a opinião da minha família. É a opinião dos médicos que me salvaram. Muito antes de assumir o Botafogo, no Vasco, em dezembro de 2012, eu já podia ser treinador. Eu já estava liberado. Mas, por conta do AVC, eu ainda tinha restrições físicas. Os médicos disseram que eu poderia voltar a trabalhar em qualquer profissão. Pressão tem de todo lado. Minha mãe está com 88 anos, acompanha os jogos e reclama: "Mexeu errado!" (risos). Isso é a nossa vida. Não existe nenhuma resistência. Sinceramente, não tem. 

Nesse pouco mais de um mês no Botafogo já deu para encontrar uma melhor formação ou forma de jogar?

Não. Estou encontrando, mas não é definitivo. Você precisa de três a quatro meses para conhecer os jogadores e os jogadores te conhecerem. Não estou falando nem de futebol. É necessário tempo para formar uma boa equipe. Isso não quer dizer que depois de quatro meses você não terá altos e baixos. Mas já tem um padrão. Ninguém padroniza uma equipe em um mês. Acho muito difícil. A não ser que seja o Rinus Michels (técnico da Holanda na Copa de 1974), que tinha grandes cabeças no time, gênios. 

Mas o que acontece que, geralmente, quando se troca treinador, o time ganha dois ou três jogos? É o chamado “fato novo”?

Sempre tem. É o fato novo. Em Portugal existe um termo: "Chicotada psicológica". Isso acontece. O chicote tem efeito na primeira vez, mas, na segunda, nem tanto. Aí vai do dirigente avaliar se (o fato novo) é importante ou não. No Brasil é difícil fazer diferente do que está proposto. Tem outros fatores. Quando muda um treinador, jogadores que não estavam encostados acham que vem vida nova, acabam crescendo e consequentemente o time. É claro que, por vezes, tem que trocar mesmo. Mas se troca demais no Brasil. Quantos treinadores foram demitidos no Campeonato Brasileiro? E quantos times melhoraram? 

Você falou que o futebol brasileiro tem que aprender com os pontos positivos, mas não copiar os europeus. Nesse cenário cabe técnico estrangeiro no Brasil?

Uma coisa é ter informação e outra é copiar. A partir dessas informações, já que eles pesquisam muito mais do que nós, decidir. O bom treinador independe da nacionalidade. O bom treinador vai ajudar. Isso não significa que todos os treinadores estrangeiros sejam bons e que todos os treinadores brasileiros são ruins. Nós temos aqui muito bons treinadores que podem contribuir muito com todas as informações europeias, mas sem cópias.  

Por Gustavo Rotstein, Jessica Mello e Marcelo Baltar
Rio de Janeiro


Elenco do Real Madrid vale quase R$ 3 bilhões e é o mais caro do mundo

Um levantamento feito pelo jornal “Marca”, com base nos números do site “Transfermarket”, colocou o elenco do Real Madrid como o mais valioso do mundo, superando Barcelona, Bayern de Munique e Chelsea. Segundo o diário, Cristiano Ronaldo, Bale, James Rodríguez e companhia valem juntos € 715,5 milhões (R$ 2,98 bilhões).
Houve uma valorização do elenco merengue da temporada passada para essa, de € 685,8 milhões (R$ 2,8 bilhões) em 2014/15 para € 715,5 milhões em 2015/16. Isso porque jogadores como Cristiano Ronaldo e James Rodríguez valorizaram, enquanto chegaram reforços caros como o lateral-direito brasileiro Danilo.
O segundo da lista é o Barcelona, avaliado em € 657 milhões (R$ 2,75 bilhões). Sem estrelas com o mesmo valor de mercado que nomes como Messi, Luis Suárez e Neymar, o Bayern vem em seguida– o elenco bávaro custa € 559 milhões (R$ R$ 2,35 bilhões). O quarto elenco mais caro do levantamento é o do Chelsea: € 531 milhões (R$ 2,2 bilhões). 
Manchester City, Paris Saint-Germain, Arsenal, Juventus, Manchester United e Atlético de Madrid completam, do mais caro para o mais barato, o top 10 de elencos mais caros do mundo, segundo o levantamento do jornal.

Por GloboEsporte.com
Madri