O meia francês Franck Ribéry, do Bayern de Munique, é a
grande esperança da seleção de seu país na repescagem contra a Ucrânia que vale
vaga na Copa do Mundo de 2014. Fundamental para faturar a tríplice coroa (Bundesliga, Copa
da Alemanha e Liga dos Campeões) com os bávaros, ele sabe que a conquista da
Bola de Ouro passa pela classificação dos Bleus para o Mundial.
- Estou realmente no auge, este é o meu ano. Por isso espero
que tudo dê certo com a seleção francesa. De qualquer forma, sempre estive sob
pressão na minha carreira. Vou fazer de tudo para estar 100% e deixar os outros
jogadores à vontade - afirmou o jogador francês, em entrevista coletiva realizada nesta
segunda-feira.
Suas atuações brilhantes com a camisa do Bayern ao longo do ano o levaram a ser
eleito pela Uefa o melhor jogador da temporada passada atuando na Europa, superando os
craques Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Mas agora ele pode ir além.
Detentor dos quatro últimos troféus da Bola de Ouro, Messi teve seu ano estragado por repetidas lesões, aumentando as chances do
francês. Além disso, dois dos seus principais rivais, o português Cristiano
Ronaldo e o sueco Zlatan Ibrahimovic, se enfrentam em outro duelo das
repescagens, que podem pesar na escolha do prêmio de melhor do mundo.
- Sei que estou nos holofotes. As pessoas prestam mais
atenção no que faço em campo. Conquistar a Bola de Ouro é um sonho, um sonho
cada vez mais próximo, mas acho que só preciso jogar o que eu sei. Se fizer
dois bons jogos contra a Ucrânia, e a França se classificar para a Copa, será
importante para mim e para o que vier na frente – completou Ribéry.
Ribéry e a seleção da França
Desde que Didier Deschamps assumiu o comando dos Bleus,
depois do fracasso da Eurocopa do ano passado, o francês de 30 anos, contratado
pelo Bayern em 2007 junto ao Olympique de Marselha, marcou seis gols e deu 12
assistências pela sua seleção.
Ribéry já disputou duas Copas do Mundo. Em 2006, na
Alemanha, ele foi a grande revelação da equipe que chegou à decisão, eliminando
o Brasil nas quartas de final, e amargou o vice-campeonato ao perder nos
pênaltis para a Itália. Em 2010, no entanto, foi um dos mais criticados depois
do fracasso da equipe na África do Sul.
Antes do confronto decisivo contra a Ucrânia, nos dias 15 e
19 de novembro, o meia lembrou da pressão que sentiu na terceira rodada da
primeira fase da Copa de 2006, quando a França precisava vencer o Togo para
seguir viva na competição.
- Foi um jogo diferente, com muita pressão, mas acabou sendo
um marco para a nossa equipe. A partir daquele momento, viramos uma máquina,
apesar de termos perdido a final para os italianos - se emocionou o francês.
Ribéry contou ainda que o fato de trabalhar com o espanhol
Josep Guardiola no Bayern desde o início da temporada contribuiu para que ele
seja o líder técnico do seu time em campo.
- A chegada de Pep me ajudou muito. É um técnico que me diz
todo dia que preciso tentar coisas novas. Antes, sempre queria passar a bola,
até quando estava a dois metros do gol. Ele me pede para chutar para o gol.
Desde então marquei vários gols com o Bayern e com a seleção francesa -
explicou.
Por Agências de notícias e GLOBOESPORTE.COM - Paris