O Palmeiras garantiu classificação para as quartas de final do
Campeonato Paulista. Nesta quinta-feira, o Verdão venceu a Portuguesa
por 1 a 0 no Pacaembu e se consolidou na liderança do Grupo D do
estadual, agora com 29 pontos. Com remotas chances de avançar para a
próxima fase, a Lusa se manteve na quarta colocação do Grupo C, com 14
pontos, e ainda está ameaçada de rebaixamento – tem só a 14ª melhor
campanha entre 20 participantes, sendo que os quatro últimos caem para a
Série A2. O publico pagante foi de 9.984 torcedores, e a renda, de R$
358.567,50.
Depois de uma primeira etapa bastante movimentada, mas sem nenhum dos
lados balançar a rede, as duas equipes voltaram para o segundo tempo
mais ligadas. Em cinco minutos saíram os dois lances que mudaram o jogo.
No primeiro, o árbitro Vinicius Furlan errou ao não marcar pênalti em
toque de mão de William Magrão, mas isso não fez diferença para os
palmeirenses, já que Juninho abriu o placar em cobrança de falta
ensaiada.
Quando a torcida palmeirense ainda comemorava no Pacaembu, um susto.
Rondinelly cruzou para a grande área, e William Magrão desviou para a
rede. O auxiliar, porém, marcou impedimento e anulou corretamente o gol
da Portuguesa. Quando a Lusa conseguiu criar, o ataque rubro-verde parou
na excelente fase de Fernando Prass, autor de três grandes defesas e
nome importante para a vitória alviverde.
Na próxima rodada, a 13ª do Paulistão, o Palmeiras vai até São José do
Rio Preto enfrentar o Paulista de Jundiai, no domingo, às 18h30m (de
Brasília). A Portuguesa só volta a campo na terça-feira, às 19h30m,
contra o Bragantino.
Blitz inicial
Com três atacantes, o Palmeiras começou a partida tentando pressionar e
manter a Portuguesa em seu campo de defesa. Apostando num setor
ofensivo veloz, o time de Gilson Kleina envolveu o adversário com uma
rápida troca de passes. Os avanços de Wendel e Juninho pelas alas,
porém, não foram bem aproveitadas por Kardec e companhia.
Apesar de entrar em campo com três volantes, a equipe de Argel Fucks
não se intimidou com a pressão inicial do Verdão. E começou a gostar do
jogo depois dos dez minutos, principalmente com os cruzamentos para a
grande área palmeirense. Pelo alto, Leandro e Henrique levaram perigo ao
gol defendido por Fernando Prass antes dos 20 de bola rolando.
Em dificuldade na defesa, o Palmeiras apostou nas arrancadas de Patrick
Vieira para tentar furar a retranca da Portuguesa. Aos 23, após boa
jogada individual, o meia tocou para Alan Kardec na saída de Gledson,
mas o atacante não conseguiu completar. Quatro minutos mais tarde foi a
vez de Wesley arriscar de fora da área e quase marcar um lindo gol.
A boa movimentação do meio de campo alviverde acordou a torcida. Lúcio,
Patrick Vieira e Alan Kardec tiveram boas chances de tirar o zero do
marcador, mas a grande chance da primeira etapa veio aos 43. Vinicius
desviou de cabeça e passou pelo defensor. Cara a cara com Gledson, o
atacante tentou encobrir o goleiro, que conseguiu desviar a bola e
evitar o gol palmeirense.
Arbitragem confusa
O grito de gol interrompido por diversas vezes pelas duas torcidas no
Pacaembu durante o primeiro tempo não demorou a sair para os dois lados
na segunda etapa. Mas só um valeu. Aos três minutos, o auxiliar viu
toque de mão de William Magrão e marcou falta. Apesar de o lance ter
sido dentro da grande área, Vinicius Furlan não deu a penalidade. Mas o
lance acabou nem fazendo falta ao Verdão. Em cobrança ensaiada, Wesley
rolou para Juninho soltar o pé e vencer o goleiro Gledson: 1 a 0.
A torcida alviverde ainda comemorava quando os rubro-verdes vibraram.
Rondinelly cobrou falta fechada, e William Magrão desviou para o gol. A
alegria da Lusa durou poucos segundos, já que o auxiliar anulou
corretamente a jogada, anotando impedimento. Atrás do marcador, a
Portuguesa partiu para o ataque. E foi aí que a estrela de Fernando
Prass brilhou. Aos 20, a bola sobrou para Leandro, que arriscou chute
forte de primeira, dentro da grande área. O goleiro caiu no canto
esquerdo e conseguiu desviar antes de a bola tocar o travessão.
O camisa 25 ainda encontrou tempo para fazer mais duas boas defesas, em
lances com Leandro e Henrique. Preocupado em fortalecer a defesa e
conter os avanços de Gabriel Xavier, o técnico Gilson Kleina resolveu
fechar o time. Além das entradas de Bruno César e Rodolfo nas vagas de
Vinicius e Patrick Vieira, o treinador optou por colocar França no lugar
de Mendieta. A tática deu certo, e o Verdão conseguiu segurar a vitória
que garante a equipe nas quartas de final do Paulistão.
por
Felipe Zito