- (Vitória) É o time que, desde pequeno, aprendi a odiar. Aprendi a ter
raiva. Quando eu vejo o Vitória, me dá nojo. Quando eu vejo o Vitoria
vencer, dá uma raiva do c... – disse o volante, com o mesmo tom de um
torcedor de arquibancada.
É com o sentimento de quem não gosta do Vitória que Feijão vai para o
campo nesta quarta-feira. O volante, no entanto, tem sido alvo de
atenção especial do técnico Cristóvão Borges. Feijão é o cão de guarda
do meio de campo do Bahia. Não alivia nas jogadas. Em 15 partidas no
Brasileiro (dez como titular), levou cinco cartões amarelos. Por isso,
vai ter que tomar cuidado para que o lado torcedor não aflore demais e o
prejudique no clássico.
- O professor fala isso toda hora, principalmente para me controlar.
Tenho que chegar menos duro em campo e manter a tranquilidade –
comentou.
O Ba-Vi desta quarta-feira vai ter um sabor ainda mais especial para o
volante. A estreia dele em clássicos foi na final do Campeonato Baiano,
quando o Bahia perdeu por 7 a 3. No Brasileiro, esteve em campo no
clássico que terminou empatado em 0 a 0. Nesta quarta, terá a chance de
enfrentar o rival pela terceira vez no profissional e buscar o primeiro
triunfo.
- Todos os jogos são como se fossem decisão e, principalmente, o Ba-Vi.
Detalhes podem decidir o jogo a favor ou contra. Espero que seja a
nosso favor. O Vitória tem alguns jogadores que precisamos ficar de
olho. Cajá, Dinei e Maxi, que pode voltar. Tem que ter marcação cerrada –
avaliou o volante do Bahia.
Fonte: Globoesporte.com