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Uma tela de uma bela arte.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

De férias, mas parado: Gabriel Jesus segue cartilha para recuperar ombro.

Até segunda ordem, Gabriel Jesus não poderá participar de jogos beneficentes ou peladas de fim de ano. Devido à luxação no ombro esquerdo, que o tirou de combate de parte das duas finais da Copa do Brasil, o atacante recebeu orientação do departamento médico do Palmeiras de não submeter o local a contato.
– Não gosto de voltar (à pré-temporada) parado, mas tenho de repousar por causa do ombro – conta o jogador.

Gabriel Jesus se machucou no começo da primeira final do torneio, contra o Santos, na Vila Belmiro. Fez tratamento intensivo e, uma semana depois, iniciou a decisão como titular. Mas não suportou a dor e deixou o campo da arena palmeirense antes do intervalo da vitória que deu o título ao Verdão nos pênaltis.

Promovido ao elenco profissional nesta temporada, o camisa 33 se firmou definitivamente no time justamente ao longo da Copa do Brasil, competição na qual marcou três de seus sete gols.
Apesar da restrição do departamento médico, o garoto de 18 anos acredita que estará bem novamente em duas semanas.
– Na semana de Natal e Ano Novo, já vou estar correndo de novo para voltar preparado para disputar o Paulista – disse.
A reapresentação do elenco está marcada para 6 de janeiro. Ainda na pré-temporada, o Palmeiras disputará um quadrangular amistoso em Montevidéu, juntamente com Libertad (Paraguai) e os uruguaios Nacional e Peñarol. A estreia no Campeonato Paulista será contra o Botafogo, no dia 31, em Ribeirão Preto.

Por Tossiro Neto
São Paulo

Há dez anos na briga, Mineirinho diz que chegou sua hora de ser campeão.

Em sua décima temporada na elite do surfe, Adriano de Souza, o Mineirinho, foi apontado até o surgimento de Gabriel Medina como o surfista com mais chance de ser o primeiro brasileiro a ser campeão mundial. Isso se dava porque, aos 18 anos, em 2005, ele já tinha sido campeão mundial júnior e campeão do WQS, a divisão de acesso ao Circuito Mundial. De lá pra cá, o paulista conseguiu fechar três temporadas em quinto do ranking (2009, 2011 e 2012) e outras três no top 10. Mas aí Gabriel levantou o caneco no ano passado, e Adriano perdeu a oportunidade de consumar o seu sonho de entrar para a história com o feito no Brasil. Quando parecia que ele iria desanimar, o paulista de 28 anos conseguiu elevar o seu nível, liderou o ranking mundial por três meses e chega pela primeira vez na carreira com chance de ser campeão mundial no Havaí. Um feito que ele não cansa de celebrar, mas que o fez ter ainda mais disciplina para enfim consolidar o sonho de ser o coroado o melhor surfista do planeta. 

- Não poderia ser um ano melhor para mim. Eu me sinto muito bem e estou pronto para ser campeão mundial. Ao longo desses anos, Deus fez uma história muito boa para mim. Eu pude aprender bastante e evoluir muito em diversos aspectos. Estou mais do que preparado e espero que as coisas possam acontecer ao meu favor. Durante todos esses anos, eu assisti aos campeões na praia gritando e chorando, então ficava pensando em um dia estar vivendo isso também - comentou Mineirinho.

Assim como Mick Fanning e Filipe Toledo, Mineirinho só depende de si para levantar o caneco na etapa cuja janela de realização foi aberta na terça-feira e vai até o dia 20. Nesta quinta-feira, às 16h (de Brasília), será realizada uma chamada para tentativa de realização da triagem. O fato de estar em terceiro lugar no ranking faz com que Adriano jogue a pressão para cima dos seus dois maiores rivais na briga pelo título.
- Estou bem disposto, vivo meu dia a dia naturalmente e não tento colocar pressão. Nunca na minha vida, eu funcionei com pressão. A pressão está em cima dos dois melhores no ranking. Eles sim estão com a bagagem mais pesada do que a minha.

Teoricamente, nenhum dos principais postulantes ao título tem mais motivos para estar ansioso do que Mineirinho. Mick luta pelo tetracampeonato do mundo, Filipinho tem apenas 20 anos e um enorme futuro pela frente, e Gabriel acabou de ser campeão. 

- Estou ansioso em fazer o meu melhor aqui para conseguir meu primeiro título mundial. Eu sei que vai ser difícil e muito competitivo, com um tricampeão mundial, o Gabriel, campeão do ano passado, o Julian (Wilson) ganhador do Pipe Masters e o Filipe também em ótima fase.
Para tentar ficar mais tranquilo e focado apenas no que vai fazer dentro do mar, Adriano tem feito um trabalho intenso de relaxamento e de preparação mental com o treinador Leandro Dora, o Grilo, que o acompanha desde julho, antes da etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul.
- O Grilo é importante para mim em diversos aspectos, tanto emocional, quanto profissional. Ele virou um grande amigo e a opinião dele ganhou muita importância. Ter ele como treinador tem me ajudado muito a relaxar - contou Adriano, que está escalado para a bateria 4 da primeira fase, contra o taitiano Michel Bourez e um convidado.
BATERIAS DA 1ª FASE
1. Italo Ferreira (BRA) X Adrian Buchan (AUS) X Glenn Hall (IRL)
2. Owen Wright (AUS)X Jadson André (BRA) X Dusty Payne (HAV)
3. Gabriel Medina (BRA) X Keanu Asing (HAV) X a definir
4. Adriano de Souza (BRA) X Michel Bourez (TAI) X a definir
5. Filipe Toledo (BRA) X Kolohe Andino (EUA) X a definir
6. Mick Fanning (AUS) X Sebastian Zietz (HAV) X definir
7. Julian Wilson (AUS) X Kai Otton (AUS) X Ricardo Christie (NZL)
8. Jeremy Flores (FRA) X Matt Wilkinson (AUS) X Jordy Smith (AFS)
9. Kelly Slater (EUA) X Taj Burrow (AUS) X CJ Hobgood (EUA)
10. Nat Young (EUA) X John John Florence (HAV) X Brett Simpson (EUA)
11. Bede Durbidge (AUS) X Wiggolly Dantas (BRA) X Adam Melling (AUS)
12. Josh Kerr (AUS) X Joel Parkinson (AUS) X Miguel Pupo (BRA)
AS CHANCES DE CADA UM SER CAMPEÃO
Mick Fanning é campeão mundial se:
- vencer a etapa
- chegar em 2º e Toledo e Mineirinho não vencerem
- chegar até a semifinal, Toledo não passar das quartas e Mineirinho da semifinal
- chegar até as quartas, Toledo não passar da 5ª fase e Mineirinho das quartas
- chegar até a 5ª fase, Toledo não passar da 3ª fase, Mineirinho da 5ª fase, e Medina não vencer
- chegar até a 3ª fase, Toledo não passar da 2ª fase, Mineirinho da 3ª fase, Medina das quartas, e Owen não vencer a etapa
- parar na 2ª fase, Toledo não passar da 2ª fase, Mineirinho da 3ª fase, Medina das quartas, e Owen não vencer a etapa

Filipe Toledo é campeão mundial se:
- vencer a etapa
- chegar em 2º e Fanning e Mineirinho não vencerem
- chegar até a semifinal e Fanning e Mineirinho não passarem da semifinal (caso Mineirinho seja 2º haverá bateria de desempate)
- chegar até as quartas, Fanning não passar das quartas e Mineirinho da semifinal
- chegar até a 5ª fase, Fanning não passar da 5ª fase, Mineirinho das quartas, e Medina não vencer a etapa
- chegar até a 3ª fase, Fanning e Mineirinho não passarem da 3ª fase, Medina das semifinais e Owen e Julian não vencerem a etapa (se Julian vencer a etapa, haverá bateria desempate)

Adriano de Souza é campeão mundial se:
- vencer a etapa
​​- chegar em 2º, Toledo não passar das quartas e Fanning da semifinal (caso Toledo pare na semifinal, haverá bateria de desempate)
- chegar até a semifinal, Toledo não passar da 5ª fase e Fanning das quartas
- chegar até as quartas, Toledo não passar da 3ª fase, Fanning da 5ª fase e Medina não vencer a etapa
- chegar até a 5ª fase, Toledo e Fanning não passarem da 3ª fase e Medina e Owen não vencerem a etapa

Gabriel Medina é campeão mundial se:
- vencer a etapa, Toledo não passar da 5ª fase e Fanning e Mineirinho não passarem das quartas
- chegar em 2º, Toledo, Fanning e Mineirinho não passarem da 3ª fase e Owen não vencer a etapa
- chegar até a semifinal, Toledo não passar da 2ª fase, Fanning e Mineirinho não passarem da 3ª fase, e Owen e Julian não vencerem a etapa

Owen Wright é campeão mundial se:
- vencer a etapa, Toledo e Fanning não passarem da 3ª fase, e Mineirinho da 5ª fase

Julian Wilson é campeão mundial se:
- vencer a etapa, Toledo não passar da 2ª fase, Fanning e Mineirinho da 3ª fase, e Medina da semifinal (caso Toledo pare na 3ª fase haverá bateria de desempate)
OBS.: Em caso de empate em pontos de dois ou mais surfistas na classificação final do Mundial, haverá o "surf off". Trata-se de uma ou mais baterias extras, homem a homem, que decide um único vencedor. Fica a cargo da comissão de prova decidir o número de baterias.

Por David Abramvezt
Direto de Oahu, Havaí

"Eu não vim aqui competir com o senhor Mourinho", reclama Casillas.

Na primeira vez que disputou a Liga dos Campeões fora do Real Madrid, Iker Casillas reencontrou José Mourinho logo na fase de grupos, encerrada nesta quarta-feira com a eliminação do Porto e a consequente classificação do Chelsea. Quis o destino que fosse a equipe inglesa, treinador pelo português, a responsável por tirar o goleiro espanhol da competição. Após a vitória dos Blues em Londres (assista aos gols acima), Casillas foi questionado sobre o reencontro com o técnico que o comandou no Real Madrid e reclamou das perguntas.

- Muito, estou farto. Compreendo que as pessoas falem sobre isso, mas não há muito o que eu dizer. Ele tem a sua carreira esportiva e eu a minha. Não vim aqui competir com o senhor Mourinho e ele tampouco vai querer enfrentar. Representamos equipes diferentes e temos nossos objetivos para atingir - disse, em declarações às rádios espanholas Onda Cero e COPE.
O que valeu para um valeu para outro, e Mourinho também foi questionado sobre o goleiro. Diferentemente de Casillas, o ex-treinador do Porto, que lamentou a eliminação precoce do time português, preferiu falar mais.
- Tem o Porto do Jorge Costa, do Deco... O Casillas é um grande jogador, com uma grande história, mas é jogador do Porto só agora. Não me parece justo nem correto dizer que este é o Porto de Casillas. O Porto é daqueles times que têm a sua história. O Casillas é um jogador com uma história inigualável, mas não no Porto.
Em seguida, o treinador completou, de modo sarcástico.
- Não tem história com o Casillas. Agora, ele tem a oportunidade de conquistar o único torneio que lhe falta: a Liga Europa.

Por GloboEsporte.com
Londres



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Deputada pede exclusão de Benzema da seleção após polêmica com hino.

Definitivamente, a fase não é nada boa para Karim Benzema. Investigado pela Justiça francesa por participação em caso de chantagem a Valbuena e com o Real Madrid em crise, o atacante se vê no meio de nova polêmica ao ser flagrado cuspindo no chão após a execução do hino francês antes do clássico com o Barcelona, sábado. A imagem causou revolta e o ato foi apontado como desrespeito ao seu país, gerando até mesmo campanha para que o jogador seja banido da seleção francesa.

A principal incentivadora da punição a Benzema é a deputada Nadine Morano, uma das representantes da França no parlamento europeu. Em seu perfil em rede social, a política não poupou críticas ao atacante e tratou o ato como "indesculpável". 

- Karim Benzema nunca mais na equipe da França. Antes do jogo Real Madrid - FC Barcelona, um comovente tributo foi realizado para as vítimas dos atentados em Paris. Os jogadores ouviram juntos a Marselhesa tocada no piano, mas Karim Benzema cuspiu ao final da execução. Este é um ato de desprezo e insulto às vítimas, suas famílias e toda nação. Todos sabem o fascínio que jogadores de futebol despertam nos jovens e têm que mostrar seu melhor comportamento. Depois de tolerar por muito tempo vaias contra a Marselhesa em estádios de futebol, exigimos uma forte punição a Benzema. Não há desculpas para o indesculpável. Benzema deve ser permanentemente excluído da seleção francesa - escreveu Nadine.   
Não há confirmação, porém, se o ato de Benzema foi realmente direcionado ou apenas uma coincidência após a execução do hino de seu país. Por outro lado, o atacante tem um histórico de protestos contra a Marselhesa e não canta sua letra por considerá-la xenofóbica. O jogador do Real Madrid é filho de imigrantes argelinos.

Por GloboEsporte.com
Paris, França

domingo, 4 de outubro de 2015

Marcelo pede luta ao Palmeiras após goleada: "Precisamos nos indignar"

O técnico Marcelo Oliveira deu os méritos para a Chapecoense após a goleada por 5 a 1 sofrida pelo Palmeiras, neste domingo, na Arena Condá, resultado que tirou o Verdão do G-4 do Campeonato Brasileiro. Insatisfeito com o futebol apresentado por sua equipe, o comandante deixou claro: espera que todos os alviverdes, da comissão técnica ao elenco, fiquem indignados com o resultado. 
– Infelizmente foi muito ruim em todos os aspectos. Méritos da Chapecoense. Temos de nos indignar e reagir. Fazer trabalhos nesse período que temos para recuperar jogadores. Hoje jogamos fora, nossos concorrentes diretos jogaram em casa, mas nada justifica uma atuação como essa – afirmou, em entrevista coletiva logo após a partida.

O Palmeiras vinha embalado por uma série de seis partidas sem perder: quatro pelo Brasileirão, duas pela Copa do Brasil. Dependia somente de si para continuar no G-4, mas viu Santos e São Paulo baterem Fluminense e Atlético-PR, respectivamente, e subirem na tabela. O Verdão caiu para a sexta colocação.  

– Precisava lutar mais, competir mais. O jogo de futebol não dá para jogar mole, deixando jogar, apenas olhando. Tem de competir. Se não der para jogar tecnicamente bem, tem de competir. Falhamos nos dois aspectos – alertou. 
– Eu sou responsável por isso, eu que escalo. Temos condição de chegar ao G-4 e estamos lutando pela Copa do Brasil, em uma semifinal. São quatro times agora, quatro jogos para ser campeão. Não pode ser dessa forma tão passiva e com tantos equívocos e pouca competitividade como foi hoje.
Com a pausa para as Eliminatórias da Copa do Mundo, o Palmeiras volta a campo somente no dia 14, contra a Ponte Preta, na arena. Os jogos da semifinal da Copa do Brasil, contra o Fluminense, serão nos dias 21 e 28 deste mês. 

Avaliação da partida 

Eles estavam com a supremacia todos os aspectos. O cuidado é necessário no início de jogo, depois as coisas estabilizam. Levamos um gol de bola parada, coisa que treinamos muito ontem, porque a Chapecoense tem um time alto e bons batedores. Levamos também o segundo gol de bola parada. Por mais que eu possa pensar que mudou muito o jogo, foi um dia muito ruim do Palmeiras. Não competimos o necessário. Quando tentamos organizar uma jogada, eles fizeram mais faltas, roubaram mais bolas, méritos absolutos da Chapecoense. Uma noite muito ruim do Palmeiras. Precisamos nos indignar com isso para que a gente possa fazer tudo diferente e ter uma reação. Aqui (em Chapecó) é difícil mesmo, mas não podíamos perder da forma que perdemos.  
Escalação do Palmeiras 
Tinha tudo pra funcionar. Já jogou esse meio-campo, Amaral um pouco mais preso, com total liberdade para Arouca sair e Dudu se encontrar nas ações ofensivas. A Chapecoense não deixou que esses jogadores jogassem. Com a saída do Arouca piorou um pouco mais. Girotto até que entrou bem, levamos o gol em um momento de reação, aí ficou difícil. 

Desfalques 

Vamos lembrar que estamos sem o Thiago Santos, sem o Robinho, sem o Zé Roberto, Cleiton Xavier... Só aí você formaria um meio-campo muito bom. Temos de valorizar quem está aqui. Um meio-campo com dois volantes, um mais preso, com a qualidade que o Arouca tem, seria bom. O adversário não deixou que eles jogassem. Dudu foi muito bem marcado,as jogadas pelas laterais ficaram difíceis para o (Rafael) Marques e para o (Gabriel) Jesus. Eles entraram com jogadores altos, nós também. Não tivemos chances porque eles faziam jogadas individuais, encostavam. Nos dois gols que levamos, os jogadores cabecearam livres. Até que o bandeira marcou o gol de cabeça, depois não sei por que voltou atrás. A arbitragem foi normal, mérito todo da Chapecoense, tarde infeliz do palmeiras. 
Confusão com Egídio 
Íamos ficar sem um jogador, teríamos de sacrificar alguém. Mas o tivemos de volta. Deveria ser algo estimulante. Ele voltou, houve um equívoco, porque não houve nem falta. Teria de ser um adendo para motivar o time do Palmeiras a jogar melhor. Infelizmente foi muito ruim em todos os aspectos. Méritos da Chapecoense. Temos de nos indignar e reagir. Fazer trabalhos nesse período que temos para recuperar jogadores. Hoje jogamos fora, nossos concorrentes diretos jogaram em casa, mas nada justifica uma atuação como essa. 
Broncas no time 
Não adianta fazer discurso longo, cobrança tão longa. Todo mundo de cabeça quente... Temos de trabalhar. A cobrança vai existir, é lógico, não pode acontecer isso. Uma equipe lutando para sair lá de baixo e nós dependíamos só da gente para ficar no G-4. Precisava lutar mais, competir mais. O jogo de futebol não dá para jogar mole, deixando jogar, apenas olhando. Tem de competir. Se não der para jogar tecnicamente bem, tem de competir. Falhamos nos dois aspectos. 

Treinos para corrigir 

Às vezes é impraticável porque tem jogo quarta e domingo. Um dia é posterior ao jogo, o jogador não treina, depois já é véspera. Isso tem atrapalhado. Aliado a isso vêm as contusões, suspensões... Temos mexido muito em um time em formação. Temos de aproveitar esses 10 dias para fazermos mais treinamentos nesse sentido. O Palmeiras vinha de três vitórias e um empate, mas em algum momento cobramos muito que erguemos demais a bola. Precisamos de um meio-campo que possa jogar mais. 

Queda de produção de Gabriel Jesus

Já conversei com ele. É um jogador que taticamente tem ido muito bem. Tem vigor, marca, puxa contra-ataques. Tem 18 anos, sabemos que gera um pouco de ansiedade também. Quando ele faz o que fez passa a ser mais marcado. Tirando qualquer questão de uma atuação do Gabriel, que lutou muito, o time todo jogou muito mal, carregou muito a bola. Eu sou responsável por isso, eu que escalo. Temos condição de chegar ao G-4 e estamos lutando pela Copa do Brasil, em uma semifinal. São quatro times agora, quatro jogos para ser campeão. Não pode ser dessa forma tão passiva e com tantos equívocos e pouca competitividade como foi hoje. 

Por GloboEsporte.com
Chapecó, SC

Jornal: Barcelona quer Philippe Coutinho já para janeiro e pagaria R$ 132,3 milhões.

A capa do diário “Sport” desta segunda-feira traz a informação de que o Barcelona quer Philippe Coutinho, do Liverpool, já para o próximo mercado de transferências, em janeiro. O clube esteve proibido de se reforçar nas duas últimas janelas e se viu sem muitas opções ofensivas no elenco depois das lesões de Messi (fora até o fim de novembro), Iniesta (início de novembro) e Rafinha (abril).



O Barcelona tentará correr atrás do prejuízo que imagina se encontrar quando virar o ano e estaria disposto a pagar € 30 milhões (R$ 132,3 milhões na cotação atual) pelo brasileiro - inclusive, segundo a reportagem, já houve um contato entre as partes. Outros dois nomes contratados no verão estão apenas treinando, aguardando a liberação da inscrição: o meia Arda Turan e o ponta Aleix Vidal.

Apesar dos problemas, o Barcelona se manteve entre os primeiros colocados do Campeonato Espanhol, com 15 pontos. No sábado, o time foi derrotado pelo Sevilla, fora de casa, por 2 a 1.

por BMFC

Bayern atropela o Borussia com show de Müller e Lewandowski e dispara.

Era um clássico entre o líder e o vice da Bundesliga, mas a goleada por 5 a 1 do Bayern sobre o Borussia Dortmund, neste domingo, em Munique, mostra que o equilíbrio não anda tão presente assim no futebol alemão atualmente. Com direito a show, os tricampeões abrem sete pontos de vantagem na ponta do Alemão após oito rodadas e impõe a primeira derrota ao rival na competição. Destaques para os velhos conhecidos Müller e Lewandowski, com dois gols cada – Götze completou a goleada, e Aubameyang descontou.

A tabela fica assim: o Bayern de Munique segue com 100% de aproveitamento na liderança, com 24 pontos, sete a mais que o Borussia. Os aurinegros, aliás, só mantêm a segunda colocação por conta da derrota em casa para o Colônia. Na próxima rodada, daqui a duas semanas, os bávaros visitam o Werder Bremen, enquanto o time de Dortmund volta a jogar fora de casa, contra o Mainz.

O Bayern chegou a incrível marca de 28 gols em apenas oito jogos no Alemão. Muito por conta da fantástica fase de Lewandowski, responsável por balançar as redes 12 vezes nas últimas quatro partidas (uma delas pela Champions). Na Bundesliga, é o artilheiro com 12. Müller não fica muito atrás, agora com oito. Destaque especial para Boateng, que deu duas assistências brilhantes do campo de defesa para a dupla de ataque. Douglas Costa voltou a ter boa atuação, sobretudo na primeira etapa.
Não serviu para amenizar a goleada, mas Pierre-Emerick Aubameyang mostrou que atravessa grande fase nesta temporada. Ele fez o décimo gol no Campeonato Alemão (só Lewandowski marcou mais) e ampliou o recorde, tornando-se o primeiro jogar a balançar as redes nas oito primeiras rodadas da competição.

Por GloboEsporte.com
Munique, Alemanha

Noite de recorde: Ibra faz dois, passa Pauleta e dá vitória ao PSG em clássico.

Zlatan Ibrahimovic deu-se de presente um baita recorde. Aniversariante no último sábado, o sueco de agora 34 anos garantiu a vitória do Paris Saint-Germain no clássico diante do Olympique de Marselha, por 2 a 1, no Parque dos Príncipes. Seus dois gols de pênalti o fizeram ultrapassar o português Pauleta na artilharia histórica do clube francês, com 110 gols em 137 jogos (contra 109 em 212 do luso). E também deixaram o time confortavelmente na liderança do Campeonato Francês com cinco pontos de vantagem sobre o segundo após nove rodadas.

E o segundo não é o rival histórico, longe disso. Trata-se do Angers, recém-promovido à elite da Ligue 1, empatado com o Caen, com 18 pontos. O PSG já soma 23 (ainda está invicto com sete vitórias e dois empates), enquanto o Olympique é apenas o 16º, com oito pontos. Por conta da pausa no calendário para os jogos das seleções, o PSG só volta a campo no dia 17, contra o Bastia, fora de casa. O Olympique receberá o Lorient no domingo, 18, no Velódrome.

O PSG segue em sua caminhada ao tetracampeonato sem ser brilhante. Produziu pouco neste domingo e até poderia ter sofrido o empate nos minutos finais – não à toa Trapp defendeu um pênalti cobrado por Barrada no início do segundo tempo. Ibrahimovic não esteve bem, mas foi perfeito quando exigido: marcou três pênaltis para dois valerem – o árbitro mandou voltar uma das cobranças por invasão. 

Entre os brasileiros, David Luiz ficou marcado pela falha no gol de Batshuayi, que se movimentou com liberdade até desviar de cabeça, aos 30 minutos. Thiago Silva e Maxwell jogaram os 90 minutos, enquanto Lucas não saiu do banco de reservas – Marquinhos entrou nos instantes finais. No lado visitante, Lucas Silva atuou por 85 minutos. 

Por GloboEsporte.com
Paris

terça-feira, 29 de setembro de 2015

De olho no Brasileirão, Jorginho vai poupar jogadores contra o São Paulo

Parte do mistério está desfeito. Depois de comandar um treino fechado na tarde desta terça-feira em São Januário, Jorginho revelou que irá enfrentar o São Paulo com um time misto nesta quarta, às 22h (de Brasília) no Maracanã, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O técnico do Vasco admitiu que irá poupar alguns jogadores por conta do desgaste da maratona de jogos, mas não citou nomes.
- Como falei até mesmo domingo, depois do jogo, que estaria esperando 48 horas para conversar com os jogadores. E a gente tomou a decisão de poupar alguns, só vamos ver quantos serão poupados pela questão do desgaste. Estou há aproximadamente 45 dias aqui, nesse tempo jogamos quarta e sábado ou quarta e domingo sem parar. Chega um momento em que um jogador ou outro vai sentir um desgaste grande. E precisamos ter cuidado para não perder jogador numa partida importante - frisou o treinador.
Martín Silva, que não vem cobrando tiros de metas nas últimas partidas após a lesão muscular na coxa direita, deve ser um dos poupados. Nenê e Andrezinho são outros nomes que provavelmente ficarão fora da lista dos relacionados. Sem contar Leandrão, que não está inscrito na competição. Por outro lado, Luan, suspenso do próximo jogo do Brasileiro, e Serginho, que não enfrentou o Flamengo, podem ser escalados contra o São Paulo. A missão em campo não será fácil depois de ter sido derrotado na ida por 3 a 0 no Morumbi. Apesar do time misto, Jorginho garantiu que vai em busca da vaga na semifinal do torneio mata-mata.
- A gente está definindo quantos vamos poupar, mas continua sendo uma competição importante. É uma partida diferente, jogando em casa, vamos ter jogadores mais descansados. Com certeza podemos surpreendê-los. Não adianta eles acharem que vai ser fácil, porque não vai ser.
O Vasco decide sua vida na Copa do Brasil contra o São Paulo, no Maracanã. O Cruz-Maltino precisa vencer por quatro ou mais gols de diferença para chegar à semifinal. Se devolver o placar de 3 a 0, leva a decisão para os pênaltis.

Por Thiago Lima
Rio de Janeiro

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Emocionado, Renato Augusto celebra Seleção: “Abri mão de muita coisa”

Premiado com a convocação para a seleção brasileira depois de três anos no Corinthians,  Renato Augusto não conteve a emoção ao falar do chamado do técnico Dunga, realizado nesta quinta-feira. O meia, ao lado do volante Elias e do zagueiro Gil, são os representantes alvinegros nos jogos contra Chile e Venezuela, válidos pelas Eliminatórias para a Copa de 2018.
O meia sequer assistiu à convocação de Dunga, ainda que tivesse esperanças de ser chamado. Muito cansado depois da derrota por 2 a 1 para o Internacional, na última quarta-feira, em Porto Alegre, ele só acordou com o telefone que não parava de tocar.
– Eu estava dormindo, meu telefone começou a tocar bastante, aí vi que tinha sido convocado. Minha mãe ligou chorando, outros ligaram chorando. Quem vive meu dia a dia sabe o quanto sofri para estar aqui hoje. Abri mão de muita coisa, faço um trabalho especial, um pouco a mais do que todo mundo. Vejo que estou indo pelo caminho certo. Isso mostra que minha força de vontade deu frutos – afirma Renato, que faz um trabalho especial desde que chegou ao Corinthians, devido ao excesso de lesões que sofreu ao longo da carreira. 

As partidas diante de Chile e Venezuela são no próximo dia 8, em Santiago, e no dia 13, no Ceará, respectivamente.

O meia havia sido lembrado na seleção principal apenas em 2011, com o técnico Mano Menezes, quando ainda jogava pelo Bayer Leverkusen. Na ocasião, entrou em campo durante três amistosos: contra França, Escócia e Alemanha. Agora, ele se diz mais preparado para brilhar. 
– Desta vez eu venho em um momento ainda mais especial. Na outra vez eu tinha feito boa temporada na Alemanha, mas agora alcancei meu auge técnico e físico. Acho que estou mais preparado. 
Apesar da emoção, o jogador prefere focar no Campeonato Brasileiro. Mesmo depois da derrota para o Inter, o líder Corinthians manteve a vantagem de cinco pontos sobre o Atlético-MG. O próximo jogo é neste domingo, às 11h (horário de Brasília) contra o Santos, na arena. 
– É a coroação de um trabalho, mas não quero pensar muito nisso agora. Temos um jogo difícil no domingo, e minha cabeça continua no Corinthians.
Renato, Gil e Elias devem se apresentar à seleção brasileira no dia 5 de outubro, um dia depois do jogo contra a Ponte Preta, em Campinas, pela 29ª rodada do Brasileirão.

Por Diego Ribeiro
São Paulo

Fluminense fecha com Eduardo Baptista para comandar o time

Eduardo Baptista é o nome do novo treinador do Fluminense. A diretoria carioca fechou com o técnico do Sport um dia depois de demitir Enderson Moreira. O técnico, de 45 anos, assinou com o Tricolor das Laranjeiras até o fim de 2016. Ele chegará junto com o auxiliar Pedro Gama e será apresentado após o treinamento desta sexta-feira, na Urca.

- Estou saindo de uma grande equipe onde tenho uma história e sou muito grato. O que me seduziu foi o projeto apresentado pelo presidente Peter Siemsen que tem uma leitura sobre futebol muito parecida com a minha. Acredita na importância dos jogadores experientes e acredita nas divisões de base. Chego ao Fluminense muito animado. É um clube que me identifico e o torcedor pode esperar uma dedicação total, de 24 horas, pelo melhor para o clube. Minha família ficou em Recife e estarei completamente focado neste novo desafio – disse o novo treinador.
Após o treinamento de sexta, Eduardo Baptista viaja com a delegação para Campinas. No sábado, estreia no comando da equipe diante da Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, às 21h.
Vai encontrar um grupo bastante pressionado pelos recentes maus resultados. Há sete jogos o Fluminense não vence. Foram seis derrotas e um empate no returno. Na quarta o time foi goleado por 4 a 1 pelo Palmeiras, no Maracanã, em revés que custou o cargo de Enderson Moreira. O último triunfo ocorreu na última rodada do primeiro turno, quando venceu o Figueirense por 2 a 1, no Maracanã.
Eduardo estava desde fevereiro de 2014 na equipe rubro-negra. No último domingo, comandou o Sport na vitória por 1 a 0 diante do próprio Fluminense, na Arena Pernambuco. Na quarta, empatou por 1 a 1 com o Joinville, em Santa Catarina, em seu último jogo sob o comando do Leão. Venceu o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste de 2014 pelo time rubro-negro.

Por Raphael Zarko
Rio de Janeiro

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Filipinho vira a 30s do fim com onda salvadora; Medina dá show nos EUA

Um dos principais favoritos ao título da etapa de Trestles (EUA) do Circuito Mundial, a oitava de 11 paradas do Tour, Filipe Toledo nunca esteve tão perto de retomar a liderança do ranking mundial, nas mãos de Adriano de Souza. Com uma onda salvadora no fim, o quarto colocado da tabela eliminou na segunda fase (repescagem) o local Ian Crane em uma bateria emocionante. Os dois surfistas da nova geração deram um show nas manobráveis ondas pequenas e médias do pico na Califórnia e brigaram até os últimos segundos da disputa. Morando em San Clemente, na Califórnia, desde o ano passado, Filipinho tem o pico de Trestles como o seu quintal. O paulista de Ubatuba sofreu duas quedas no início, porém, se recuperou a tempo com um belo aéreo 360º, sua especialidade, transformando a parede da onda em uma rampa de decolagem. 
- Eu estava nervoso no início da bateria, caí em duas ondas e cometi alguns erros. A minha maior onda eu tive um 8, consegui boas manobras, mas, esse é o estilo brasileiro de vencer, na última onda, e eu gosto disso - disse Filipe Toledo em uma entrevista à WSL. 
O paulista é considerado um dos melhores da atualidade quando o mar não está grande e pesado. Foi assim que ele brilhou ao conquistar nesta temporada os títulos nas etapas de Gold Coast, na Austrália, e no Rio de Janeiro, sendo o único com duas vitórias na coleção em 2015. E, na própria Trestles, Toledo ganhou pela segunda vez o US Open, etapa 10.000 do QS (divisão de acesso), em maio. Caçula da elite do surfe mundial, o jovem de 20 anos soma 33.200 pontos, 1.750 a menos que Mineirinho. O Brazilian Storm tem oito representantes na Califórnia.

Atual campeão mundial, Gabriel Medina (10º) reinou nas ondas de Trestles. Com um leque de manobras de altíssimo nível, ele derrotou o catarinense Tomas Hermes na repescagem e avançou para a terceira fase, ao lado de Toledo, Wiggolly Dantas, Mineirinho e Italo Ferreira. 
- Muita diversão aqui, me senti bem na prancha, foi uma boa bateria. Espero que consiga ondas ainda melhores. Há alguns brasileiros aqui e é muito bom receber esse apoio. Minha família também está aqui, então só quero fazer meu melhor. Espero que as ondas continuem desse tamanho e eu consiga dar um grande show - contou Medina à WSL, após a vitória. 

Medina domina Tomas Hermes

Após recuperar o bom surfe que o fez escrever o seu nome na história como o primeiro brasileiro campeão mundial, Medina mostrou estar em sua melhor forma física em Trestles. Treinando há semanas no pico, o paulista de São Sebastião mostrou comprometimento em sua primeira onda.  Explorando toda a parede, até a crista, com diversas manobras, abrindo a disputa com um 7.00. Tomas Hermes errou na escolha de suas ondas no início da bateria e viu o rival deslanchar. O atual campeão mundial encontrou outra e acertou na seleção de variadas manobras com muito estilo. Ao receber um 8.50, o local de Maresias ampliou a vantagem para 15.50 e deixou o compatriota precisando de uma combinação de resultados para lhe superar. 

Substituto do australiano Matt Banting, 29º do ranking, Hermes acabou caindo ao tentar desenhar um arco, mas ainda tinha 20 minutos para melhorar os seus 3.94 pontos. Enquanto isso, Medina apostou no power surf, seguindo a linha de surfistas como Mick Fanning, mostrando tudo o que é capaz de fazer nestas condições. Parecia até que precisava se salvar com uma nota alta, porém, era Tomas que estava em combinação. Agressivo, Medina atacava as ondas com manobras fortes e, aos poucos, se isolava ainda mais na liderança. O melhor surfista da última temporada deu um baile e ainda aumentou o somatório com um 9.00, chegando a 17.50. Hermes bem que tentou, mas o melhor que conseguiu foi um 6.00, ampliando para 9.17. Nos últimos segundos, ele arriscou um aéreo, mas caiu e não ameaçou o campeão mundial, ovacionado pelo público. 

Filipe Toledo vira a 30 segundos do fim

Filipinho entrou na disputa como favorito, mesmo tendo como rival Ian Crane, local do pico e grande amigo de atletas como Kolohe Andino, uma das maiores revelações dos Estados Unidos. O americano, que vive em uma praia bem perto dali, mostrou que conhece como poucos o caminho das pedras em Trestles logo em sua primeira onda. Com um leque de manobras, Crane ganhou um 7.33 e abriu a disputa na liderança. O paulista de Ubatuba caiu na primeira onda (3.50), porém, esperou até vir a onda que queria. Em busca de 3.84 para virar o placar, ele deu um aperitivo de sua radicalidade. Encaixou manobras ousadas e de alto nível, mas acabou caindo em um aéreo 360º. Era o que o surfista precisava para melhorar a confiança e afastar a pressão. Na sequência, Filipinho mesclou aéreos com um power surf, explorando muto bem a parede da onda com velocidade e manobras de força. Com um 8.00, o filho do bicampeão brasileiro Ricardo Toledo passou à frente do placar: 15.67 a 7.33.
Mas um local nunca pode ser subestimado. Inteligente, Crane viu uma bomba no horizonte e mostrou uma rica variedade de movimentos e curvas para ganhar 9.10 e recuperar a ponta, com 16.43. Filipinho tentou responder à altura e levantou voo em um aéreo, mas falhou na aterrissagem e teve a nota prejudicada: 2.23. A cinco minutos do fim, o paulista precisava de um 8.44. Entrou em uma onda, mas, quando viu que não teria potencial, desistiu e esperou por melhores no line-up. A missão era difícil, mas não impossível para um jovem com o seu talento. Bastava acertar um aéreo matador, sua especialidade, mas a natureza não cooperava e a luta passou a ser contra o tempo. Faltava apenas dois minutos, e as ondas não eram animadoras. Na última chance, aplicou boas rasgadas e batidas, fechando com um aéreo 360º. A 30s do fim, ganhou dos juízes um 8.50 e respirou aliviado com a onda salvadora: 16.50 a 16.43. Ele estava na areia quando recebeu a nota. Beijou a prancha e olhou para o céu para festejar a vitória. 
Membro do top 5 do ranking da Liga Mundial de Surfe (WSL) desde a primeira das sete etapas disputadas até aqui nesta temporada do Circuito Mundial, o número quatro do mundo espera deixar Trestles mais vivo do que nunca luta pelo título mundial. Depois da disputa na Califórnia, vão faltar apenas três torneios: Landes, na França, entre 6 e 17 de outubro, Peniche, em Portugal, entre 20 e 31 de outubro, e Pipeline, no Havaí, de 8 a 20 de dezembro.

CONFIRA AS BATERIAS DA 2ª FASE (REPESCAGEM)

1: Filipe Toledo (BRA) 16.50 x Ian Crane (EUA) 16.43
2: Josh Kerr (AUS) 13.50 x Hiroto Ohhara (JPN) 12.77
3: Gabriel Medina (BRA) 17.50 x Tomas Hermes (BRA) 9.60
4: Nat Young (EUA) 16.60 x Aritz Aranburu (ESP) 13.66
5: Wiggolly Dantas (BRA) 16.73 x Brett Simpson (EUA) 12.60
6: Bede Durbidge (AUS) x Dusty Payne (HAV)
7: John John Florence (HAV) x Glenn Hall (IRL)
8: Matt Wilkinson (AUS) x Ricardo Christie (NZL)
9: Joel Parkinson (AUS) x C. J. Hobgood (EUA)
10: Jadson André (BRA) x Miguel Pupo (BRA)
11: Sebastian Zietz (HAV) x Michel Bourez (TAH)
12: Keanu Asing (HAV) x Adam Melling (AUS)

Por GloboEsporte.com
Trestles, EUA


domingo, 6 de setembro de 2015

Grêmio teme árbitro de jogo contra o líder Corinthians: "Pode comprometer"


A bola sequer rolou, e a escolha de André Luiz de Freitas Castro para apitar o embate entre Corinthians e Grêmio, na próxima quarta-feira, às 22h, na Arena Corinthians, já gera reclamações dos gremistas. Após a vitória por 2 a 1 sobre o Goiás, neste sábado, na Arena, os dirigentes do Tricolor admitiram a preocupação com a escala da arbitragem para o confronto e chegaram a afirmar que o goiano pode "comprometer o espetáculo" contra o Timão.
A crítica do presidente Romildo Bolzan tem a ver com o estilo autoritário do árbitro. De acordo com o mandatário, André Luiz de Freitas Castro costuma intimidar os jogadores com cartões amarelos e, assim, atrapalha o andamento das partidas.
- Não gosto do perfil arrogante, autoritário, capaz de intimidar os jogadores, não gosto de arbitragem com esse tipo de comportamento, porque isso atrapalha o jogo. Árbitro que apita com correção gera respeito. Árbitro que vai com autoridade para se impor, não. Árbitro é juiz. Não é parte do processo. Se o perfil é esse e é, estamos preocupados. Ele pode comprometer o espetáculo - afirmou o presidente à Rádio Gaúcha.

Outro alvo de reclamação dos gremistas com relação à arbitragem para o jogo contra o Timão é a ausência de um árbitro com o escudo da Fifa para comandar o duelo. Nesta quarta-feira, apenas os auxiliares Kleber Lucio Gil e Alessandro Rocha de Matos têm o selo Fifa. André Luiz de Freitas Castro sequer é aspirante ao quadro internacional.
- Preocupação com extracampo temos sempre. Somos obrigados a pensar nisso sempre, como dirigentes. Poderiam ter colocado um árbitro da Fifa, mas colocaram auxiliares da Fifa e um árbitro desconhecido. Mas não podemos reclamar antes. Eu queria que fosse um juiz da Fifa, para que a gente ficasse tranquilo. Mas ainda não posso reclamar, os sorteios são lícitos, bem feitos - afirmou o vice de futebol César Pacheco na entrevista coletiva após a partida.
Preocupações com a arbitragem à parte, o Tricolor busca reduzir a distância para o líder no confronto direto desta quarta-feira, às 22h, na Arena Corinthians. O Grêmio é terceiro colocado, com 44 pontos - a seis do Timão.

Por GloboEsporte.com
Porto Alegre

Wallace vê Fla consistente e lamenta erro da arbitragem no toque de mão

O zagueiro Wallace foi protagonista no primeiro gol do Flamengo na vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense neste domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Em cobrança de escanteio, o capitão subiu para dividir com Henrique e tocou com o braço na bola, que ficou na medida para Emerson Sheik chutar e mandar para o fundo da rede.

Na saída para o intervalo, Wallace disse que não lembrava de a bola ter tocado no seu braço e que, se aconteceu, foi "quase imperceptível". Ao fim da partida, com sangue frio após o triunfo, ele reafirmou que não sentiu o toque e admitiu que assistiu ao lance posteriormente. A conclusão a que chegou foi que houve erro da arbitragem. Com humildade, o zagueiro lamentou o ocorrido.
- Então, vou ser sincero, não senti a bola tocar na minha mão. Agora eu vi no vídeo que realmente pegou. Mas foi quase que de forma imperceptível. Estava ali no calor, fiz um gesto para tentar cabecear a bola, acabou tocando, mas acontece. Infelizmente a gente lamenta o erro da arbitragem, mas acontece - declarou.

Wallace foi substituído por César Martins no fim do segundo tempo. Ele disse que vem sentindo um desconforto no músculo posterior da coxa direita há algum tempo, mas que não é nada grave e que não será problema para o próximo jogo, contra o Cruzeiro, na quinta-feira. Como o duelo contra o Fluminense estava praticamente liquidado, ele e Oswaldo de Oliveira optaram por preservá-lo.
Com a vitória, o Flamengo manteve os 100% de aproveitamento no returno do Brasileirão. Wallace definiu o momento da equipe e analisou os 3 a 1 sobre o Tricolor.
- A confiança está lá em cima, a equipe está consistente. Hoje contra o Fluminense a gente fez um jogo muito maduro e controlou boa parte das ações. Só num momento do segundo tempo que tomamos certo sufoco, até os 25 minutos, mas sem nenhuma situação clara de perigo do Fluminense. Quando botaram o Marcos Júnior, ficaram com um homem a mais no meio-campo, e não estávamos conseguindo encaixar a marcação. Mas acho que a equipe está numa crescente. Essa guinada de confiança faz a equipe crescer. Vencer é mais importante do que jogar bem no futebol - finalizou.

Por Felippe Costa e Ivan Raupp
Rio de Janeiro

Marcelo Oliveira critica desatenção do Palmeiras e autoritarismo de árbitros

O técnico Marcelo Oliveira não gostou de ver o Palmeiras empatar com o Corinthians, por 3 a 3, neste domingo, pela 23ª rodada do Brasileirão, após ter a vantagem no placar por três vezes, e ainda ter perdido quatro titulares suspensos para o próximo jogo. O treinador lamentou as falhas que provocaram os gols do adversário, principalmente quando a partida estava 3 a 2 para o Verdão. Para o comandante, faltou administrar melhor a vantagem, além de acertar a marcação nos cruzamentos.

VEJA A CLASSIFICAÇÃO DO BRASILEIRO

– Treinamos muito as bolas paradas na defesa, mas pecamos. Também tivemos oportunidades quando o jogo estava 3 a 2, uma clara com o Zé Roberto, mas não fizemos. O Corinthians teve seus méritos e aproveitou a chance.

Além dos dois pontos perdidos que deixaram a equipe na sétima posição, mais distante do G-4, o técnico terá pelo menos quatro importantes desfalques na partida contra o Internacional, quarta-feira. Lucas, Dudu, Robinho e Gabriel Jesus levaram o terceiro amarelo e não jogam.
– Algumas faltas que são marcadas aqui, na Europa não existem, são encontros normais de jogo. Distribuíram seis cartões para o Palmeiras, que não fez um jogo violento. O cartão do Dudu foi absurdo. Ele escorregou e caiu no jogador. E o cartão tirou o Dudu, que é um jogador importante, do próximo jogo. A cada jogo saem quatro ou cinco jogadores porque existe um certo autoritarismo e arrogância da arbitragem, além de erros grotescos, que hoje não teve, mas algumas vezes acontece – desabafou. 
Se não vai poder contar com quatro titulares, Marcelo Oliveira confia na recuperação do atacante Lucas Barrios. Ele não entrou em campo contra o Corinthians por ter sentido uma dor no músculo adutor, mas deve se recuperar até a partida contra o Inter, na quarta-feira, às 19h30, no Beira-Rio.
Confira outros assuntos debatidos na entrevista coletiva de Marcelo Oliveira

Avaliação sobre um jogo com tantos gols

– O Palmeiras tinha de fazer os gols e não levar, mas em uma visão geral do futebol, quando saem muitos gols, agrada mais. O Corinthians tem muitos méritos. É eficiente, tem boa posse de bola, jogadores que decidem o jogo. Lamentável que não levamos tantos gols por mérito do adversário, mas por erros nossos. 

Falhas

– A bola parada faz parte do jogo. Precisamos estar mais atentos. Tivemos boa oportunidade com o João Paulo, que o Zé pegou mal na bola. Não podemos nos dar ao luxo de jogar bem, estar na frente três vezes e doar gol, porque ninguém doa gol para nós.
Sobre os gols sofridos 
– Não existe gol bobo, existe desatenção. No primeiro gol, o rebote precisava ser marcado. No final do jogo, achei que não foi falta (no terceiro gol do rival). O Corinthians estava mais alto naquele momento, mas nós levamos gols de jogadores baixos. Os dois estavam desmarcados. Foram falhas nossas.

Maturidade da equipe

– Precisa da maturidade para prender a bola, saber segurar na hora certa. Nosso time é muito intenso, mesmo com vantagem no placar continuamos buscando o gol. Às vezes, é preciso saber a hora de segurar.

A estrutura da equipe

– Temos jogadores que chegaram não há muito tempo. Outros foram contratados neste ano. Basta ver que Atlético-MG e Corinthians, que tem base de um ou dois anos, têm uma estrutura e maturidade maior.

Por GloboEsporte.com
São Paulo

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Florentino ainda espera por De Gea e avisa: "Não podíamos abandoná-lo"

 Florentino Pérez falou. Depois de ser alvo de críticas e gozações durante toda semana por conta da frustrada negociação para tirar David De Gea do Manchester United, o presidente do Real Madrid participou do programa "El Larguero" da rede de rádios "SER" para dar sua versão sobre a negociação. Sem querer culpar os Red Devils pelo falha na transação, o dirigente tratou como "estranho" o início das conversas somente no último dia da janela e admitiu que a documentação foi enviada com atraso.   
De acordo com Florentino, o United enviou os papéis às 00h (horário espanhol) e o Real Madrid repassou para federação às 00h02. O presidente merengue lembrou ainda que durante toda janela os ingleses trataram De Gea como inegociável.   
- No último dia, 12 horas antes (do fechamento), o United disse, através do Jorge Mendes, que estava abertos a negociações. Antes, sempre diziam que não estava à venda. Na segunda, fizemos todo esforço porque não podíamos deixar o jogador abandonado. Mais tarde, já intuí que não ia chegar a tempo. Conheço a falta de experiência do United porque já aconteceu com Coentrão.   

Florentino Pérez, por sua vez, disse que, mesmo com pouco tempo para agir, aceitou conversar com o United por conta da vontade do goleiro, que a todo instante se mostrou favorável a ida para Madrid. O merengue lembrou ainda que espera De Gea daqui a um ano, quando encerra seu vínculo com os Red Devils.   

- Me disseram que ele está muito afetado, porque tinha muita vontade de vir para o Real Madrid (...) Temos um compromisso de que quando terminar (o contrato) pode vir para o Madrid.

Famoso por suas contratações de impacto, o presidente do Real falou ainda de outros nomes que tentou levar para Madrid e não conseguiu.   
- Quis trazer Patrick Vieira, Ribery... Nem sempre conseguimos o que queremos.   
Sem De Gea, Keylor Navas segue como dono da meta merengue. O costarriquenho iria para o Manchester United, caso a negociação fosse concluída em tempo.

Por GloboEsporte.com
Madrid, Espanha

40 dias de futebol: Gomes vê crise de identidade e pede o "fico" de craques

Foram praticamente quatro anos afastado do futebol, mas Ricardo Gomes decidiu voltar. Há exatos 40 dias no comando do Botafogo, o treinador já vive, novamente, intensamente o esporte. Nesse curto período, enfrentou duas sequências de resultados ruins, foi chamado de "burro" pela torcida na derrota contra o Paysandu e viu seu cargo ameaçado em manchetes de jornais.
Nada disso tirou o sorriso do rosto do treinador. Ricardo Gomes está feliz. Voltou a fazer o que mais gosta. Isso não significa, no entanto, que os problemas não existam. Pelo contrário. Eles estão no dia a dia e são muitos. Não somente no Botafogo, mas no futebol brasileiro. 
Ricardo acredita que o futebol pentacampeão perdeu sua identidade. É para se preocupar, mas não para se desesperar. Na opinião do treinador, a solução existe e está mais próxima do que imaginamos. Para ele, o Brasil precisa se informar com o europeu, mas nunca copiá-lo. O país tem profissionais e jogadores competentes para se reinventar. O ponto mais crucial, porém, diz respeito à saída precoce dos jovens talentos para o exterior.
- Todo esse processo de saída de jogadores é o que prejudica. E é isso que nós temos que frear. De que forma? Não sei. Mas temos de frear essa saída muito rápida de jogadores do Brasil. A quantidade de jogadores que não chegam ao profissional e vão se destacar na Europa não é pequena... Você perde identidade. Você vê as seleções de antes, todos os jogadores passaram uma parte da carreira no Brasil. Havia uma identidade com clubes, era o Raí, do São Paulo, o Romário, do Vasco, o Dunga, do Internacional... Hoje, os jogadores fazem 18 anos e saem do país. Aí são convocados para a Seleção e em dois dias o Dunga precisa fazer uma mágica para resolver a identidade do nosso futebol - avaliou.
Em quase uma hora de conversa com o GloboEsporte.com, Ricardo Gomes falou sobre evoluções táticas, endividamento dos clubes, pressão em cima de treinadores brasileiros e mais.

Confira a entrevista completa:

GloboEsporte.com - Durante esses quatro anos fora, você continuou estudando? O que estudou?

Ricardo Gomes - Estudando, não muito. Estudando mais a parte neural (risos). Vi muitos jogos. Por exemplo, em maio do ano passado assisti às finais da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Achei que poderia voltar logo como treinador e conversei com algumas pessoas para ver o que tinha de novidade. Na minha cabeça, eu voltaria no segundo semestre de 2014, mas fiquei na dúvida por causa do joelho. Na televisão não vi tanto, porque acho mais importante ir ao estádio. Aqui no Brasil isso foi mais difícil, mas lá fora assisti a alguns jogos importantes e marcantes.
Pela televisão você raramente consegue fazer observações importantes, decisivas. Não acredito nisso, porque é outro jogo. A televisão mostra a bola, o lance, mas em volta disso existe um outro processo. Não estou condenando, cada um tem seus objetivos. Você só acha que analisa um jogo pela televisão. Assisto a todos os jogos pela TV, mas não só para o trabalho. É importante observar o adversário no estádio, e o DVD te dá elementos que ajudam.

Como é estudar um time sem ser para enfrentá-lo?

Fiquei fora do Brasil até 2009 e dá para ver que, mesmo no aquecimento, já é diferente. O que faz a diferença não são os treinadores, mas as pesquisas que chegam até eles. Aí não se trata só de futebol. Todos estudam muito para que se tenha uma decisão. Infelizmente, não temos isso no nosso futebol.

O que você viu de mudanças no futebol nesse período?

Houve duas evoluções táticas marcantes nas últimas décadas. No final dos anos 80, ficou muito claro começando lá fora e chegando ao Brasil um pouco mais tarde. Foi a forma de jogar do Milan de Gullit, Rijkaard e Van Basten. A partir desse time houve uma mudança importante na parte tática, com suas variantes. A outra foi o Barcelona do Guardiola. Esses dois exemplos tiveram influência mundial.
O Milan não tinha essa posse de bola como o Barcelona do Guardiola. Mas a revolução do Milan ajudou o Barcelona na sua compactação. Algo que o Barcelona do Cruyff, na década de 70, já fazia. Está vendo, existe todo um processo. Aqui, o Parreira já valorizava a posse de bola antes do Barcelona, mas com uma forma de jogar diferente. Não é algo simples. Essas foram as duas últimas, não quer dizer que foram as únicas. O Brasil de 70 é tudo o que estou falando aqui, pela qualidade dos jogadores. A Holanda de 74 foi maravilhosa, mas não conseguiu influenciar o mundo.

Quando é que, e se é que, o futebol brasileiro vai voltar a ser uma referência?

Estamos passando por um momento não tão bom, mas o futebol brasileiro ainda é referência. Tivemos aqui Zagallo, Parreira, Telê... Acham que o Telê nunca foi referência? O próprio Guardiola já falou da influência que teve do Brasil de 82. Ele pegou informações daquele time. Mas, claro, não pensem que ele não inventou nada. Familiares meus falavam que o toque de bola dos argentinos era melhor do que o dos brasileiros nos melhores anos. Mas, por outro lado, nós tínhamos mais o "um contra um", o drible. Isso é algo complexo. O próprio técnico da Holanda de 74 (Rinus Michels), que foi cobrado por uma continuidade daquele estilo de jogo, admitiu que ficou difícil dar sequência porque, naquele time, ele tinha 11 ou 12 jogadores muito inteligentes. Não é só questão de evolução tática, mas de armar o time de acordo com os jogadores que você tem. 

Vemos muitos jogadores que se dão muito bem lá fora, mas, quando vêm jogar na Seleção, não conseguem mostrar o mesmo futebol...

Vamos falar sobre esse time de 2014... Tinha jogadores excelentes, mas saíram muito cedo do Brasil. Isso faz perder "cancha", falta aquele fato de jogar no Maracanã ou no Mineirão. Quantos desses jogadores tiveram essa vivência? Isso com certeza vai acontecer na próxima (Copa) também, porque o jogador vai perdendo identidade. São destaques individuais, não na parte coletiva do futebol brasileiro. Se a gente só copiar, vai ficar atrás.

Quando vemos a seleção brasileira jogar, há um modo de jogar muito semelhante...

Essa é a discussão do futebol brasileiro. Vamos fazer o que eles (Europa) fazem? Acho que não devemos copiar, poderíamos fazer diferente. Minha opinião. É a ideia do treinador trabalhando com os jogadores que têm. Telê fez isso durante duas Copas. Será que falamos pouco do Telê? Falamos pouco. Na época dele não tinha internet e toda essa forma do mundo de hoje, de informação. 

Mas trabalhar assim nos clubes hoje em dia, com a troca de ideias e os jogadores disponíveis, é quase impossível.

É isso. Você matou a charada. Acabou a entrevista (risos).

Por que a qualidade técnica dos nossos campeonatos está caindo?

É bem simples. Os clubes não estão fortes. Os dirigentes são apaixonados, querem o melhor para o clube, mas eles chegam e encontram uma situação de quase R$ 1 bilhão de dívida. Como faz isso? Priorizar a formação, mas com obrigação do resultado no profissional? Onde gastar o pouco que tem? Acho que fragilidade dos clubes brasileiros causa isso. Melhor exemplo é o do Cruzeiro, um time que ganhou os dois últimos títulos nacionais. Isso acontece na Europa? Claro que não. O time que é bicampeão pode até não ganhar o terceiro título, mas vai brigar. Mas, aqui, o presidente teve que vender jogadores e antes disso precisou fazer concessões para montar aquele time. Consequentemente, teve que vender depois. Aí troca treinador e troca de novo. 

Isso não é um pouco do jogador também? O próprio jogador cobra, quer ir para fora do país...

Sim. Isso não é novo. Eu saí do Fluminense em 1988, e adorava o Fluminense. Mas a carreira é curta, você tem de otimizar a situação. A parte econômico-social acaba influenciando o futebol. A história do país melhorou um pouco nos últimos anos, início dos anos 2000. Essa situação do país fez com que os países melhorassem um pouco, mas voltando a recessão, com os times devendo, como faz? Então, para fazer uma análise do campeonato... Isso aqui não é matéria-prima como soja, arroz, feijão... São pessoas, seres humanos. Sem formação, como faz? Tem de formar um Gerson a cada ano? Vou falar uma coisa bem simples: está complicado. A situação do país não é de agora, teve um processo anterior, de crises econômicas, melhoramos um pouco na primeira década do século XXI, mas voltamos agora a viver os mesmos problemas anteriores. O futebol não é o problema. No nosso país, é mais solução do que problema. Temos de chamar um sociólogo para explicar toda essa situação... (risos) Vamos rodar, rodar e vamos chegar no mesmo ponto, que é a educação. E, aí, somos todos culpados.

Isso não é um pouco do jogador também? O próprio jogador cobra, quer ir para fora do país...

Sim. Isso não é novo. Eu saí do Fluminense em 1988, e adorava o Fluminense. Mas a carreira é curta, você tem de otimizar a situação. A parte econômico-social acaba influenciando o futebol. A história do país melhorou um pouco nos últimos anos, início dos anos 2000. Essa situação do país fez com que os países melhorassem um pouco, mas voltando a recessão, com os times devendo, como faz? Então, para fazer uma análise do campeonato... Isso aqui não é matéria-prima como soja, arroz, feijão... São pessoas, seres humanos. Sem formação, como faz? Tem de formar um Gerson a cada ano? Vou falar uma coisa bem simples: está complicado. A situação do país não é de agora, teve um processo anterior, de crises econômicas, melhoramos um pouco na primeira década do século XXI, mas voltamos agora a viver os mesmos problemas anteriores. O futebol não é o problema. No nosso país, é mais solução do que problema. Temos de chamar um sociólogo para explicar toda essa situação... (risos) Vamos rodar, rodar e vamos chegar no mesmo ponto, que é a educação. E, aí, somos todos culpados.

O jogador brasileiro que vai para a Europa se disciplina mais do que aqui?

Claro que se disciplina. Ele vai crescer, ou na dificuldade, ou na percepção.

Treinadores, normalmente quando estão sem clube, vão para a Europa, fazer uma "reciclagem". Você fez o movimento contrário, se formou como treinador na Europa e depois veio trabalhar no Brasil. Como isso moldou o seu trabalho?

Foi uma escolha familiar. Meus filhos adoravam lá. Minha filha chegou na França com 25 dias. Cresceu lá, e só vinha de férias para o Brasil. Minha formação fora, claro, me ajudou. Mas não pensa que as soluções europeias são benéficas para o Brasil. Trabalhei bastante com Parreira e Zagallo, conheci o Telê, trabalhei muito com Raí, com Leonardo, como atletas... São referências, e essas referências você precisa. Nós temos grandes profissionais no Brasil. O Felipão também, apesar da última Copa, fez grandes trabalhos no Brasil, com a Seleção em 2002. O Marcelo (Oliveira), o Levy (Culpi), o Tite... Aliás, que trabalho que o Tite vem fazendo no Corinthians, pelo segundo ano.

Lá fora, como falei, eles têm muita gente pesquisando e, consequentemente, vão ter as melhores ideias, pela pesquisa. Por isso os treinadores vão para a Europa para estudar. Se nós fizermos a mesma coisa no Brasil, as soluções não precisam passar por lá. Os treinadores que citei antes, o Sacchi e o Guardiola, e, depois, o Luis Henrique, as referências que eles têm de futebol é Argentina e Brasil...

O 7 a 1 da Copa não soou um alarme em você, como soou em todo mundo, de que uma catástrofe estava acontecendo?

Como torcedor brasileiro, sim. Mas teve um apagão nesse dia. Explico dessa forma: todo esse processo de saída de jogadores é o que prejudica. E isso que nós temos que frear. De que forma? Não sei. Mas temos de frear essa saída muito rápida de jogadores do Brasil. A quantidade de jogadores que não chegam ao profissional e vão se destacar na Europa não é pequena... Você perde identidade. Você vê as seleções de antes, todos os jogadores passaram uma parte da carreira no Brasil. Havia uma identidade com clubes, era o Raí, do São Paulo, o Romário, do Vasco, o Dunga, do Internacional... Hoje, os jogadores fazem 18 anos e saem do país. Aí são convocados para a Seleção e em dois dias o Dunga precisa fazer uma mágica para resolver a identidade do nosso futebol.

Como falei sobre as conversas que a CBF está propondo, com treinadores, espero que isso avance. Não participei, mas vi várias pessoas importantes participando e que vão fazer alguma coisa. Temos de refletir o momento. Pensar e não copiar. Isso falo pela minha experiência de 14 anos, como jogador e treinador, lá fora, não devemos copiar.

O quanto a sua experiência como jogador lhe auxilia no trabalho como técnico hoje?
Claro que auxilia, não tenha a menor dúvida. Mas digo que um cara bem formado, pode ser um bom treinador, não precisa ser ex-jogador. Mas o cara que estuda, vai atrás, ele alcança. Ele não vai começar como treinador. Vai iniciar como auxiliar, como preparador físico e vai subindo. Temos grandes profissionais. É o que eu disse, buscar o conhecimento é uma coisa, copiar é outra. Quem copia, vai estar sempre atrás, pois começou depois.

Esse um mês e meio de Botafogo até agora está sendo como você esperava, em termos de time e futebol?

Foi o que falei na última coletiva, é um mês apenas. Ainda estou conhecendo o time e os jogadores me conhecendo. Se eu for comentar com os meus amigos franceses que estou "perigando no cargo" com um mês de trabalho, eles vão rir da minha cara.

Mas a pressa nem sempre é da imprensa...

Sim, lógico. O dirigente é acuado porque a torcida pressiona. Aí voltamos para a questão da cultura, da educação. Isso não vai mudar. Só quando mudar o Brasil. Esse é um espelho da nossa sociedade. Isso é em qualquer profissão. Isso agora é com vocês. O país precisa dar uma sacudida. No meu tempo, o Brasil era o país do futuro. Acabou essa história. O futebol faz parte desse processo. 

O que te fez encarar esse desafio no Botafogo? No início do ano você teve proposta do Vitória. Por que agora? Por que o Botafogo?

É verdade. Quando o Anderson Barros (dirigente do Vitória) me procurou, eu tinha acabado de operar o joelho. A recuperação foi mais longa do que eu previa. O Vitória ainda esperou um pouco, mas não aconteceu. Voltei a fazer fisioterapia, musculação... Quando chegou o convite do Botafogo, pedi uma reunião com o presidente. O Botafogo sabia da minha história, mas não conhecia o dia a dia. Marcamos um encontro e expliquei minha situação. Ando mal, mas não tem nada a ver com o AVC. Ainda me perguntaram se minha cabeça estava boa e brinquei: "Parece que está" (risos).

Quando decidiu voltar a ser treinador?

Tive um AVC grave. No primeiro ano, não passava pela minha cabeça voltar. No segundo ano, eu falei "opa, tem chance". Isso foi em 2013, quando trabalhei no Vasco como dirigente. Mas como diretor, deixei de fazer 12 horas por dia de fisioterapia e piorei um pouco. Decidi me concentrar apenas na fisioterapia em 2014. Deu tudo certo. O problema foi o joelho. Foi assim. No primeiro ano eu só queria andar. Depois comecei a correr. Corri tanto que passei a ter que cuidar do joelho. Em janeiro de 2014, falei para o Rodrigo Caetano, na época no Vasco: "Rodrigo, estou saindo porque acho que consigo voltar a ser treinador". 

Nos momentos de maior tensão, quando os resultados não aparecem, sua família tem alguma resistência à sua volta ao futebol?

Não é a minha opinião ou a opinião da minha família. É a opinião dos médicos que me salvaram. Muito antes de assumir o Botafogo, no Vasco, em dezembro de 2012, eu já podia ser treinador. Eu já estava liberado. Mas, por conta do AVC, eu ainda tinha restrições físicas. Os médicos disseram que eu poderia voltar a trabalhar em qualquer profissão. Pressão tem de todo lado. Minha mãe está com 88 anos, acompanha os jogos e reclama: "Mexeu errado!" (risos). Isso é a nossa vida. Não existe nenhuma resistência. Sinceramente, não tem. 

Nesse pouco mais de um mês no Botafogo já deu para encontrar uma melhor formação ou forma de jogar?

Não. Estou encontrando, mas não é definitivo. Você precisa de três a quatro meses para conhecer os jogadores e os jogadores te conhecerem. Não estou falando nem de futebol. É necessário tempo para formar uma boa equipe. Isso não quer dizer que depois de quatro meses você não terá altos e baixos. Mas já tem um padrão. Ninguém padroniza uma equipe em um mês. Acho muito difícil. A não ser que seja o Rinus Michels (técnico da Holanda na Copa de 1974), que tinha grandes cabeças no time, gênios. 

Mas o que acontece que, geralmente, quando se troca treinador, o time ganha dois ou três jogos? É o chamado “fato novo”?

Sempre tem. É o fato novo. Em Portugal existe um termo: "Chicotada psicológica". Isso acontece. O chicote tem efeito na primeira vez, mas, na segunda, nem tanto. Aí vai do dirigente avaliar se (o fato novo) é importante ou não. No Brasil é difícil fazer diferente do que está proposto. Tem outros fatores. Quando muda um treinador, jogadores que não estavam encostados acham que vem vida nova, acabam crescendo e consequentemente o time. É claro que, por vezes, tem que trocar mesmo. Mas se troca demais no Brasil. Quantos treinadores foram demitidos no Campeonato Brasileiro? E quantos times melhoraram? 

Você falou que o futebol brasileiro tem que aprender com os pontos positivos, mas não copiar os europeus. Nesse cenário cabe técnico estrangeiro no Brasil?

Uma coisa é ter informação e outra é copiar. A partir dessas informações, já que eles pesquisam muito mais do que nós, decidir. O bom treinador independe da nacionalidade. O bom treinador vai ajudar. Isso não significa que todos os treinadores estrangeiros sejam bons e que todos os treinadores brasileiros são ruins. Nós temos aqui muito bons treinadores que podem contribuir muito com todas as informações europeias, mas sem cópias.  

Por Gustavo Rotstein, Jessica Mello e Marcelo Baltar
Rio de Janeiro


Elenco do Real Madrid vale quase R$ 3 bilhões e é o mais caro do mundo

Um levantamento feito pelo jornal “Marca”, com base nos números do site “Transfermarket”, colocou o elenco do Real Madrid como o mais valioso do mundo, superando Barcelona, Bayern de Munique e Chelsea. Segundo o diário, Cristiano Ronaldo, Bale, James Rodríguez e companhia valem juntos € 715,5 milhões (R$ 2,98 bilhões).
Houve uma valorização do elenco merengue da temporada passada para essa, de € 685,8 milhões (R$ 2,8 bilhões) em 2014/15 para € 715,5 milhões em 2015/16. Isso porque jogadores como Cristiano Ronaldo e James Rodríguez valorizaram, enquanto chegaram reforços caros como o lateral-direito brasileiro Danilo.
O segundo da lista é o Barcelona, avaliado em € 657 milhões (R$ 2,75 bilhões). Sem estrelas com o mesmo valor de mercado que nomes como Messi, Luis Suárez e Neymar, o Bayern vem em seguida– o elenco bávaro custa € 559 milhões (R$ R$ 2,35 bilhões). O quarto elenco mais caro do levantamento é o do Chelsea: € 531 milhões (R$ 2,2 bilhões). 
Manchester City, Paris Saint-Germain, Arsenal, Juventus, Manchester United e Atlético de Madrid completam, do mais caro para o mais barato, o top 10 de elencos mais caros do mundo, segundo o levantamento do jornal.

Por GloboEsporte.com
Madri

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Inscrições para 2ª turma do Curso de Formação de Árbitros estão abertas

Após o sucesso da primeira turma, diplomada em 29 de janeiro, a Federação Bahiana de Futebol (FBF), o Sindicato Baiano dos Árbitros de Futebol (Sinbaf) e a Fundação Bahiana de Engenharia tornaram pública a abertura das inscrições para a segunda turma do Curso de Formação e Aprimoramento de Árbitros de Futebol.

Pioneira em todo país, a Escola Baiana de Árbitros de Futebol formará novos profissionais e reciclará alguns já atuantes para suprir as demandas da arbitragem em todo Brasil. O projeto, realizado em parceria pelas três entidades, faz parte do compromisso assumido pelo presidente Ednaldo Rodrigues de buscar a qualificação da gestão e a profissionalização geral de todos os setores da cadeia produtiva do futebol até final do seu mandato.

Os interessados em se tornar profissionais de arbitragem devem correr para garantir um lugar no curso. As poucas vagas ficaram disponíveis apenas até o dia 11 de setembro. Qualquer profissional seja ele advogado, policial, professor entre outros poderá se candidatar a uma vaga do curso.

Todos os candidatos passarão por um processo seletivo e, se aprovados, serão chamados para efetuar a matrícula. O início das aulas está previsto ainda para o mês de setembro.

A partir daí, durante sete meses, os alunos do curso serão submetidos a intensas aulas teóricas e práticas até estarem capacitados a atuarem em uma partida ou competição oficial. Todo o curso terá uma carga horária de 310 horas e será reconhecido pelo Ministério da Educação.

Para se inscrever, os candidatos devem se dirigir até a Fundação Bahiana de Engenharia (FBE), localizada no bairro do Imbuí, em Salvador, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. É necessário apresentar no local os documentos RG, CPF, comprovante de endereço e certificado de escolaridade, todos originais e cópias.

Para maiores informações, os interessados devem entrar em contato com a FBE, através do telefone (71) 3362-0866, ou do portal www.fbe-ba.com.br.


Fonte: Federação Bahiana de Futebol