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domingo, 8 de dezembro de 2013

Náutico volta a vencer após 68 dias e estraga despedidas no Corinthians.

Um campeonato para esquecer: assim ficará lembrado o Brasileirão 2013 na memória dos torcedores de Corinthians e Náutico. Rebaixado com seis rodadas de antecedência, o Timbu ao menos conseguiu alegrar sua torcida na despedida da Série A: venceu o Timão por 1 a 0 na Arena Pernambuco, na noite deste sábado, evitando assim o recorde de pior campanha da história dos pontos corridos. De quebra, estragou o adeus ao lateral Alessandro e ao técnico Tite, que se despediram do clube do Parque São Jorge com derrota e sem fazer um gol no lanterna (no primeiro turno, deu empate em 0 a 0, no Pacaembu).

O gol de Derley no início do segundo tempo levou o Náutico aos 20 pontos. Caso fosse derrotado, o time pernambucano superaria a marca do América-RN, que detém o pior retrospecto da história do Campeonato Brasileiro no formato atual. A última vitória alvirrubra havia sido no dia 1° de outubro, 2 a 1 sobre a Ponte Preta, pela 25ª rodada. Para o Timão, o jogo representou o fim de uma temporada decepcionante, na qual os títulos do Paulistão e da Recopa ficaram como prêmios de consolação.

Com 50 pontos ganhos em 38 jogos, o Corinthians termina o ano com uma campanha longe do esperado pela diretoria e pela torcida, especialmente por conta do elenco milionário montado desde janeiro. O Timão fez apenas 27 gols no Brasileiro. Só o Náutico fez menos: 22. Após quatro anos seguidos, o Timão fica fora da Libertadores. E o Timbu volta à Série B após duas temporadas na elite.

Timão domina, mas sem pontaria

Os jogadores do Corinthians haviam prometido todo o empenho para vencer o último jogo de 2013 como homenagem a Tite e Alessandro, ovacionados pelos poucos torcedores alvinegros presentes à Arena Pernambuco. Vontade não faltou. O Timão dominou o primeiro tempo, foi mais criativo e levou bem mais perigo. A pontaria, aspecto mais falho em toda a temporada, novamente não se fez presente.

Acuado, o Náutico – que perdeu Tiago Real, lesionado, logo aos quatro minutos – parecia jogar por uma bola. Com espaço para criar, o Corinthians apostava na velocidade de Rodriguinho e Romarinho, abertos pelas pontas, para tentar abrir o placar. Único mais avançado no setor ofensivo, Alexandre Pato sofria para se desvencilhar da marcação. Escapou apenas uma vez, em cabeçada que mandou à esquerda do gol.
O goleiro Danilo Fernandes era um espectador de luxo. Assistia a Maikon Leite correr de um lado para o outro, e vez ou outra arriscar de longe. O único susto, já a poucos minutos do fim, foi em falha do zagueiro Felipe: o atacante do Timbu roubou a bola e deixou para Derley chutar à direita do gol corintiano. Mesmo com ritmos diferentes, os piores ataques do Brasileirão seguiam a lógica: placar zerado.
 
Timbu estraga festa de despedida

Um vacilo da zaga do Corinthians. Era isso que o Náutico precisava para dar uma alegria aos seus torcedores na despedida da Série A. E ele surgiu aos sete minutos da etapa complementar. Em cruzamento de Morales pela direita, Derley apareceu para empurrar para a rede. O pior ataque da competição vazou a melhor defesa.
A ansiedade do técnico Tite parecia aumentar a cada segundo. Inquieto, o comandante alvinegro se alternava entre momentos no banco de reservas e à beira do campo, aos gritos. Dentro das quatro linhas, o Timão sentiu a desvantagem. Ibson entrou no lugar de Ralf para tornar a equipe mais ofensiva, mas os erros de passe e nas finalizações persistiam.
A expulsão do goleiro Ricardo Berna aos 25 minutos do segundo tempo animou a torcida do Corinthians. Após demorar para bater um tiro de meta, o jogador do Náutico recebeu cartão amarelo, bateu palmas para o árbitro e acabou recebendo o vermelho.
Enquanto Dadá entrou para segurar o placar para o Timbu, Diego Macedo foi a tentativa do Timão para ganhar mais velocidade. Até o chinês Zizao ganhou uma chance, no lugar de Edenílson. Nada adiantou. A freguesia do Corinthians para o Náutico se mantém: nos últimos dez jogos, seis vitórias dos pernambucanos, três empates e apenas um triunfo alvinegro.

por Rodrigo Faber


Em noite de festa de campeões, Fla e Cruzeiro empatam por 1 a 1 no Rio.

De um lado, o campeão da Copa do Brasil, que voltava a jogar diante de sua torcida após o título. Do outro, o campeão brasileiro com quatro rodadas de antecipação. No meio, a taça das duas competições e a celebração das equipes. No fim, o empate por 1 a 1 entre os tricampeões Flamengo e Cruzeiro, na noite deste sábado, no Maracanã, fechou a temporada com sensação de dever cumprido de ambos os lados e a expectativa pela disputa a Taça Libertadores em 2014. Hernane abriu o placar, e Souza igualou para os mineiros.

O Flamengo começou melhor, mas perdeu Paulinho, Amaral e Samir por lesão (Bruninho não saiu mas jogou parte do segundo tempo sem condições) e teve muitas dificuldades de segurar o ímpeto do Cruzeiro, que empatou na etapa final e poderia ter virado. Só não conseguiu porque brilhou a estrela do jovem goleiro César, que aos 21 anos fez sua estreia como profissional, deixou o campo com cinco defesas difíceis e teve o nome gritado pela torcida.
- Antes do jogo, estava com essa ansiedade, desde ontem (sexta-feira). Eu e minha esposa ficamos falando sobre isso, oramos juntos. Só tenho que agradecer ao pessoal da comissão técnica, ao Jayme (de Almeida), ao pessoal da fisioterapia. Passei por uma cirurgia no fim de 2012, fiquei seis meses parado, só consegui voltar a treinar no meio deste ano. Estava há um ano e meio sem jogar - afirmou César.
Se o Cruzeiro tivesse conseguido, teria superado o recorde do São Paulo, que em 2006 foi campeão com 78 pontos e 22 vitórias. A Raposa, que depois do título teve duas derrotas e dois empates em quatro rodadas, parou em 76 pontos e 23 vitórias.
- O gol foi importante. Ainda mais para quem não vem jogando. Empatar com o Flamengo no Maracanã sempre tem gosto de vitória. Temos que manter esse ritmo forte no ano que vem para conseguir outro campeonato - avaliou o volante Souza.
Antes da partida, o clima era de festa no gramado. Os jogadores do Flamengo posaram para a foto comemorativa do título da Copa do Brasil com a torcida ao fundo. Com as taças da Copa do Brasil e do Brasileiro lado a lado na beira do campo, rubro-negros e cruzeirenses trocaram faixas de campeão e tiraram fotos juntos. A torcida, que compareceu em bom número (32.624 pagantes, com renda de R$ 1.304.305), celebrou na arquibancada e aproveitou para provocar os rivais Fluminense e Vasco, que neste domingo lutam para escapar do rebaixamento.
No telão do Maracanã foi feita uma homenagem a Nelson Mandela, que morreu na quinta-feira, além de ter sido respeitado um minuto de silêncio pelo ex-presidente da África do Sul. Mesmo com o clima ameno, houve espaço para mais um protesto do Bom Senso FC, com os jogadores trocando passes sem tentar as jogadas por alguns segundos logo após o apito inicial.
 
Hernane abre o placar, e César se destaca

O ambiente era de comemoração, o que poderia significar um jogo morno, sem interesse para os jogadores. No entanto, o primeiro tempo foi muito movimentado. O Flamengo, com três atacantes, abriu Nixon e Paulinho nas pontas, com Hernane centralizado, e se aproveitou dos espaços. Pela esquerda, Paulinho criou duas boas chances e por pouco não abriu o placar. Se os dois times não tinham aspirações no jogo, a Hernane restava uma missão antes das férias: marcar três gols para se igualar a Ederson na artilharia do Brasileiro, com 18.  Aos 13, o Brocador aproveitou cruzamento de Nixon e marcou de cabeça, mostrando reflexo.
Paulinho sentiu um problema na perna direita, precisou ser substituído (por Bruninho), e a mexida desarticulou o setor ofensivo rubro-negro. O Cruzeiro, que já tinha melhorado no jogo, passou a ser ainda mais incisivo. Aí começou a brilhar a estrela de César, que fez duas defesas salvadoras - uma em chute de Luan à queima-roupa, e outra em finalização de Léo, também de perto. Ouviu aplausos e seu nome gritado na arquibancada. Pouco depois, Mayke acertou o travessão. Como ponto negativo em um jogo com clima de festa, as expulsões de Carlos Eduardo e Everton, que se desentenderam numa disputa com a bola parada.
 
Cruzeiro aumenta pressão e empata

O Flamengo voltou para o segundo tempo com seu terceiro uniforme, preto com detalhes em vermelho, lançado no segundo semestre deste ano. O Cruzeiro voltou igual e ainda superior ao rival na partida. Seguiu com mais posse de bola e controlando as ações. Jayme de Almeida, que já havia feito duas substituições no primeiro tempo por lesão (além de Paulinho, Amaral sentiu um problema no pé direito), precisou mexer novamente logo nos primeiros minutos da etapa final quando Samir pediu para sair. O técnico, então, ficou sem opções para mudar a cara do time e tentar recuperar o comando da partida.
A Raposa cercava a área, e Julio Baptista e Vinícius Araújo finalizaram com perigo, mas para fora. Pouco depois, no entanto, Souza acertou - e acertou em cheio. Uma bomba, no ângulo, para empatar a partida. A torcida do Flamengo silenciou, e os mineiros passaram a cantar mais alto. Animado, o time aumentou a pressão. Luan acertou a trave direita de César, que em seguida salvou um chute de Júlio Baptista. O goleiro voltou a ter o nome gritado ao espalmar falta de Júlio Baptista. O Cruzeiro forçou em busca da virada, mas não conseguiu chegar ao segundo gol.

por GLOBOESPORTE.COM