BLOG DO BETO

O MUNDO RESPIRA ESPORTE.

Seja um leitor do nosso blog.

AQUI O FUTEBOL É DIFERENCIADO.

Seja ele mundial, nacional ou local.

LUGARES INCRÍVEIS

O mundo é incrível.

LUGARES FICTICÍOS NO MUNDO

Uma tela de uma bela arte.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

De olho no Brasileirão, Jorginho vai poupar jogadores contra o São Paulo

Parte do mistério está desfeito. Depois de comandar um treino fechado na tarde desta terça-feira em São Januário, Jorginho revelou que irá enfrentar o São Paulo com um time misto nesta quarta, às 22h (de Brasília) no Maracanã, pelas quartas de final da Copa do Brasil. O técnico do Vasco admitiu que irá poupar alguns jogadores por conta do desgaste da maratona de jogos, mas não citou nomes.
- Como falei até mesmo domingo, depois do jogo, que estaria esperando 48 horas para conversar com os jogadores. E a gente tomou a decisão de poupar alguns, só vamos ver quantos serão poupados pela questão do desgaste. Estou há aproximadamente 45 dias aqui, nesse tempo jogamos quarta e sábado ou quarta e domingo sem parar. Chega um momento em que um jogador ou outro vai sentir um desgaste grande. E precisamos ter cuidado para não perder jogador numa partida importante - frisou o treinador.
Martín Silva, que não vem cobrando tiros de metas nas últimas partidas após a lesão muscular na coxa direita, deve ser um dos poupados. Nenê e Andrezinho são outros nomes que provavelmente ficarão fora da lista dos relacionados. Sem contar Leandrão, que não está inscrito na competição. Por outro lado, Luan, suspenso do próximo jogo do Brasileiro, e Serginho, que não enfrentou o Flamengo, podem ser escalados contra o São Paulo. A missão em campo não será fácil depois de ter sido derrotado na ida por 3 a 0 no Morumbi. Apesar do time misto, Jorginho garantiu que vai em busca da vaga na semifinal do torneio mata-mata.
- A gente está definindo quantos vamos poupar, mas continua sendo uma competição importante. É uma partida diferente, jogando em casa, vamos ter jogadores mais descansados. Com certeza podemos surpreendê-los. Não adianta eles acharem que vai ser fácil, porque não vai ser.
O Vasco decide sua vida na Copa do Brasil contra o São Paulo, no Maracanã. O Cruz-Maltino precisa vencer por quatro ou mais gols de diferença para chegar à semifinal. Se devolver o placar de 3 a 0, leva a decisão para os pênaltis.

Por Thiago Lima
Rio de Janeiro

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Emocionado, Renato Augusto celebra Seleção: “Abri mão de muita coisa”

Premiado com a convocação para a seleção brasileira depois de três anos no Corinthians,  Renato Augusto não conteve a emoção ao falar do chamado do técnico Dunga, realizado nesta quinta-feira. O meia, ao lado do volante Elias e do zagueiro Gil, são os representantes alvinegros nos jogos contra Chile e Venezuela, válidos pelas Eliminatórias para a Copa de 2018.
O meia sequer assistiu à convocação de Dunga, ainda que tivesse esperanças de ser chamado. Muito cansado depois da derrota por 2 a 1 para o Internacional, na última quarta-feira, em Porto Alegre, ele só acordou com o telefone que não parava de tocar.
– Eu estava dormindo, meu telefone começou a tocar bastante, aí vi que tinha sido convocado. Minha mãe ligou chorando, outros ligaram chorando. Quem vive meu dia a dia sabe o quanto sofri para estar aqui hoje. Abri mão de muita coisa, faço um trabalho especial, um pouco a mais do que todo mundo. Vejo que estou indo pelo caminho certo. Isso mostra que minha força de vontade deu frutos – afirma Renato, que faz um trabalho especial desde que chegou ao Corinthians, devido ao excesso de lesões que sofreu ao longo da carreira. 

As partidas diante de Chile e Venezuela são no próximo dia 8, em Santiago, e no dia 13, no Ceará, respectivamente.

O meia havia sido lembrado na seleção principal apenas em 2011, com o técnico Mano Menezes, quando ainda jogava pelo Bayer Leverkusen. Na ocasião, entrou em campo durante três amistosos: contra França, Escócia e Alemanha. Agora, ele se diz mais preparado para brilhar. 
– Desta vez eu venho em um momento ainda mais especial. Na outra vez eu tinha feito boa temporada na Alemanha, mas agora alcancei meu auge técnico e físico. Acho que estou mais preparado. 
Apesar da emoção, o jogador prefere focar no Campeonato Brasileiro. Mesmo depois da derrota para o Inter, o líder Corinthians manteve a vantagem de cinco pontos sobre o Atlético-MG. O próximo jogo é neste domingo, às 11h (horário de Brasília) contra o Santos, na arena. 
– É a coroação de um trabalho, mas não quero pensar muito nisso agora. Temos um jogo difícil no domingo, e minha cabeça continua no Corinthians.
Renato, Gil e Elias devem se apresentar à seleção brasileira no dia 5 de outubro, um dia depois do jogo contra a Ponte Preta, em Campinas, pela 29ª rodada do Brasileirão.

Por Diego Ribeiro
São Paulo

Fluminense fecha com Eduardo Baptista para comandar o time

Eduardo Baptista é o nome do novo treinador do Fluminense. A diretoria carioca fechou com o técnico do Sport um dia depois de demitir Enderson Moreira. O técnico, de 45 anos, assinou com o Tricolor das Laranjeiras até o fim de 2016. Ele chegará junto com o auxiliar Pedro Gama e será apresentado após o treinamento desta sexta-feira, na Urca.

- Estou saindo de uma grande equipe onde tenho uma história e sou muito grato. O que me seduziu foi o projeto apresentado pelo presidente Peter Siemsen que tem uma leitura sobre futebol muito parecida com a minha. Acredita na importância dos jogadores experientes e acredita nas divisões de base. Chego ao Fluminense muito animado. É um clube que me identifico e o torcedor pode esperar uma dedicação total, de 24 horas, pelo melhor para o clube. Minha família ficou em Recife e estarei completamente focado neste novo desafio – disse o novo treinador.
Após o treinamento de sexta, Eduardo Baptista viaja com a delegação para Campinas. No sábado, estreia no comando da equipe diante da Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, às 21h.
Vai encontrar um grupo bastante pressionado pelos recentes maus resultados. Há sete jogos o Fluminense não vence. Foram seis derrotas e um empate no returno. Na quarta o time foi goleado por 4 a 1 pelo Palmeiras, no Maracanã, em revés que custou o cargo de Enderson Moreira. O último triunfo ocorreu na última rodada do primeiro turno, quando venceu o Figueirense por 2 a 1, no Maracanã.
Eduardo estava desde fevereiro de 2014 na equipe rubro-negra. No último domingo, comandou o Sport na vitória por 1 a 0 diante do próprio Fluminense, na Arena Pernambuco. Na quarta, empatou por 1 a 1 com o Joinville, em Santa Catarina, em seu último jogo sob o comando do Leão. Venceu o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste de 2014 pelo time rubro-negro.

Por Raphael Zarko
Rio de Janeiro

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Filipinho vira a 30s do fim com onda salvadora; Medina dá show nos EUA

Um dos principais favoritos ao título da etapa de Trestles (EUA) do Circuito Mundial, a oitava de 11 paradas do Tour, Filipe Toledo nunca esteve tão perto de retomar a liderança do ranking mundial, nas mãos de Adriano de Souza. Com uma onda salvadora no fim, o quarto colocado da tabela eliminou na segunda fase (repescagem) o local Ian Crane em uma bateria emocionante. Os dois surfistas da nova geração deram um show nas manobráveis ondas pequenas e médias do pico na Califórnia e brigaram até os últimos segundos da disputa. Morando em San Clemente, na Califórnia, desde o ano passado, Filipinho tem o pico de Trestles como o seu quintal. O paulista de Ubatuba sofreu duas quedas no início, porém, se recuperou a tempo com um belo aéreo 360º, sua especialidade, transformando a parede da onda em uma rampa de decolagem. 
- Eu estava nervoso no início da bateria, caí em duas ondas e cometi alguns erros. A minha maior onda eu tive um 8, consegui boas manobras, mas, esse é o estilo brasileiro de vencer, na última onda, e eu gosto disso - disse Filipe Toledo em uma entrevista à WSL. 
O paulista é considerado um dos melhores da atualidade quando o mar não está grande e pesado. Foi assim que ele brilhou ao conquistar nesta temporada os títulos nas etapas de Gold Coast, na Austrália, e no Rio de Janeiro, sendo o único com duas vitórias na coleção em 2015. E, na própria Trestles, Toledo ganhou pela segunda vez o US Open, etapa 10.000 do QS (divisão de acesso), em maio. Caçula da elite do surfe mundial, o jovem de 20 anos soma 33.200 pontos, 1.750 a menos que Mineirinho. O Brazilian Storm tem oito representantes na Califórnia.

Atual campeão mundial, Gabriel Medina (10º) reinou nas ondas de Trestles. Com um leque de manobras de altíssimo nível, ele derrotou o catarinense Tomas Hermes na repescagem e avançou para a terceira fase, ao lado de Toledo, Wiggolly Dantas, Mineirinho e Italo Ferreira. 
- Muita diversão aqui, me senti bem na prancha, foi uma boa bateria. Espero que consiga ondas ainda melhores. Há alguns brasileiros aqui e é muito bom receber esse apoio. Minha família também está aqui, então só quero fazer meu melhor. Espero que as ondas continuem desse tamanho e eu consiga dar um grande show - contou Medina à WSL, após a vitória. 

Medina domina Tomas Hermes

Após recuperar o bom surfe que o fez escrever o seu nome na história como o primeiro brasileiro campeão mundial, Medina mostrou estar em sua melhor forma física em Trestles. Treinando há semanas no pico, o paulista de São Sebastião mostrou comprometimento em sua primeira onda.  Explorando toda a parede, até a crista, com diversas manobras, abrindo a disputa com um 7.00. Tomas Hermes errou na escolha de suas ondas no início da bateria e viu o rival deslanchar. O atual campeão mundial encontrou outra e acertou na seleção de variadas manobras com muito estilo. Ao receber um 8.50, o local de Maresias ampliou a vantagem para 15.50 e deixou o compatriota precisando de uma combinação de resultados para lhe superar. 

Substituto do australiano Matt Banting, 29º do ranking, Hermes acabou caindo ao tentar desenhar um arco, mas ainda tinha 20 minutos para melhorar os seus 3.94 pontos. Enquanto isso, Medina apostou no power surf, seguindo a linha de surfistas como Mick Fanning, mostrando tudo o que é capaz de fazer nestas condições. Parecia até que precisava se salvar com uma nota alta, porém, era Tomas que estava em combinação. Agressivo, Medina atacava as ondas com manobras fortes e, aos poucos, se isolava ainda mais na liderança. O melhor surfista da última temporada deu um baile e ainda aumentou o somatório com um 9.00, chegando a 17.50. Hermes bem que tentou, mas o melhor que conseguiu foi um 6.00, ampliando para 9.17. Nos últimos segundos, ele arriscou um aéreo, mas caiu e não ameaçou o campeão mundial, ovacionado pelo público. 

Filipe Toledo vira a 30 segundos do fim

Filipinho entrou na disputa como favorito, mesmo tendo como rival Ian Crane, local do pico e grande amigo de atletas como Kolohe Andino, uma das maiores revelações dos Estados Unidos. O americano, que vive em uma praia bem perto dali, mostrou que conhece como poucos o caminho das pedras em Trestles logo em sua primeira onda. Com um leque de manobras, Crane ganhou um 7.33 e abriu a disputa na liderança. O paulista de Ubatuba caiu na primeira onda (3.50), porém, esperou até vir a onda que queria. Em busca de 3.84 para virar o placar, ele deu um aperitivo de sua radicalidade. Encaixou manobras ousadas e de alto nível, mas acabou caindo em um aéreo 360º. Era o que o surfista precisava para melhorar a confiança e afastar a pressão. Na sequência, Filipinho mesclou aéreos com um power surf, explorando muto bem a parede da onda com velocidade e manobras de força. Com um 8.00, o filho do bicampeão brasileiro Ricardo Toledo passou à frente do placar: 15.67 a 7.33.
Mas um local nunca pode ser subestimado. Inteligente, Crane viu uma bomba no horizonte e mostrou uma rica variedade de movimentos e curvas para ganhar 9.10 e recuperar a ponta, com 16.43. Filipinho tentou responder à altura e levantou voo em um aéreo, mas falhou na aterrissagem e teve a nota prejudicada: 2.23. A cinco minutos do fim, o paulista precisava de um 8.44. Entrou em uma onda, mas, quando viu que não teria potencial, desistiu e esperou por melhores no line-up. A missão era difícil, mas não impossível para um jovem com o seu talento. Bastava acertar um aéreo matador, sua especialidade, mas a natureza não cooperava e a luta passou a ser contra o tempo. Faltava apenas dois minutos, e as ondas não eram animadoras. Na última chance, aplicou boas rasgadas e batidas, fechando com um aéreo 360º. A 30s do fim, ganhou dos juízes um 8.50 e respirou aliviado com a onda salvadora: 16.50 a 16.43. Ele estava na areia quando recebeu a nota. Beijou a prancha e olhou para o céu para festejar a vitória. 
Membro do top 5 do ranking da Liga Mundial de Surfe (WSL) desde a primeira das sete etapas disputadas até aqui nesta temporada do Circuito Mundial, o número quatro do mundo espera deixar Trestles mais vivo do que nunca luta pelo título mundial. Depois da disputa na Califórnia, vão faltar apenas três torneios: Landes, na França, entre 6 e 17 de outubro, Peniche, em Portugal, entre 20 e 31 de outubro, e Pipeline, no Havaí, de 8 a 20 de dezembro.

CONFIRA AS BATERIAS DA 2ª FASE (REPESCAGEM)

1: Filipe Toledo (BRA) 16.50 x Ian Crane (EUA) 16.43
2: Josh Kerr (AUS) 13.50 x Hiroto Ohhara (JPN) 12.77
3: Gabriel Medina (BRA) 17.50 x Tomas Hermes (BRA) 9.60
4: Nat Young (EUA) 16.60 x Aritz Aranburu (ESP) 13.66
5: Wiggolly Dantas (BRA) 16.73 x Brett Simpson (EUA) 12.60
6: Bede Durbidge (AUS) x Dusty Payne (HAV)
7: John John Florence (HAV) x Glenn Hall (IRL)
8: Matt Wilkinson (AUS) x Ricardo Christie (NZL)
9: Joel Parkinson (AUS) x C. J. Hobgood (EUA)
10: Jadson André (BRA) x Miguel Pupo (BRA)
11: Sebastian Zietz (HAV) x Michel Bourez (TAH)
12: Keanu Asing (HAV) x Adam Melling (AUS)

Por GloboEsporte.com
Trestles, EUA


domingo, 6 de setembro de 2015

Grêmio teme árbitro de jogo contra o líder Corinthians: "Pode comprometer"


A bola sequer rolou, e a escolha de André Luiz de Freitas Castro para apitar o embate entre Corinthians e Grêmio, na próxima quarta-feira, às 22h, na Arena Corinthians, já gera reclamações dos gremistas. Após a vitória por 2 a 1 sobre o Goiás, neste sábado, na Arena, os dirigentes do Tricolor admitiram a preocupação com a escala da arbitragem para o confronto e chegaram a afirmar que o goiano pode "comprometer o espetáculo" contra o Timão.
A crítica do presidente Romildo Bolzan tem a ver com o estilo autoritário do árbitro. De acordo com o mandatário, André Luiz de Freitas Castro costuma intimidar os jogadores com cartões amarelos e, assim, atrapalha o andamento das partidas.
- Não gosto do perfil arrogante, autoritário, capaz de intimidar os jogadores, não gosto de arbitragem com esse tipo de comportamento, porque isso atrapalha o jogo. Árbitro que apita com correção gera respeito. Árbitro que vai com autoridade para se impor, não. Árbitro é juiz. Não é parte do processo. Se o perfil é esse e é, estamos preocupados. Ele pode comprometer o espetáculo - afirmou o presidente à Rádio Gaúcha.

Outro alvo de reclamação dos gremistas com relação à arbitragem para o jogo contra o Timão é a ausência de um árbitro com o escudo da Fifa para comandar o duelo. Nesta quarta-feira, apenas os auxiliares Kleber Lucio Gil e Alessandro Rocha de Matos têm o selo Fifa. André Luiz de Freitas Castro sequer é aspirante ao quadro internacional.
- Preocupação com extracampo temos sempre. Somos obrigados a pensar nisso sempre, como dirigentes. Poderiam ter colocado um árbitro da Fifa, mas colocaram auxiliares da Fifa e um árbitro desconhecido. Mas não podemos reclamar antes. Eu queria que fosse um juiz da Fifa, para que a gente ficasse tranquilo. Mas ainda não posso reclamar, os sorteios são lícitos, bem feitos - afirmou o vice de futebol César Pacheco na entrevista coletiva após a partida.
Preocupações com a arbitragem à parte, o Tricolor busca reduzir a distância para o líder no confronto direto desta quarta-feira, às 22h, na Arena Corinthians. O Grêmio é terceiro colocado, com 44 pontos - a seis do Timão.

Por GloboEsporte.com
Porto Alegre

Wallace vê Fla consistente e lamenta erro da arbitragem no toque de mão

O zagueiro Wallace foi protagonista no primeiro gol do Flamengo na vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense neste domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Em cobrança de escanteio, o capitão subiu para dividir com Henrique e tocou com o braço na bola, que ficou na medida para Emerson Sheik chutar e mandar para o fundo da rede.

Na saída para o intervalo, Wallace disse que não lembrava de a bola ter tocado no seu braço e que, se aconteceu, foi "quase imperceptível". Ao fim da partida, com sangue frio após o triunfo, ele reafirmou que não sentiu o toque e admitiu que assistiu ao lance posteriormente. A conclusão a que chegou foi que houve erro da arbitragem. Com humildade, o zagueiro lamentou o ocorrido.
- Então, vou ser sincero, não senti a bola tocar na minha mão. Agora eu vi no vídeo que realmente pegou. Mas foi quase que de forma imperceptível. Estava ali no calor, fiz um gesto para tentar cabecear a bola, acabou tocando, mas acontece. Infelizmente a gente lamenta o erro da arbitragem, mas acontece - declarou.

Wallace foi substituído por César Martins no fim do segundo tempo. Ele disse que vem sentindo um desconforto no músculo posterior da coxa direita há algum tempo, mas que não é nada grave e que não será problema para o próximo jogo, contra o Cruzeiro, na quinta-feira. Como o duelo contra o Fluminense estava praticamente liquidado, ele e Oswaldo de Oliveira optaram por preservá-lo.
Com a vitória, o Flamengo manteve os 100% de aproveitamento no returno do Brasileirão. Wallace definiu o momento da equipe e analisou os 3 a 1 sobre o Tricolor.
- A confiança está lá em cima, a equipe está consistente. Hoje contra o Fluminense a gente fez um jogo muito maduro e controlou boa parte das ações. Só num momento do segundo tempo que tomamos certo sufoco, até os 25 minutos, mas sem nenhuma situação clara de perigo do Fluminense. Quando botaram o Marcos Júnior, ficaram com um homem a mais no meio-campo, e não estávamos conseguindo encaixar a marcação. Mas acho que a equipe está numa crescente. Essa guinada de confiança faz a equipe crescer. Vencer é mais importante do que jogar bem no futebol - finalizou.

Por Felippe Costa e Ivan Raupp
Rio de Janeiro

Marcelo Oliveira critica desatenção do Palmeiras e autoritarismo de árbitros

O técnico Marcelo Oliveira não gostou de ver o Palmeiras empatar com o Corinthians, por 3 a 3, neste domingo, pela 23ª rodada do Brasileirão, após ter a vantagem no placar por três vezes, e ainda ter perdido quatro titulares suspensos para o próximo jogo. O treinador lamentou as falhas que provocaram os gols do adversário, principalmente quando a partida estava 3 a 2 para o Verdão. Para o comandante, faltou administrar melhor a vantagem, além de acertar a marcação nos cruzamentos.

VEJA A CLASSIFICAÇÃO DO BRASILEIRO

– Treinamos muito as bolas paradas na defesa, mas pecamos. Também tivemos oportunidades quando o jogo estava 3 a 2, uma clara com o Zé Roberto, mas não fizemos. O Corinthians teve seus méritos e aproveitou a chance.

Além dos dois pontos perdidos que deixaram a equipe na sétima posição, mais distante do G-4, o técnico terá pelo menos quatro importantes desfalques na partida contra o Internacional, quarta-feira. Lucas, Dudu, Robinho e Gabriel Jesus levaram o terceiro amarelo e não jogam.
– Algumas faltas que são marcadas aqui, na Europa não existem, são encontros normais de jogo. Distribuíram seis cartões para o Palmeiras, que não fez um jogo violento. O cartão do Dudu foi absurdo. Ele escorregou e caiu no jogador. E o cartão tirou o Dudu, que é um jogador importante, do próximo jogo. A cada jogo saem quatro ou cinco jogadores porque existe um certo autoritarismo e arrogância da arbitragem, além de erros grotescos, que hoje não teve, mas algumas vezes acontece – desabafou. 
Se não vai poder contar com quatro titulares, Marcelo Oliveira confia na recuperação do atacante Lucas Barrios. Ele não entrou em campo contra o Corinthians por ter sentido uma dor no músculo adutor, mas deve se recuperar até a partida contra o Inter, na quarta-feira, às 19h30, no Beira-Rio.
Confira outros assuntos debatidos na entrevista coletiva de Marcelo Oliveira

Avaliação sobre um jogo com tantos gols

– O Palmeiras tinha de fazer os gols e não levar, mas em uma visão geral do futebol, quando saem muitos gols, agrada mais. O Corinthians tem muitos méritos. É eficiente, tem boa posse de bola, jogadores que decidem o jogo. Lamentável que não levamos tantos gols por mérito do adversário, mas por erros nossos. 

Falhas

– A bola parada faz parte do jogo. Precisamos estar mais atentos. Tivemos boa oportunidade com o João Paulo, que o Zé pegou mal na bola. Não podemos nos dar ao luxo de jogar bem, estar na frente três vezes e doar gol, porque ninguém doa gol para nós.
Sobre os gols sofridos 
– Não existe gol bobo, existe desatenção. No primeiro gol, o rebote precisava ser marcado. No final do jogo, achei que não foi falta (no terceiro gol do rival). O Corinthians estava mais alto naquele momento, mas nós levamos gols de jogadores baixos. Os dois estavam desmarcados. Foram falhas nossas.

Maturidade da equipe

– Precisa da maturidade para prender a bola, saber segurar na hora certa. Nosso time é muito intenso, mesmo com vantagem no placar continuamos buscando o gol. Às vezes, é preciso saber a hora de segurar.

A estrutura da equipe

– Temos jogadores que chegaram não há muito tempo. Outros foram contratados neste ano. Basta ver que Atlético-MG e Corinthians, que tem base de um ou dois anos, têm uma estrutura e maturidade maior.

Por GloboEsporte.com
São Paulo

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Florentino ainda espera por De Gea e avisa: "Não podíamos abandoná-lo"

 Florentino Pérez falou. Depois de ser alvo de críticas e gozações durante toda semana por conta da frustrada negociação para tirar David De Gea do Manchester United, o presidente do Real Madrid participou do programa "El Larguero" da rede de rádios "SER" para dar sua versão sobre a negociação. Sem querer culpar os Red Devils pelo falha na transação, o dirigente tratou como "estranho" o início das conversas somente no último dia da janela e admitiu que a documentação foi enviada com atraso.   
De acordo com Florentino, o United enviou os papéis às 00h (horário espanhol) e o Real Madrid repassou para federação às 00h02. O presidente merengue lembrou ainda que durante toda janela os ingleses trataram De Gea como inegociável.   
- No último dia, 12 horas antes (do fechamento), o United disse, através do Jorge Mendes, que estava abertos a negociações. Antes, sempre diziam que não estava à venda. Na segunda, fizemos todo esforço porque não podíamos deixar o jogador abandonado. Mais tarde, já intuí que não ia chegar a tempo. Conheço a falta de experiência do United porque já aconteceu com Coentrão.   

Florentino Pérez, por sua vez, disse que, mesmo com pouco tempo para agir, aceitou conversar com o United por conta da vontade do goleiro, que a todo instante se mostrou favorável a ida para Madrid. O merengue lembrou ainda que espera De Gea daqui a um ano, quando encerra seu vínculo com os Red Devils.   

- Me disseram que ele está muito afetado, porque tinha muita vontade de vir para o Real Madrid (...) Temos um compromisso de que quando terminar (o contrato) pode vir para o Madrid.

Famoso por suas contratações de impacto, o presidente do Real falou ainda de outros nomes que tentou levar para Madrid e não conseguiu.   
- Quis trazer Patrick Vieira, Ribery... Nem sempre conseguimos o que queremos.   
Sem De Gea, Keylor Navas segue como dono da meta merengue. O costarriquenho iria para o Manchester United, caso a negociação fosse concluída em tempo.

Por GloboEsporte.com
Madrid, Espanha

40 dias de futebol: Gomes vê crise de identidade e pede o "fico" de craques

Foram praticamente quatro anos afastado do futebol, mas Ricardo Gomes decidiu voltar. Há exatos 40 dias no comando do Botafogo, o treinador já vive, novamente, intensamente o esporte. Nesse curto período, enfrentou duas sequências de resultados ruins, foi chamado de "burro" pela torcida na derrota contra o Paysandu e viu seu cargo ameaçado em manchetes de jornais.
Nada disso tirou o sorriso do rosto do treinador. Ricardo Gomes está feliz. Voltou a fazer o que mais gosta. Isso não significa, no entanto, que os problemas não existam. Pelo contrário. Eles estão no dia a dia e são muitos. Não somente no Botafogo, mas no futebol brasileiro. 
Ricardo acredita que o futebol pentacampeão perdeu sua identidade. É para se preocupar, mas não para se desesperar. Na opinião do treinador, a solução existe e está mais próxima do que imaginamos. Para ele, o Brasil precisa se informar com o europeu, mas nunca copiá-lo. O país tem profissionais e jogadores competentes para se reinventar. O ponto mais crucial, porém, diz respeito à saída precoce dos jovens talentos para o exterior.
- Todo esse processo de saída de jogadores é o que prejudica. E é isso que nós temos que frear. De que forma? Não sei. Mas temos de frear essa saída muito rápida de jogadores do Brasil. A quantidade de jogadores que não chegam ao profissional e vão se destacar na Europa não é pequena... Você perde identidade. Você vê as seleções de antes, todos os jogadores passaram uma parte da carreira no Brasil. Havia uma identidade com clubes, era o Raí, do São Paulo, o Romário, do Vasco, o Dunga, do Internacional... Hoje, os jogadores fazem 18 anos e saem do país. Aí são convocados para a Seleção e em dois dias o Dunga precisa fazer uma mágica para resolver a identidade do nosso futebol - avaliou.
Em quase uma hora de conversa com o GloboEsporte.com, Ricardo Gomes falou sobre evoluções táticas, endividamento dos clubes, pressão em cima de treinadores brasileiros e mais.

Confira a entrevista completa:

GloboEsporte.com - Durante esses quatro anos fora, você continuou estudando? O que estudou?

Ricardo Gomes - Estudando, não muito. Estudando mais a parte neural (risos). Vi muitos jogos. Por exemplo, em maio do ano passado assisti às finais da Liga dos Campeões e da Liga Europa. Achei que poderia voltar logo como treinador e conversei com algumas pessoas para ver o que tinha de novidade. Na minha cabeça, eu voltaria no segundo semestre de 2014, mas fiquei na dúvida por causa do joelho. Na televisão não vi tanto, porque acho mais importante ir ao estádio. Aqui no Brasil isso foi mais difícil, mas lá fora assisti a alguns jogos importantes e marcantes.
Pela televisão você raramente consegue fazer observações importantes, decisivas. Não acredito nisso, porque é outro jogo. A televisão mostra a bola, o lance, mas em volta disso existe um outro processo. Não estou condenando, cada um tem seus objetivos. Você só acha que analisa um jogo pela televisão. Assisto a todos os jogos pela TV, mas não só para o trabalho. É importante observar o adversário no estádio, e o DVD te dá elementos que ajudam.

Como é estudar um time sem ser para enfrentá-lo?

Fiquei fora do Brasil até 2009 e dá para ver que, mesmo no aquecimento, já é diferente. O que faz a diferença não são os treinadores, mas as pesquisas que chegam até eles. Aí não se trata só de futebol. Todos estudam muito para que se tenha uma decisão. Infelizmente, não temos isso no nosso futebol.

O que você viu de mudanças no futebol nesse período?

Houve duas evoluções táticas marcantes nas últimas décadas. No final dos anos 80, ficou muito claro começando lá fora e chegando ao Brasil um pouco mais tarde. Foi a forma de jogar do Milan de Gullit, Rijkaard e Van Basten. A partir desse time houve uma mudança importante na parte tática, com suas variantes. A outra foi o Barcelona do Guardiola. Esses dois exemplos tiveram influência mundial.
O Milan não tinha essa posse de bola como o Barcelona do Guardiola. Mas a revolução do Milan ajudou o Barcelona na sua compactação. Algo que o Barcelona do Cruyff, na década de 70, já fazia. Está vendo, existe todo um processo. Aqui, o Parreira já valorizava a posse de bola antes do Barcelona, mas com uma forma de jogar diferente. Não é algo simples. Essas foram as duas últimas, não quer dizer que foram as únicas. O Brasil de 70 é tudo o que estou falando aqui, pela qualidade dos jogadores. A Holanda de 74 foi maravilhosa, mas não conseguiu influenciar o mundo.

Quando é que, e se é que, o futebol brasileiro vai voltar a ser uma referência?

Estamos passando por um momento não tão bom, mas o futebol brasileiro ainda é referência. Tivemos aqui Zagallo, Parreira, Telê... Acham que o Telê nunca foi referência? O próprio Guardiola já falou da influência que teve do Brasil de 82. Ele pegou informações daquele time. Mas, claro, não pensem que ele não inventou nada. Familiares meus falavam que o toque de bola dos argentinos era melhor do que o dos brasileiros nos melhores anos. Mas, por outro lado, nós tínhamos mais o "um contra um", o drible. Isso é algo complexo. O próprio técnico da Holanda de 74 (Rinus Michels), que foi cobrado por uma continuidade daquele estilo de jogo, admitiu que ficou difícil dar sequência porque, naquele time, ele tinha 11 ou 12 jogadores muito inteligentes. Não é só questão de evolução tática, mas de armar o time de acordo com os jogadores que você tem. 

Vemos muitos jogadores que se dão muito bem lá fora, mas, quando vêm jogar na Seleção, não conseguem mostrar o mesmo futebol...

Vamos falar sobre esse time de 2014... Tinha jogadores excelentes, mas saíram muito cedo do Brasil. Isso faz perder "cancha", falta aquele fato de jogar no Maracanã ou no Mineirão. Quantos desses jogadores tiveram essa vivência? Isso com certeza vai acontecer na próxima (Copa) também, porque o jogador vai perdendo identidade. São destaques individuais, não na parte coletiva do futebol brasileiro. Se a gente só copiar, vai ficar atrás.

Quando vemos a seleção brasileira jogar, há um modo de jogar muito semelhante...

Essa é a discussão do futebol brasileiro. Vamos fazer o que eles (Europa) fazem? Acho que não devemos copiar, poderíamos fazer diferente. Minha opinião. É a ideia do treinador trabalhando com os jogadores que têm. Telê fez isso durante duas Copas. Será que falamos pouco do Telê? Falamos pouco. Na época dele não tinha internet e toda essa forma do mundo de hoje, de informação. 

Mas trabalhar assim nos clubes hoje em dia, com a troca de ideias e os jogadores disponíveis, é quase impossível.

É isso. Você matou a charada. Acabou a entrevista (risos).

Por que a qualidade técnica dos nossos campeonatos está caindo?

É bem simples. Os clubes não estão fortes. Os dirigentes são apaixonados, querem o melhor para o clube, mas eles chegam e encontram uma situação de quase R$ 1 bilhão de dívida. Como faz isso? Priorizar a formação, mas com obrigação do resultado no profissional? Onde gastar o pouco que tem? Acho que fragilidade dos clubes brasileiros causa isso. Melhor exemplo é o do Cruzeiro, um time que ganhou os dois últimos títulos nacionais. Isso acontece na Europa? Claro que não. O time que é bicampeão pode até não ganhar o terceiro título, mas vai brigar. Mas, aqui, o presidente teve que vender jogadores e antes disso precisou fazer concessões para montar aquele time. Consequentemente, teve que vender depois. Aí troca treinador e troca de novo. 

Isso não é um pouco do jogador também? O próprio jogador cobra, quer ir para fora do país...

Sim. Isso não é novo. Eu saí do Fluminense em 1988, e adorava o Fluminense. Mas a carreira é curta, você tem de otimizar a situação. A parte econômico-social acaba influenciando o futebol. A história do país melhorou um pouco nos últimos anos, início dos anos 2000. Essa situação do país fez com que os países melhorassem um pouco, mas voltando a recessão, com os times devendo, como faz? Então, para fazer uma análise do campeonato... Isso aqui não é matéria-prima como soja, arroz, feijão... São pessoas, seres humanos. Sem formação, como faz? Tem de formar um Gerson a cada ano? Vou falar uma coisa bem simples: está complicado. A situação do país não é de agora, teve um processo anterior, de crises econômicas, melhoramos um pouco na primeira década do século XXI, mas voltamos agora a viver os mesmos problemas anteriores. O futebol não é o problema. No nosso país, é mais solução do que problema. Temos de chamar um sociólogo para explicar toda essa situação... (risos) Vamos rodar, rodar e vamos chegar no mesmo ponto, que é a educação. E, aí, somos todos culpados.

Isso não é um pouco do jogador também? O próprio jogador cobra, quer ir para fora do país...

Sim. Isso não é novo. Eu saí do Fluminense em 1988, e adorava o Fluminense. Mas a carreira é curta, você tem de otimizar a situação. A parte econômico-social acaba influenciando o futebol. A história do país melhorou um pouco nos últimos anos, início dos anos 2000. Essa situação do país fez com que os países melhorassem um pouco, mas voltando a recessão, com os times devendo, como faz? Então, para fazer uma análise do campeonato... Isso aqui não é matéria-prima como soja, arroz, feijão... São pessoas, seres humanos. Sem formação, como faz? Tem de formar um Gerson a cada ano? Vou falar uma coisa bem simples: está complicado. A situação do país não é de agora, teve um processo anterior, de crises econômicas, melhoramos um pouco na primeira década do século XXI, mas voltamos agora a viver os mesmos problemas anteriores. O futebol não é o problema. No nosso país, é mais solução do que problema. Temos de chamar um sociólogo para explicar toda essa situação... (risos) Vamos rodar, rodar e vamos chegar no mesmo ponto, que é a educação. E, aí, somos todos culpados.

O jogador brasileiro que vai para a Europa se disciplina mais do que aqui?

Claro que se disciplina. Ele vai crescer, ou na dificuldade, ou na percepção.

Treinadores, normalmente quando estão sem clube, vão para a Europa, fazer uma "reciclagem". Você fez o movimento contrário, se formou como treinador na Europa e depois veio trabalhar no Brasil. Como isso moldou o seu trabalho?

Foi uma escolha familiar. Meus filhos adoravam lá. Minha filha chegou na França com 25 dias. Cresceu lá, e só vinha de férias para o Brasil. Minha formação fora, claro, me ajudou. Mas não pensa que as soluções europeias são benéficas para o Brasil. Trabalhei bastante com Parreira e Zagallo, conheci o Telê, trabalhei muito com Raí, com Leonardo, como atletas... São referências, e essas referências você precisa. Nós temos grandes profissionais no Brasil. O Felipão também, apesar da última Copa, fez grandes trabalhos no Brasil, com a Seleção em 2002. O Marcelo (Oliveira), o Levy (Culpi), o Tite... Aliás, que trabalho que o Tite vem fazendo no Corinthians, pelo segundo ano.

Lá fora, como falei, eles têm muita gente pesquisando e, consequentemente, vão ter as melhores ideias, pela pesquisa. Por isso os treinadores vão para a Europa para estudar. Se nós fizermos a mesma coisa no Brasil, as soluções não precisam passar por lá. Os treinadores que citei antes, o Sacchi e o Guardiola, e, depois, o Luis Henrique, as referências que eles têm de futebol é Argentina e Brasil...

O 7 a 1 da Copa não soou um alarme em você, como soou em todo mundo, de que uma catástrofe estava acontecendo?

Como torcedor brasileiro, sim. Mas teve um apagão nesse dia. Explico dessa forma: todo esse processo de saída de jogadores é o que prejudica. E isso que nós temos que frear. De que forma? Não sei. Mas temos de frear essa saída muito rápida de jogadores do Brasil. A quantidade de jogadores que não chegam ao profissional e vão se destacar na Europa não é pequena... Você perde identidade. Você vê as seleções de antes, todos os jogadores passaram uma parte da carreira no Brasil. Havia uma identidade com clubes, era o Raí, do São Paulo, o Romário, do Vasco, o Dunga, do Internacional... Hoje, os jogadores fazem 18 anos e saem do país. Aí são convocados para a Seleção e em dois dias o Dunga precisa fazer uma mágica para resolver a identidade do nosso futebol.

Como falei sobre as conversas que a CBF está propondo, com treinadores, espero que isso avance. Não participei, mas vi várias pessoas importantes participando e que vão fazer alguma coisa. Temos de refletir o momento. Pensar e não copiar. Isso falo pela minha experiência de 14 anos, como jogador e treinador, lá fora, não devemos copiar.

O quanto a sua experiência como jogador lhe auxilia no trabalho como técnico hoje?
Claro que auxilia, não tenha a menor dúvida. Mas digo que um cara bem formado, pode ser um bom treinador, não precisa ser ex-jogador. Mas o cara que estuda, vai atrás, ele alcança. Ele não vai começar como treinador. Vai iniciar como auxiliar, como preparador físico e vai subindo. Temos grandes profissionais. É o que eu disse, buscar o conhecimento é uma coisa, copiar é outra. Quem copia, vai estar sempre atrás, pois começou depois.

Esse um mês e meio de Botafogo até agora está sendo como você esperava, em termos de time e futebol?

Foi o que falei na última coletiva, é um mês apenas. Ainda estou conhecendo o time e os jogadores me conhecendo. Se eu for comentar com os meus amigos franceses que estou "perigando no cargo" com um mês de trabalho, eles vão rir da minha cara.

Mas a pressa nem sempre é da imprensa...

Sim, lógico. O dirigente é acuado porque a torcida pressiona. Aí voltamos para a questão da cultura, da educação. Isso não vai mudar. Só quando mudar o Brasil. Esse é um espelho da nossa sociedade. Isso é em qualquer profissão. Isso agora é com vocês. O país precisa dar uma sacudida. No meu tempo, o Brasil era o país do futuro. Acabou essa história. O futebol faz parte desse processo. 

O que te fez encarar esse desafio no Botafogo? No início do ano você teve proposta do Vitória. Por que agora? Por que o Botafogo?

É verdade. Quando o Anderson Barros (dirigente do Vitória) me procurou, eu tinha acabado de operar o joelho. A recuperação foi mais longa do que eu previa. O Vitória ainda esperou um pouco, mas não aconteceu. Voltei a fazer fisioterapia, musculação... Quando chegou o convite do Botafogo, pedi uma reunião com o presidente. O Botafogo sabia da minha história, mas não conhecia o dia a dia. Marcamos um encontro e expliquei minha situação. Ando mal, mas não tem nada a ver com o AVC. Ainda me perguntaram se minha cabeça estava boa e brinquei: "Parece que está" (risos).

Quando decidiu voltar a ser treinador?

Tive um AVC grave. No primeiro ano, não passava pela minha cabeça voltar. No segundo ano, eu falei "opa, tem chance". Isso foi em 2013, quando trabalhei no Vasco como dirigente. Mas como diretor, deixei de fazer 12 horas por dia de fisioterapia e piorei um pouco. Decidi me concentrar apenas na fisioterapia em 2014. Deu tudo certo. O problema foi o joelho. Foi assim. No primeiro ano eu só queria andar. Depois comecei a correr. Corri tanto que passei a ter que cuidar do joelho. Em janeiro de 2014, falei para o Rodrigo Caetano, na época no Vasco: "Rodrigo, estou saindo porque acho que consigo voltar a ser treinador". 

Nos momentos de maior tensão, quando os resultados não aparecem, sua família tem alguma resistência à sua volta ao futebol?

Não é a minha opinião ou a opinião da minha família. É a opinião dos médicos que me salvaram. Muito antes de assumir o Botafogo, no Vasco, em dezembro de 2012, eu já podia ser treinador. Eu já estava liberado. Mas, por conta do AVC, eu ainda tinha restrições físicas. Os médicos disseram que eu poderia voltar a trabalhar em qualquer profissão. Pressão tem de todo lado. Minha mãe está com 88 anos, acompanha os jogos e reclama: "Mexeu errado!" (risos). Isso é a nossa vida. Não existe nenhuma resistência. Sinceramente, não tem. 

Nesse pouco mais de um mês no Botafogo já deu para encontrar uma melhor formação ou forma de jogar?

Não. Estou encontrando, mas não é definitivo. Você precisa de três a quatro meses para conhecer os jogadores e os jogadores te conhecerem. Não estou falando nem de futebol. É necessário tempo para formar uma boa equipe. Isso não quer dizer que depois de quatro meses você não terá altos e baixos. Mas já tem um padrão. Ninguém padroniza uma equipe em um mês. Acho muito difícil. A não ser que seja o Rinus Michels (técnico da Holanda na Copa de 1974), que tinha grandes cabeças no time, gênios. 

Mas o que acontece que, geralmente, quando se troca treinador, o time ganha dois ou três jogos? É o chamado “fato novo”?

Sempre tem. É o fato novo. Em Portugal existe um termo: "Chicotada psicológica". Isso acontece. O chicote tem efeito na primeira vez, mas, na segunda, nem tanto. Aí vai do dirigente avaliar se (o fato novo) é importante ou não. No Brasil é difícil fazer diferente do que está proposto. Tem outros fatores. Quando muda um treinador, jogadores que não estavam encostados acham que vem vida nova, acabam crescendo e consequentemente o time. É claro que, por vezes, tem que trocar mesmo. Mas se troca demais no Brasil. Quantos treinadores foram demitidos no Campeonato Brasileiro? E quantos times melhoraram? 

Você falou que o futebol brasileiro tem que aprender com os pontos positivos, mas não copiar os europeus. Nesse cenário cabe técnico estrangeiro no Brasil?

Uma coisa é ter informação e outra é copiar. A partir dessas informações, já que eles pesquisam muito mais do que nós, decidir. O bom treinador independe da nacionalidade. O bom treinador vai ajudar. Isso não significa que todos os treinadores estrangeiros sejam bons e que todos os treinadores brasileiros são ruins. Nós temos aqui muito bons treinadores que podem contribuir muito com todas as informações europeias, mas sem cópias.  

Por Gustavo Rotstein, Jessica Mello e Marcelo Baltar
Rio de Janeiro


Elenco do Real Madrid vale quase R$ 3 bilhões e é o mais caro do mundo

Um levantamento feito pelo jornal “Marca”, com base nos números do site “Transfermarket”, colocou o elenco do Real Madrid como o mais valioso do mundo, superando Barcelona, Bayern de Munique e Chelsea. Segundo o diário, Cristiano Ronaldo, Bale, James Rodríguez e companhia valem juntos € 715,5 milhões (R$ 2,98 bilhões).
Houve uma valorização do elenco merengue da temporada passada para essa, de € 685,8 milhões (R$ 2,8 bilhões) em 2014/15 para € 715,5 milhões em 2015/16. Isso porque jogadores como Cristiano Ronaldo e James Rodríguez valorizaram, enquanto chegaram reforços caros como o lateral-direito brasileiro Danilo.
O segundo da lista é o Barcelona, avaliado em € 657 milhões (R$ 2,75 bilhões). Sem estrelas com o mesmo valor de mercado que nomes como Messi, Luis Suárez e Neymar, o Bayern vem em seguida– o elenco bávaro custa € 559 milhões (R$ R$ 2,35 bilhões). O quarto elenco mais caro do levantamento é o do Chelsea: € 531 milhões (R$ 2,2 bilhões). 
Manchester City, Paris Saint-Germain, Arsenal, Juventus, Manchester United e Atlético de Madrid completam, do mais caro para o mais barato, o top 10 de elencos mais caros do mundo, segundo o levantamento do jornal.

Por GloboEsporte.com
Madri

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Inscrições para 2ª turma do Curso de Formação de Árbitros estão abertas

Após o sucesso da primeira turma, diplomada em 29 de janeiro, a Federação Bahiana de Futebol (FBF), o Sindicato Baiano dos Árbitros de Futebol (Sinbaf) e a Fundação Bahiana de Engenharia tornaram pública a abertura das inscrições para a segunda turma do Curso de Formação e Aprimoramento de Árbitros de Futebol.

Pioneira em todo país, a Escola Baiana de Árbitros de Futebol formará novos profissionais e reciclará alguns já atuantes para suprir as demandas da arbitragem em todo Brasil. O projeto, realizado em parceria pelas três entidades, faz parte do compromisso assumido pelo presidente Ednaldo Rodrigues de buscar a qualificação da gestão e a profissionalização geral de todos os setores da cadeia produtiva do futebol até final do seu mandato.

Os interessados em se tornar profissionais de arbitragem devem correr para garantir um lugar no curso. As poucas vagas ficaram disponíveis apenas até o dia 11 de setembro. Qualquer profissional seja ele advogado, policial, professor entre outros poderá se candidatar a uma vaga do curso.

Todos os candidatos passarão por um processo seletivo e, se aprovados, serão chamados para efetuar a matrícula. O início das aulas está previsto ainda para o mês de setembro.

A partir daí, durante sete meses, os alunos do curso serão submetidos a intensas aulas teóricas e práticas até estarem capacitados a atuarem em uma partida ou competição oficial. Todo o curso terá uma carga horária de 310 horas e será reconhecido pelo Ministério da Educação.

Para se inscrever, os candidatos devem se dirigir até a Fundação Bahiana de Engenharia (FBE), localizada no bairro do Imbuí, em Salvador, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h. É necessário apresentar no local os documentos RG, CPF, comprovante de endereço e certificado de escolaridade, todos originais e cópias.

Para maiores informações, os interessados devem entrar em contato com a FBE, através do telefone (71) 3362-0866, ou do portal www.fbe-ba.com.br.


Fonte: Federação Bahiana de Futebol

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Palmeiras acerta renovação do zagueiro Vitor Hugo por cinco anos

O Palmeiras acertou, neste início de semana, sua primeira renovação pensando em 2016. Emprestado até dezembro, o zagueiro Vitor Hugo vai assinar um novo contrato com o Verdão, que será válido pelas próximas cinco temporadas.

Dirigentes do Palmeiras e o empresário do jogador, Lucas Lages, já vinham tratando do assunto nas últimas semanas. De acordo com o vínculo de empréstimo firmado em janeiro, os alviverdes tinham até o dia 31 de agosto para comprar 50% direitos do atleta que pertenciam ao Tombense, por US$ 1,5 milhão. Após esta data, a preferência continuaria com os alviverdes até dezembro, mas o valor seria reajustado.

Depois de se destacar pelo América-MG na Série B do ano passado, Vitor Hugo chegou ao Palmeiras desconhecido, mas precisou de pouco tempo para conquistar a confiança da comissão técnica. Tanto que começou como titular absoluto da zaga alviverde e só saiu do time por motivo de lesão ou suspensão.

Intocável com Oswaldo de Oliveira, no primeiro semestre, e agora, com Marcelo Oliveira, o zagueiro já fez 38 partidas com a camisa do Palmeiras e marcou cinco gols.

Vitor Hugo era um dos dez palmeirenses com contrato a vencer em dezembro. Fernando Prass, Aranha, João Paulo, Jackson, Victor Ramos, Andrei Girotto, Zé Roberto, Kelvin e Rafael Marques ainda têm situação indefinida. 

Por Felipe Zito
São Paulo

Da fama ao ostracismo: sem emprego, Flávio Caça-Rato tenta renascer

Na entrada da casa, um encarte ligando o nome a um show de brega é um dos poucos indícios dos tempos em que fazia mais de 50 mil pessoas gritarem seu nome. Na sala, que fica na comunidade de Chão de Estrelas, zona norte do Recife, uma pequena estante com quatro medalhas, enferrujadas. Lembranças dos tempos em que defendeu o Santa Cruz. Após quatro meses longe dos gramados, isso é o que restou do “fenômeno” Flávio Caça-Rato. Idolatrado pela torcida do Santa Cruz, a quem deu o título da Série C 2013, além dos Estaduais de 2012 e 2013, e fruto da decepção dos torcedores do Remo, por onde jogou sete jogos e marcou apenas um gol, o folclórico atacante vive dias de ostracismo.
Sem propostas oficiais e tentando manter-se na mídia, Caça-Rato mantém o discurso otimista e tenta, sem muito sucesso, não transparecer a angústia por ter interrompido, por falta de pagamento, o contrato com o Remo. Ao lado da esposa, Daiana dos Santos, e dos filhos, Flávio Augusto e Fabrício, ele garante não se arrepender de ter saído do Tricolor.
 - Não me arrependo de ter deixado o Santa Cruz. Fiz história lá, mas não quero ficar marcado como jogador de um único clube. Quero ser conhecido jogando em campeonatos Carioca, Paulista e em outros clubes. Tenho vontade para voltar ao Santa Cruz, mas para encerrar a carreira ou algo do tipo.

Há quatro meses longe dos gramados, Caça-Rato começa a sentir os efeitos do ostracismo. Longe dos holofotes e, principalmente, sem renda mensal, o atacante diz que a vontade de voltar a jogar começa a o incomodar.
- Sinto saudade de jogar. Queria fazer o que gosto, ver a torcida gritar o meu nome e, principalmente, poder ajudar a minha família. Tenho dois filhos e preciso cuidar deles. Não quero acertar com qualquer clube, minha ideia é ir para um time que possa me dar condições de cuidar da minha família.
O receio do jogador tem um motivo. Contratado como estrela pelo Remo, no início da temporada, Caça-Rato garante ter deixado o clube por motivos financeiros e disse ter sido despejado do hotel em Belém, por falta de pagamento.
- Me arrependo muito de ter ido para o Remo. Quando cheguei lá, o presidente do clube disse que o que ele esperava de mim era que eu fizesse um gol no Paysandu. Eu pensei: Só isso?. Como o presidente de um clube não pensa no time dele, que não disputa nenhuma divisão e fica querendo se preocupar com o Paysandu, que está com a vida feita? Vi que a mentalidade era pequena. Depois disso, eles não me pagaram o que me prometeram. Você prometer pagar R$ 50 mil quando não tem nem R$ 5 mil para pagar salário. Fiquei quatro meses sem receber e cheguei a ser despejado do hotel, porque o clube também não pagava. Como eu era amigo dos funcionários, eles me deixaram pegar minhas coisas. Mas isso foi definitivo para eu sair de lá.

Extrovertido, Caça-Rato soube tirar proveito do lado folclórico. Fez ensaio fotográfico, virou inspiração para música e chegou até mesmo a ser “ator” em clipe de bandas de brega, ritmo que embala a periferia recifense. O lado brincalhão, no entanto, começa a atrapalhar a vida esportiva do atacante. Mesmo treinando diariamente em uma academia próxima a casa onde reside, o jogador afirma que a proximidade com os músicos da periferia fez com que ele fosse taxado como “baladeiro”.
 - Às vezes, as pessoas me olham gravando clipe de brega ou indo aos shows e acham que sou problemático. Apareço em clipe de brega é para ajudar o pessoal. Essas bandas são bandas da comunidade e não posso virar as costas. Assim como Neymar grava pagode, no Rio. Sou um cara que gosta de ajudar e isso, às vezes, acaba me prejudicando. Pode ser ruim para minha imagem, mas nunca vou deixar de ser assim. Isso sou eu. Não adianta querer mudar agora. As pessoas falam que aqui (Chão de Estrelas) só tem traficante, mas não é verdade. Pode sair jogador, também. 
Tanto tempo de inatividade fez crescer no atleta o receio de não voltar a atuar em 2015. A apreensão, no entanto, não consegue afastar o otimismo do jogador, que garantiu ter propostas concretas para voltar aos gramados. 
- Não adianta se desesperar. Isso é uma fase ruim e não é o pior que já passei. Enfrentei coisas piores e conseguir vencer e não será isso que acabará com Caca-Rato. Tenho propostas e devo acertar na próxima semana. Estava tentando algo para fora do país, pois tinha o sonho de jogar na Europa, mas não deu certo. Agora, tenho oferta de quatro clubes e devo acertar em breve. Logo, logo Caça-rato volta a fazer gol. 

Por Elton de Castro
Recife

Parceiro cogita romper contrato em outubro, e Flu tem verbas atrasadas

A curta parceria entre o Fluminense e a Viton 44, patrocinadora master do clube, corre o risco de ter um fim bem antes do esperado, já no próximo mês. O presidente da empresa, Neville Proa, que já havia dado uma declaração de que não pretende investir no futebol em 2016 - Flamengo e Vasco também estão incluídos -, revelou situação financeira complicada, que culminou na demissão de 170 funcionários, e afirmou que, se houver a possibilidade, romperá com o Tricolor já em outubro. 

- Se houver uma condição de não continuar com a parceria, não vou continuar. Nosso movimento caiu, as vendas estão ruins. Infelizmente, tive que demitir 170 pessoas. Isso é por causa do jeito que está a situação brasileira. O Fluminense é maravilhoso, mas não posso pagar um patrocínio caro se não tenho dinheiro. Não está adiantando. Se houver possibilidade de bloquear em outubro, vamos fazer. Ainda não fui lá para conversar com eles. Dependendo da coisa, quando terminar esse mês, se não der uma melhorada...

Em dezembro de 2014, o Fluminense fez um contrato com a Viton 44 de R$ 12 milhões para 2015, e este valor passaria para R$ 24 milhões em 2016. Em maio deste ano, ficou acordado que a patrocinadora estamparia também as mangas das camisas, quase como uma barganha para que a parceria continuasse na próxima temporada. No contrato inicial, há uma cláusula que prevê a possibilidade de a empresa romper a parceria em outubro, mês que pode ser derradeiro na concepção de Neville caso a situação não melhore.

Enquanto isso, o pagamento direitos de imagens dos jogadores está atrasado em três meses. Para os atletas, a situação não é alarmante, já que o Fluminense vem mantendo o salário em dia, e a promessa para o elenco foi a de que as imagens não atrasarão por um longo período, como aconteceu com alguns no ano passado, quando ficaram seis meses sem receber.

O departamento de futebol recebeu a informação do financeiro do Fluminense de que existem verbas atrasadas e, assim que o clube recebê-las, os direitos serão pagos. O diretor de futebol Fernando Simone afirmou que a situação está conversada de forma tranquila com os jogadores.

- Já conversamos com os atletas. Assim que recebermos umas verbas que foram atrasadas, vamos colocar as coisas em dia para eles. Infelizmente, esse mês, algumas das verbas ordinárias que o Flu tem não entraram na data que esperávamos. A ideia é nunca deixar nem um mês atrasar. Temos sido muito transparentes com os atletas. Nunca ultrapassar um ou dois meses no máximo. Eles entenderam. Assim que tivermos a regularização das verbas, vamos colocar em dia - explicou o dirigente.

Perguntado se o atraso é referente à Viton 44, o presidente da empresa, Neville Proa, negou que haja alguma pendência com o Fluminense, que recebe da patrocinadora cerca de R$ 1,2 milhão mensalmente, dinheiro que normalmente é destinado para quitar pendências do departamento de futebol. 
Consultado pelo GloboEsporte.com, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, disse apenas que o clube não falará sobre a situação financeira da Viton:
- O Flu não vai comentar a situação financeira de um patrocinador - afirmou Peter. 

Por Fred Huber, Hector Werlang e Sofia Miranda
Rio de Janeiro

Boa fase de Gabriel Jesus aumenta disputa no ataque do Palmeiras

A aposta por Gabriel Jesus entre os titulares deu muito resultado para o sistema ofensivo do Palmeiras. Com quatro gols marcados nas partidas contra Cruzeiro e Joinville, o atleta de 18 anos parece que começa em vantagem a disputa com Rafael Marques por uma vaga na equipe titular do Verdão.

Empatado com Cristaldo na artilharia palmeirense em 2015 – ambos marcaram 13 gols –, Rafael Marques afirma desejo de voltar ao time, mas enaltece a disputa interna e prega respeito aos companheiros.
– Se você perder o tesão por jogar, pode pegar sua malinha e ir embora. Mas tem de haver respeito pelos profissionais que estão conosco no dia a dia. Sou um cara muito de grupo – disse Rafael Marques, que entrou no segundo tempo da partida contra o Joinville e teve bom desempenho.
– Jogando ou não, quando tiver de ajudar, eu vou ajudar. De alguma maneira, consegui ajudar e, mais do que isso, o importante foi a vitória. Vínhamos precisando (da vitória) depois da derrota no Brasileiro para o Atlético-MG. Agora pegamos mais confiança para o jogo de quarta-feira (contra o Goiás) – completou.
Com cinco gols marcados em apenas 17 partidas como profissional, Gabriel Jesus é só elogios para falar dos companheiros.
– O Rafa é um excelente jogador e profissional. Mas não tem titular no Palmeiras hoje. O elenco é muito forte. A disputa é sadia. É assim que vamos chegar longe - disse o garoto.

Principal reforço do Palmeiras neste segundo semestre, Lucas Barrios começou a ter sequência entre os titulares. No último domingo, porém, ele deu lugar para Alecsandro no intervalo contra o Joinville.

Além dos dois, Marcelo Oliveira deve contar também com Cristaldo para o duelo contra o Goiás – o argentino está recuperado de um problema muscular na coxa esquerda e deve ser relacionado para a partida no Serra Dourada, às 22h de quarta-feira.


Por Felipe Zito
São Paulo

Geração de Neymar assume missão de levar o Brasil à Copa de 2018

Teresópolis, 26 de dezembro de 2010. Neymar se apresentava ao técnico Ney Franco para iniciar a preparação para o Sul-Americano Sub-20, no Peru. Arequipa, 12 de fevereiro de 2011, o time canarinho goleava o Uruguai por 6 a 0, selava a conquista da competição e a vaga para as Olimpíadas de 2012, em Londres. As datas acima relembram a trajetória de três jogadores que participaram há quase quatro anos de uma conquista que credenciou uma geração. Neymar, Danilo, Lucas. Nomes que foram fundamentais naquela conquista, mas que agora são o futuro da seleção brasileira em busca de uma vaga na Copa da Rússia.
Neymar puxa a fila. Capitão da equipe comandada por Dunga, o jogador sabe que a Seleção foi obrigada a pular etapas e promover jovens jogadores por conta de uma geração que ficou pelo caminho. Nomes como Ronaldinho Gaúcho e Adriano não permaneceram por muitos anos na equipe nacional e abriram espaço para a garotada. Apesar disso, o atual camisa 10 do Brasil banca o grupo que conheceu naquela conquista em solo peruano.
- Estou num momento diferente de alguns que têm a minha idade. Mas são todos jogadores de qualidades. São craques e sei que são. Por isso, eu banco. Tem que ter calma, dar confiança. Foi assim comigo. Não cheguei na Seleção como o cara. Tive que ganhar confiança, conquistar o meu espaço para chegar onde cheguei. Quando eles encontrarem esse timing, esse momento, tudo vai dar certo. É uma grande geração. Se for trabalhada da maneira certa tem muito a crescer e a ganhar – disse Neymar.

Dos veteranos que podem ajudar no amadurecimento, Dunga testou dois. Robinho foi para a Copa América, mas não rendeu o esperado. Agora, o nome da vez é Kaká. Convocado para os amistosos nos Estados Unidos, o jogador do Orlando City, aos 33 anos, tem a missão de ser a referência e ajudar a garotada a selar a classificação do Brasil ao Mundial de 2018.
- A maior demonstração que terei que dar será no comportamento, na atitude. Se tiver que ajudar em campo, eu vou ajudar. Mas o principal é mostrar aos outros como deve ser nas atitudes.
Philippe Coutinho faz parte da mesma geração, mas não disputou o Sul-Americano de 2011. Foi peça-chave na conquista do Mundial sub-20, no mesmo ano, meses mais tarde, assim como Oscar. O meia do Chelsea, que chegou a ser convocado por Dunga para os amistosos contra Costa Rica e Estados Unidos, acabou cortado por lesão. Casemiro, Alex Sandro, Fernando... Jogadores que hoje podem não estar na Seleção, mas que já foram lembrados por Dunga ou pelo antecessor Luiz Felipe Scolari. Almejam conquistar algo mais com a amarelinha.
Dos três remanescentes daquele Sul-Americano descrito acima, Neymar é realmente quem tem mais jogos e gols. Foram 65 partidas e 44 gols. Lucas, do Paris Saint-Germain, vem em segundo. Fez apenas 31 jogos (4 gols). Danilo foi quem menos atuou, mas com o processo de renovação feito por Dunga após a Copa do Mundo foi quem ganhou a chance de ser titular. Até aqui, o lateral do Real Madrid entrou em campo em 14 oportunidades.
- Bacana reencontrar os amigos, alguns amigos que estiveram comigo no Sul-Americano e que me ajudaram a vencer. Feliz com a chance de estar ao lado deles novamente e vou fazer de tudo para aproveitar – disse Lucas Moura, que na competição de 2011 marcou três vezes no jogo decisivo diante do Uruguai.
Neste sábado, às 17h (de Brasília), a geração de Neymar, Lucas, Danilo & cia terá a oportunidade de mostrar que pode dar conta do recado. A seleção brasileira vai enfrentar a Costa Rica, no estádio do New York RB, em sua penúltima partida de preparação antes do início das eliminatórias sul-americanas para a Copa da Rússia.

Por Márcio Iannacca
Nova Jersey, EUA

São Paulo cola em Pato nas últimas horas da janela e quer astro em 2016

O São Paulo ficou grudado em Alexandre Pato desde sexta-feira, quando soube que o Corinthians tentava negociá-lo nos últimos dias da janela de transferências para a Europa, fechada na segunda-feira (na Inglaterra, a janela fica aberta até as 14h - horário de Brasília - desta terça-feira). O vice-presidente de futebol tricolor, Ataíde Gil Guerreiro, manteve contato durante todo o tempo com o atacante e seu empresário, Gilmar Veloz, até a manhã de segunda-feira, quando o atleta de 25 anos anunciou sua permanência aos companheiros no vestiário do CT da Barra Funda.  
Agora, o clube busca uma solução para tentar a compra do jogador após o fim do empréstimo com o Corinthians, válido até o fim do ano. A intenção do São Paulo é manter o artilheiro da equipe na temporada, com 21 gols, em 2016, mas precisaria negociar a transferência com o rival. Além disso, teria de readequar os salários de Pato, hoje de R$ 800 mil, divididos entre os dois clubes.
– Não acho que houve um blefe do Corinthians. Eles tentaram até a última hora e não conseguiram. Tinham a intenção de vender, e nós a de impedir, porque tenho a firme intenção de ficar o Pato. Não posso falar nisso agora porque não tenho dinheiro, mas quero arrumar uma solução até dezembro para ficar com ele em definitivo – disse Ataíde.
Mesmo em crise financeira, o dirigente descarta, por exemplo, repetir com Pato a solução dada para a contratação de Centurión. O empresário Vinicius Pinotti investiu aproximadamente R$ 14 milhões e financiou a transferência, sem ter participação nos direitos econômicos do argentino. Ele receberá o dinheiro de volta sem um prazo fixado, em um empréstimo com juros de mercado. Posteriormente, Pinotti virou diretor de marketing do São Paulo. 
– Acho bobagem. Com o Centurión foi algo que aconteceu e não vai ocorrer mais. Não sei como, mas estou procurando uma solução – afirmou Ataíde.
Veja abaixo os últimos dias da "novela Pato":

SUSPENSE E PREOCUPAÇÃO

Antes da definição sobre o futuro de Pato, a notícia sobre a possível transferência foi encarada no São Paulo com desconfiança e tentativa do rival de "tumultuar o ambiente". No sábado, dia da vitória por 3 a 0 sobre a Ponte Preta, no Morumbi, Ataíde manteve contato por mais de uma vez com Gilmar Veloz e Pato. Nas conversas, ouviu negativas sobre a saída do atacante. Depois do jogo, o atleta deixou o futuro incerto e preocupou os dirigentes.

KIA NA JOGADA

Em um dos contatos entre Ataíde e Gilmar Veloz, o dirigente ouviu do empresário que o iraniano Kia Joorabchian havia sido acionado pelo Corinthians para tentar negociar o atacante. Ao dirigente, Veloz teria dito ainda que a carta branca ao agente (que tem bom trânsito no futebol inglês) foi dada pelo superintendente de futebol e ex-presidente do clube Andrés Sanchez. O Tottenham era o principal interessado no jogador, e o também empresário Giuliano Bertolucci, parceiro de Kia, lideraria as conversas de Londres.

RESPALDO JURÍDICO

Além da vontade de Pato, o São Paulo também confiava em uma cláusula no contrato de empréstimo com o Corinthians para mantê-lo. O documento diz que o valor de oferta que obriga o Tricolor a liberar o atacante sobe para 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 80 milhões) caso ocorra atrasos no pagamento dos direitos de imagem, obrigação dos alvinegros. Essa posição é endossada pelo vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro. Se o rival estivesse adimplente com os pagamentos, a multa seria de 10 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões), pela interpretação são-paulina.

LIGAÇÃO E ANÚNCIO

Uma nova ligação do empresário Gilmar Veloz para Ataíde na manhã da última segunda-feira, seguida da confirmação de permanência feita pelo próprio atacante aos companheiros no vestiário do CT da Barra Funda, colocou ponto final na questão pelo lado são-paulino. No fim do dia, o atacante postou uma imagem com a camisa do Tricolor, reforçando a ligação com o clube.

ALÍVIO DUPLO

A permanência de Alexandre Pato acalma o técnico Juan Carlos Osorio. A saída do principal jogador do time na temporada poderia voltar a fazer o colombiano repensar sua continuidade no clube. 
O treinador, alvo de interesse da seleção do México, admitiu o sonho de treinar uma seleção na Copa do Mundo e prometeu analisar convites desse tipo. Osorio e "Alexander", forma como o técnico chama o atacante, têm ótima relação.

Por Marcelo Hazan
São Paulo


Seleção de Ubaitaba vence Itagibá e assume liderança provisória do grupo 11.

Na tarde do último domingo (30), em jogo válido pela 4ª rodada do Campeonato Intermunicipal de Futebol Amador – Edição 2015, a Seleção Ubaitabense venceu a Seleção de Itagibá, no Estádio Municipal Felipe Miranda (O Mirandão) na cidade de Ubaitaba, e chegou a sete pontos, assumindo provisoriamente a liderança do grupo 11 pontos.

Já a Seleção de Itagibá mantém-se na 2ª colocação, também com 07 pontos. O outro jogo do grupo, Ibirapitanga e Jitaúna, aconteceu também neste domingo, mas independente do resultado, a Seleção Ubaitabense continuou na primeira colocação. O próximo jogo da Seleção de Ubaitaba acontecerá no próximo domingo (06) contra a Seleção de Jitaúna na cidade de Jitaúna. 

O JOGO
Querendo apagar a derrota para a Seleção de Itagibá, na última partida a Seleção Ubaitabense começou com tudo. Logo no inicio do 1º tempo o atacante Ismaile invadiu a área e chutou fazendo o 1º gol, de Ubaitaba.

PRESSÃO DE ITAGIBÁ NO 2º TEMPO
No segundo tempo a Seleção de Itagibá voltou pressionando a Seleção Ubaitabense chegando por várias vezes com perigo ao gol de Bruno, já no finalzinho do jogo o atacante Totinga recebeu uma bola e chutou forte vencendo a meta do goleiro Orlando da Seleção de Itagibá fazendo 02 x 00 para o selecionado de Ubaitaba, e logo terminou o jogo com a vitória de Ubaitaba por 02 x 00 e Ubaitaba assumindo a 1ª colocação de seu grupo.

RENDA DO JOGO
Público Pagante Antecipado a R$  7.00 =  314
Público Pagante no dia a R$ 10.00 = 550
Público pagante Total= 864
Cortesias: 65
Idosos: 18
Crianças até 12 anos: 135
Público Total: 1075
Renda: R$ 7.698.00

 Por LUF Ubaitaba Esportes