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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Sob forte chuva e com Hulk, Seleção volta a trabalhar na Granja Comary.

Algumas horas após se reapresentarem ao técnico Luiz Felipe Scolari, os reservas da seleção brasileira, reforçados por Hulk, Ramires e Julio César, treinaram no gramado da Granja Comary, em Teresópolis. A atividade aconteceu debaixo de forte chuva.
Antes de os jogadores descerem ao campo, eles fizeram um trabalho na sala de musculação do CT da CBF. Os titulares não foram a campo. Quem atuou por mais tempo no empate por 0 a 0 com o México fez apenas um regenerativo na concentração da Seleção.

Um dado positivo foi o retorno do atacante Hulk às atividades com o grupo. No último domingo, o jogador sentiu um problema na coxa esquerda e chegou a passar por uma ressonância magnética, mas o exame não indicou lesão. O atacante não treinou na véspera do confronto e ficou como opção no banco de reservas.
Nesta quinta-feira, Hulk participou normalmente da atividade. Logo após a partida diante dos mexicanos, em Fortaleza, o médico da seleção brasileira, José Luís Runco, já havia dito que o atleta estava em condições de ser usado por Felipão na partida.

Em campo, os atletas fizeram uma atividade técnica. Em seguida, sob o comando do preparador Paulo Paixão, realizaram um treino físico.
Após a quarta-feira de folga, os jogadores da Seleção se reapresentaram a Felipão no Rio de Janeiro e retornaram a Teresópolis. Na próxima segunda-feira, o time vai encarar Camarões, no Mané Garrincha, em Brasília, pela última rodada do Grupo A, às 17h (de Brasília).

Por - Teresópolis, RJ


São Paulo acerta com Kaká e está perto de anunciar o retorno do ídolo.

O São Paulo está bem perto de anunciar o retorno do meia Kaká. De saída do Milan, o jogador tem um acordo com o Orlando City, dos EUA. Porém, como a liga norte-americana só começa em março de 2015, Kaká será emprestado ao Tricolor até lá. A diretoria são-paulina já acertou salários com o atleta e restam poucos detalhes para o anúncio.
Kaká passa férias na Bahia. Ele tem contrato com o Milan por mais uma temporada, mas existe uma cláusula em seu vínculo que permite a saída sem custos pelo fato do time italiano não ter conquistado uma vaga na próxima Liga dos Campeões. Fontes ligadas ao atleta dizem que as chances de ele jogar pelo clube do Morumbi aumentaram muito.
O presidente do Tricolor, Carlos Miguel Aidar, esteve na Arena Corinthians nesta quinta-feira para acompanhar a partida entre Inglaterra e Uruguai, pela Copa do Mundo, e admitiu a negociação com o meia.
- Estamos conversando com ele - afirmou o dirigente. 

Parceria com o Orlando City

São Paulo e Orlando City se tornaram parceiros. O clube brasileiro está nos Estados Unidos para se preparar para o retorno do Brasileirão, que ocorrerá depois do Mundial. Nesta sexta-feira, às 21h (horário de Brasília), o time norte-americano será adversário do Tricolor em um amistoso. O presidente do clube da Flórida, Phil Rawlings, acredita que ter Kaká trará mais visibilidade à equipe. 
- Queremos trazer uma estrela brasileira. Kaká é o nosso principal sonho e vai elevar muito a nossa marca - disse. Rawlings.
 
Por - Orlando (EUA) e São Paulo

Deus salve... Suárez! Celeste renasce com dois gols dele sobre a Inglaterra.

A faixa estendida nas cadeiras da Arena Corinthians era para ser de pura provocação aos ingleses. Virou doce premonição aos uruguaios. Numa paródia do hino da Inglaterra, dizia “Deus salve… o Rei”. No caso, Luis Suárez. O herói, o salvador, o santo. Na tarde desta quinta-feira, o camisa 9 simbolizava tudo isso e um pouco mais para uma nação de 3 milhões de apaixonados. Ele não desapontou. Renasceu sobre o joelho esquerdo operado há 29 dias. Colocou nele toda a força para, em dois golpes certeiros, destronar o time da Rainha. Inclusive ofuscou Rooney, que marcou seu primeiro gol em Mundiais. O 2 a 1 foi suficiente para também resgatar o Uruguai de uma eliminação quase certa a uma possível classificação no Grupo D da Copa do Mundo. Bendita faixa… Deus salvou Suárez, que salvou o Uruguai. O fantasma de 1950 despertou outra vez.

Suárez marcou duas vezes no mesmo minuto. Nos 39 de cada tempo. Um enredo divino, como fora o passe de Cavani para o primeiro tento. No segundo, Luisito fez quase tudo sozinho após balão do milagreiro Muslera. Pobre Rooney, não conseguiu o brilho que a quebra do jejum pessoal merecia.
A tabela volta a sorrir aos uruguaios. Após perder para a Costa Rica, coleciona três pontos. A Inglaterra segue zerada. Na sexta, o Grupo D complementa a segunda rodada com o confronto entre Costa Rica e Itália. Nenhuma das equipes está eliminada. Mas os ingleses precisam torcer pelos italianos e golear a Costa Rica na rodada final, que será na terça.

Nem parecia que Uruguai e Inglaterra haviam perdido na estreia e diminuído suas chances de classificação. A festa dos torcedores nos arredores de Itaquera e no interior da Arena Corinthians foi digna de final de Copa. Os charruas, como de costume, foram mais balhurentos, pareciam multiplicar as vozes já roucas de tanto gritar “Soy Celeste”. Mais do que isso, deliraram com a escalação nos telões, que estamparam o rosto dele, de Luis Suárez. Além dele, entraram Giménez, na vaga do lesionado Lugano, Álvaro Pereira, em substituição ao suspenso Maxi Pereira, e as alterações de ordem técnica, com os ingressos de Álvaro González e Lodeiro no meio-campo.
A Inglaterra não mudou em relação à derrota para a Itália. Só recuou Rooney. Mas o alvo da torcida inglesa não era o seu astro. Todos queriam apupar Suárez. Vaias se avolumaram a cada toque na bola do atacante do Liverpool, companheiro de clube de cinco titulares do time de Roy Hodgson. Haja garganta. Porque Suárez tocou muito na bola. Ele cobrava escanteios, faltas, puxava contragolpes…

Em dois desses escanteios, Suárez quase aprontou. Primeiro, aos três minutos, em que a cobrança na primeira trave quase se transformou em gol olímpico. Mais tarde, aos 26, mudou a tática e bateu o escanteio rasteiro para a marca penal. Cavani emendou de primeira, sobre o poste. Suárez é assim. Imprevisível como todo craque. Mas ele tinha algo a mais. Uma fome a mais. Não aquela fome que o fez morder um adversário do Chelsea na Premier League. Fome de gol. Afinal, quase perdera a Copa pela lesão no joelho.
O único que parecia capaz de desvirtuar o destino redentor de Suárez era Rooney. Entrou em seu nono jogo de Mundial em busca de seu primeiro gol. Em cobrança de falta, deixou Muslera estático e arrancou “uuhhhh” sem fim da torcida. Em outra bola parada, aparou de cabeça um escanteio, na pequena área. A finalização explodiu no travessão.

Mas o destino já tinha seu roteiro para a tarde cinza e fria desta quinta, na Arena Corinthians. Porque, desta vez, Deus está salvando Suárez. E, por tabela, o Uruguai. Em contragolpe perfeito, Lodeiro oferece a bola a Cavani. O atacante do Paris Saint-Germain fez menção de chutar. Como que por força divina, desistiu. Ergueu os olhos sob a cabeleira e alçou com maestria para Suárez. Aos 39 minutos, Luisito voltava a sorrir como não fazia há 29 dias.
Estava tão ansioso em marcar que, após golpear de cabeça e vencer Hart, nem esperou a bola roçar a rede. Misturou todas as comemorações numa só. Emendou com os dedos alguns tiros de revólver por seu apelido “Pistoleiro”, depois beijou a aliança de casado, levou as mãos ao rosto, deitou-se no chão, apontou para o fisioterapeuta Walter Ferreira. Fez de tudo. Chorou. Nada que qualquer outro uruguaio não estivesse fazendo naquele momento. Ao mesmo tempo, Suárez era o cara, mas também era mais um.

O início do segundo tempo foi avassalador. Parecia que todos os jogadores do Uruguai eram um pouco Suárez. Foram quatro chances claras em seis minutos. Uma delas, com o próprio camisa 9, que se precipitou em chutou para longe. Cavani, no entanto, foi quem errou mais. Após belo passe de González, ficou cara a cara com Hart e colocou com defeito.
A Inglaterra deu o troco logo depois. Em cruzamento rasteiro para a área, a bola se ofereceu a Rooney, sozinho. Melhor que um pênalti. Não melhor que Muslera. Milagre na Arena Corinthians, que chegou a ouvir em certos momentos o grito do dono do estádio: “Timão, êô, Timão êô”...

Que foi cortado pelos urros ingleses, pedindo pênalti - que não houve - em Sterling. A trupe da terra da Rainha também reclamou do tempo de atendimento a Muslera. Mas em nada poderia se enervar com a parada para atender Álvaro Pereira, que levou uma joelhada no rosto, aos 15 minutos. Ao saber que seria substituído, levantou o dedo, em sinal negativo em direção ao cuidadoso médico Alberto Pan. E não saiu. Em questão de minutos, já estava cabeceando a bola na aplicada defesa charrua.
O esforço de Pereira só não foi maior que a insistência de Rooney. Após três tentativas fracassadas, enfim o camisa 10 conseguiu marcar seu primeiro gol em Copas. Justamente no décimo jogo. Com o gol vazio, completou passe de carrinho de Johnson: 1 a 1. Assim como Suárez, Rooney estava com aquele momento mágico entalado. Faltava tempo para o tanto que queria extravasar. Agradeceu aos céus, sorriu, acabou soterrado de abraços. A massa de branco atrás da meta de Muslera daria tudo para fazer o mesmo. Abraçar Rooney.
Mas quem abraça por último… o faz bem melhor. Suárez não deixaria o protagonismo sair de seu colo. Aninhou no pé direito um balão de Muslera. Porque Suárez não está só comungado com forças divinas. Também é Rei. Tocou, virou ouro. E, mansa, a bola saiu como um foguete para balançar a rede de Hart. Golaço, choro e redenção. Tudo que um uruguaio gosta.

por Lucas Rizzatti