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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

'Artilheiro' e pedra no caminho do Fla: Martín Silva, o super-herói vascaíno.

Ele não tem superpoderes, mas se veste diferente dos demais. Não encara vilões, mas atacantes dispostos a ameaçar a paz em São Januário a cada jogo. E, como alguns dos mais famosos super-heróis, Martín Silva voa: salta em direção a todas as bolas para garantir a segurança do povo cruz-maltino. Não à toa, o novo camisa 1 da Colina foi apelidado de Superman no Paraguai, onde desde 2011 defendia o Olimpia. Uma alusão que resume bem o momento do goleiro, contratado em janeiro com o status de salvador para um clube que enfrentou diversas turbulências - principalmente no gol - na temporada passada. De quase atacante, artilheiro por um dia e até pedra no caminho do grande rival Flamengo, Martín Silva é o super-herói vascaíno.

O apelido surgiu porque o goleiro aparecia sempre nos momentos mais complicados para salvar o Olimpia. Sem falar dos grandes saltos que realizava para evitar os ataques adversários. Segundo o próprio Martín, a brincadeira começou com um jornalista paraguaio. Mas logo a torcida entrou na onda. Em pouco tempo, ele ganhou um nome no melhor estilo lutador de MMA: Martín "Superman" Silva. Tanto que Marcelo Olmedo, designer gráfico e fã do Olimpia, criou diversas montagens do goleiro vascaíno com a roupa do Super-Homem. Ele, aliás, mantém um blog apenas para homenagear jogadores de seu clube.
- Foi um comentarista que disse isso em uma partida do Olimpia, e o apelido de Superman pegou. Sinceramente? Eu nunca me senti um Superman. Isso é coisa dos torcedores - resumiu Martín Silva ao GloboEsporte.com.
Idolatria no Paraguai e gol DECISIVO
Quando não está salvando o Vasco, a versão Clark Kent de Martín Silva faz o estilo de homem apegado à família. Gosta de passar o tempo livre vendo televisão em casa e bebendo seu chimarrão. Não perde a oportunidade também de ficar ao lado das mulheres de sua vida: a esposa Paola e as filhas Rocio e Sofia, donas de duas tatuagens em seus antebraços. São muitas as declarações nas redes sociais àquelas que ele chama de "princesas".

Em campo, porém, a segurança, a dedicação e os reflexos são suas principais características. Além da fidelidade. Perto de completar 31 anos no próximo dia 25 de março, Martín é um goleiro que costuma cumprir seus contratos. Até hoje, só vestiu a camisa de três clubes: fora Vasco e Olimpia, atuou também pelo Defensor, do Uruguai, no qual iniciou sua carreira.
Mas foi em Assunção onde viveu seu melhor momento como super-herói profissional. Contratado em 2011, ele é considerado por muitos um dos maiores goleiros da história recente do Olimpia. Campeão do Torneio Clausura daquele ano, era o líder da equipe que chegou ao vice-campeonato da última Libertadores, acabou eleito o melhor goleiro da competição e ainda foi escolhido o melhor goleiro das Américas em 2013 na tradicional eleição do jornal uruguaio "El País".
A vaga na competição sul-americana, aliás, foi garantida com um gol de Martín Silva. Era a antepenúltima rodada do Clausura de 2012. O jogo contra o Sol de América estava 0 a 0 quando o Olimpia sofreu um pênalti. Em uma atitude inesperada, o goleiro pediu para cobrar. E não desperdiçou a chance. A vitória deixou o Olimpia com um pé na Libertadores. Bastava o Libertad confirmar a conquista do título, o que veio a acontecer. Artilheiro por uma noite, ele se lembrava ali de seu início no futebol. Na primeira vez que se matriculou em uma escolinha, por volta dos seis anos, jogava como atacante. Até o dia em que foi deslocado para o gol por causa de sua altura, 1,87m.
Com liderança, segurança embaixo das traves, grandes defesas e até mesmo um gol, "Superman Silva" conquistou os paraguaios. Para alguns, seu ponto fraco seria a saída de gol em jogadas de bola parada. Mas, mesmo assim, a torcida paraguaia lamenta o fim do ciclo até hoje. O contrato em Assunção iria até 2015, mas a crise financeira e os atrasos no pagamento dos salários levaram Martín à Justiça para deixar do clube. O mesmo aconteceu com o volante Aranda, outro que hoje veste a camisa do Vasco.
- Como em poucas vezes acontece depois de saída de um jogador, a frustração foi enorme entre os torcedores do Olimpia quando foi oficializado o adeus. Todos lamentaram porque consideram Martín um ídolo. Ele provavelmente foi o melhor goleiro do clube na última década. Com boas atuações, conquistou o carinho da torcida e o respeito dos adversários. Sempre se mostrou muito seguro e foi vital para a vitória do Olimpia em diversas partidas. Seu temperamento e grandes reflexos foram vitais para o clube alcançar o título do Clausura de 2011 e chegar à final da Libertadores no ano passado. Nos primeiros meses, muitos criticavam sua saída do gol nas bolas paradas. Mas ele superou isso, e não vejo pontos fracos em seu futebol. Ao contrário: seus reflexos e entrega total em cada partida sempre chamaram atenção - destacou o jornalista paraguaio Juan Carlos Lezcano Flecha, do jornal "ABC Color".

Pedrada e vitórias sobre o Fla

Se não saiu vencedor na final contra o Atlético-MG em 2013, Martín Silva tem boas recordações de quando enfrentou outro clube brasileiro: o Flamengo. Ele já ajudou a eliminar o maior rival do Vasco de duas edições da Libertadores. Em 2007, era ele o goleiro do Defensor. Nas oitavas de final, vitória por 3 a 0 no Uruguai e derrota por 2 a 0 no Maracanã.

No segundo jogo, Martín abusou da cera e irritou os rubro-negros.
Em 2012, teve participação indireta na eliminação do Rubro-Negro. Já defendendo o Olimpia, caiu no mesmo grupo dos cariocas e não perdeu nenhum dos confrontos: 3 a 2 no Paraguai e 3 a 3 no Engenhão - depois de o clube da Gávea abrir 3 a 0. Para finalizar, Martín participou do jogo entre Olimpia e Emelec, na última rodada. A vitória dos equatorianos fora de casa decretou a eliminação rubro-negra. Em quatro jogos contra o agora rival, duas vitórias, um empate e apenas uma derrota - na qual deixou o campo classificado.
Experiência também não falta ao goleiro. Ele é constantemente convocado para a seleção do Uruguai desde as categorias de base. Disputou a Copa do Mundo de 2010, a Copa América de 2011 e a Copa das Confederações de 2013, sempre na reserva.
E tem cinco participações em Libertadores no currículo: 2006, 2007, 2009, 2012 e 2013. Sem falar na Sul-Americana. E foi em uma delas que mostrou outro traço de sua personalidade: a raça. Nas oitavas de final de 2010, o Defensor enfrentou o Independiente. Após vencer por 1 a 0 em casa, o clube uruguaio foi eliminado com uma derrota por 4 a 2. Nessa partida, Martín Silva foi atingido por uma pedrada na cabeça. Mesmo depois de sangrar muito, o goleiro ficou em campo até o fim.

Vitória em São Januário

Com tantas qualidades e em alta após os prêmios individuais e as boas atuações na Libertadores 2013, era de se esperar que os poderes de Martín Silva fossem disputados por vários clubes. E foi o que aconteceu. Ainda mais depois de o goleiro se desligar do Olimpia. Fatores que o levam a ser considerado uma vitória pessoal da diretoria vascaína.

Mesmo com o time rebaixado e vivendo uma delicada situação financeira, o Vasco conseguiu a tão sonhada contratação depois de disputar Martín com clubes como o Internacional. O desejo surgiu ainda no meio do ano passado, mas naquela época o contrato com o Olimpia tornava a situação inviável. Só mesmo o imbróglio entre o goleiro e o clube paraguaio possibilitou a transferência. Ao Cruz-Maltino, coube o pagamento de uma indenização bem inferior ao valor real de mercado de seu novo camisa 1. Detalhe: mesmo sendo uma quantia pequena, o Vasco só conseguiu fechar o negócio porque será parcelada em dois anos, mesmo tempo do contrato de Martín.
- Claro que ele foi uma vitória para nós. Até porque não houve um investimento elevado na aquisição. Tivemos que ressarcir o Olimpia em um pequeno valor, nada perto do que ele realmente vale. Ainda assim não conseguiríamos pagar à vista. Só mesmo com o parcelamento durante o tempo do contrato. O mesmo aconteceu com o Aranda. O Internacional também estava interessado no Martín, mas conseguimos trazê-lo com nosso poder de convencimento. Temos boa relação com o Régis (Marques), empresário do jogador. Ele está em alta no mercado e é claramente um goleiro que resolve os problemas dos clubes que defende. Tem 30 anos e defendeu apenas três. Isso mostra que ele cumpre contratos - resumiu o diretor executivo de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, lembrando que conversou com Martín e todos os reforços sobre a situação financeira do clube.

O início do Vasco não poderia ser melhor. Martín Silva precisou de apenas quatro jogos para assumir de vez o papel de super-herói vascaíno. Vazado pela primeira vez apenas nessa quarta-feira, contra o Volta Redonda, o novo camisa 1 caiu nas graças da torcida e é ovacionado a cada rodada, a cada defesa, a cada voo. Ganhou até uma música no clássico contra o Botafogo: "Olê, olê, olê, olá, Silva, Silva". Contra o Voltaço, fez uma defesa sensacional com o pé em cabeçada na pequena área (assista ao vídeo) nos minutos finais para garantir a vitória por 2 a 1. Foi mais uma vez ovacionado pelos vascaínos.
Ainda é cedo, mas o carisma e potencial de futuro ídolo do clube já fazem o departamento de marketing olhar com carinho para futuras ações com o goleiro. 
- Já tive esse olhar diferente para ele. O Vasco tinha uma carência na posição. Se o Martín de fato se consolidar no gol, se identificar com o clube, podemos fazer um trabalho especial com ele. Sou favorável a isso. É um jogador que interage com as pessoas, carismático e com um bom potencial de marketing. Ainda é cedo, mas ele pode vir a ter a cara do Vasco - afirmou o vice-presidente de marketing do clube, Victor Ferreira.

Por - Rio de Janeiro




Com vaias a Pato, São Paulo vence o Paulista sem sustos no Morumbi.

O São Paulo não teve dificuldades para reagir no estadual após ser derrotado no clássico contra o Palmeiras. A tranquilidade foi tanta para construir a vitória por 2 a 0 sobre o Paulista, nesta quinta-feira, no Morumbi, que a principal torcida organizada ligada ao clube aproveitou o tempo para criticar a diretoria pela contratação do atacante Alexandre Pato, do Corinthians, e sair em defesa de Luis Fabiano.

Os gritos começaram na metade do segundo tempo e atacaram em cheio a troca envolvendo o meia Jadson. Em um dos cânticos, os torcedores gritavam que o Tricolor dará dinheiro ao arquirrival com a chegada do jogador.
Eles também apoiaram o centroavante Luis Fabiano e o goleiro Rogério Ceni, com quem Pato se desentendeu no ano passado. Curiosamente, o Fabuloso foi criticado nas pichações aos muros do CT da Barra Funda, na terça-feira - o presidente Juvenal Juvêncio também esteve na mira.

Dentro de campo, os gols foram marcados pelos jogadores que brigam pela artilharia da equipe na temporada: o zagueiro Antônio Carlos, agora com quatro, e Luis Fabiano, autor de cinco. O ataque, porém, voltou a errar bastante nas finalizações, perdendo a chance de construir um placar ainda maior.
Muricy Ramalho, ao contrário da organizada, se anima com a possibilidade de acabar com a carência ofensiva do time.

O colombiano Pabón já teve a documentação regularizada e vai estrear contra a Ponte Preta, domingo, às 17h, em Campinas. Na segunda-feira, o Tricolor deve apresentar Alexandre Pato como seu grande reforço para os próximos dois anos.
Apesar da oscilação e dos protestos da torcida contra o presidente Juvenal Juvêncio e Luis Fabiano, o Tricolor lidera o Grupo A, agora com 12 pontos, e dificilmente não ficará com uma das duas vagas na próxima fase. Os concorrentes são Linense, Penapolense e Comercial, todos com campanhas apenas medianas até o momento.
Já o Paulista liga definitivamente o alerta para evitar o rebaixamento. O Galo da Japi continua sem vencer e soma apenas dois pontos, segurando a lanterna do Grupo B. O time volta a jogar apenas na próxima terça-feira contra o Penapolense, às 19h30, em Jundiaí.
 
Com ataque mal, Antônio Carlos resolve. De novo!

Não adiantou a bronca e toda a conversa de Muricy Ramalho com os jogadores do São Paulo após a derrota no clássico contra o Palmeiras. Apesar de controlar facilmente a partida, o Tricolor voltou a ter problemas ofensivos, principalmente para finalizar. Quando chutou, não teve precisão, e sofreu para abrir vantagem no primeiro tempo.
O Paulista fez o esperado: defendeu-se a todo custo, posicionando todos os jogadores atrás da linha do meio de campo e raramente se arriscou. Em uma das poucas vezes que saiu para atacar, deu trabalho a Rogério Ceni logo nos primeiros minutos. David chutou bonito, mas o goleiro voou para defender no canto esquerdo alto.

No mais, só deu São Paulo. Não que isso fosse muito. Ademilson e Osvaldo correram como de costume e erraram quase tudo. Ganso, de novo, foi facilmente marcado e não conseguiu acionar Luis Fabiano. Muricy, então, liberou o lateral Alvaro Pereira para atacar. E ele quase marcou ao receber uma bola de presente da defesa na área e errar o chute.
Como nada parecia dar certo, a solução foi recorrer a uma arma que vem funcionando em 2014: Antônio Carlos. O zagueiro apareceu por trás da marcação após falta batida por Pereira e desviou no canto esquerdo de Juliano. Foi o quarto gol dele em seis partidas.
 
Fabuloso garante a vitória

A conversa de Muricy com o time no intervalo, desta vez, surtiu certo efeito. Se o desempenho técnico não sofreu grande alteração, o Tricolor, pelo menos, reapareceu para o segundo tempo com mais velocidade. Logo no início, Ganso perdeu grande chance ao aparecer livre na área e desviar para fora mais um cruzamento de Pereira. Em seguida, Luis Fabiano parou em Juliano.
O caminho era mesmo pelo lado esquerdo do ataque. Quando Pereira não apareceu, Osvaldo tratou de abrir caminho pelo setor. Após boa jogada dele pela esquerda, Ademilson não conseguiu desviar, mas a bola sobrou para Luis Fabiano emendar para as redes.
A vantagem fez o São Paulo diminuir o ritmo e passar a administrar a vitória. O Paulista ainda tentou abandonar a postura cautelosa de toda a partida, mas era tarde. Vitória tranquila do Tricolor, e o prenúncio de mais dias turbulentos para Alexandre Pato.

por Carlos Augusto Ferrari