As memórias da conquista do Campeonato Brasileiro de 2002 estão vivas
nas lembranças da torcida santista. Aquele foi o grande feito do time
que recebeu o rótulo de "geração Diego
e Robinho". O segundo teve um breve retorno ao Peixe em 2010, quando
conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. Já o primeiro atua
no futebol europeu desde 2004.
O sonho de parte da torcida em
ver Diego novamente vestindo a camisa do Alvinegro Praiano, porém, pode
se realizar em 2014. O contrato do jogador, de 28 anos, com o Wolfsburg,
da Alemanha, se encerra no meio do ano. Com isso, o atleta poderia ir,
sem custo, para qualquer clube. O meia não esconde o carinho que sente
pelo Peixe.
- Sempre
foi claro o meu carinho pelo Santos. Tenho uma relação maravilhosa com a
torcida, jogadores, dirigentes e com a cidade. Se existir uma chance de voltar, com
vontade e respeito de ambas as partes, seria uma situação legal - diz Diego.
- Teria prioridade.
Deixo claro que o Santos é a minha primeira opção. Mas tem que ter o interesse e
respeito de ambas as partes para chegar a um acordo - emenda.
Apesar
do carinho pelo Alvinegro Praiano, Diego, neste momento, só se importa
em jogar futebol. O jogador pensa sobre o futuro, mas afirma que não
tomará nenhuma decisão de forma precipitada. Ele quer esperar o fim da
temporada para definir os rumos na carreira.
-
Existem as
duas possibilidades (ficar na Alemanha e sair). Está um ambiente agradável aqui. A equipe
vive um bom momento, está numa campanha maravilhosa. Nós tratamos isso de forma
clara e com respeito, tanto eu quanto os dirigentes do Wolfsburg. Vai chegar o
momento de tomar uma decisão. Agora, é hora de trabalhar. Quando for o momento
vou analisar a situação do clube. A permanência em uma Europa League ou
Champions League influencia. Existe a chance de renovação e também o interesse
de outros clubes. Vamos esperar.
Mesmo longe, o meia segue acompanhando o clube pela internet e televisão. Sempre que pode, assiste aos jogos do Peixe.
- Houve algumas mudanças como a saída do
Neymar e também do
treinador. Creio que o Santos precisa de uma sequência de bons jogos, um
entrosamento melhor da equipe. O Santos tem bons jogadores, é um time forte e
também possui a atmosfera da Vila Belmiro, que sempre foi um ponto positivo.
Quando os resultados começarem a aparecer, tudo irá melhorar.
Diego aproveitou para mandar um recado para os torcedores santistas.
-
Quero que
os torcedores santistas saibam que meu carinho continua igual ou maior desde a
época que eu passei pelo clube. Eu só tenho a agradecer o mesmo carinho da
parte deles porque sei que também acontece. Sinto isso sempre quando volto à Santos nas
férias. Tenho só a agradecer a todas as alegrias que eles me proporcionaram e,
quem sabe, um dia podemos estar juntos novamente.
Saudades do Brasil e vida na Alemanha
Há
quase dez anos na Europa, Diego diz sentir saudades do Brasil. Por
isso, sempre aproveita as férias para retornar à terra natal e visitar
amigos e familiares. O meia conta que aprendeu a conviver com esse
sentimento.
- Sempre
sinto saudade. Tem dois lados. No Brasil estão minhas raízes, amigos e
familiares. Ao mesmo tempo, estou feliz e satisfeito na Europa.
Procuro matar saudade nas férias, em janeiro e junho, mas a saudade sempre
existe. Você aprende a lidar com isso. Ele existe, mas é de forma saudável.
Durante o período na Europa, o brasileiro já morou em Portugal, na
Espanha e na Itália, mas a maior ligação é com a Alemanha. Já é o sexto
ano do meia em terras germânicas. Ele diz que o país está marcado em sua
vida.
-
A
Alemanha faz parte da minha história. Meus dois filhos nasceram aqui. Tive
passagens por outros locais, mas foi o país que mais me marcou. Foi onde eu
vivi experiências maravilhosas.
Acostumado com o fanatismo dos
torcedores brasileiros, Diego conta que consegue levar uma vida
tranquila no país europeu. Segundo o jogador, os alemães são mais
tímidos e as abordagens dos fãs não o impedem de passear com a família.
- Consigo
viver uma vida quase normal. Existe o contato com os fãs, mas os alemães são mais
tímidos. Faço tudo o que quero com a família, minha esposa e meus filhos. Não
tem nenhuma situação que eu precise evitar.
Por Bruno Gutierrez - Santos, SP.