Como a Raposa jogará suas próximas três partidas longe do Mineirão, os
atletas andaram pelo campo numa espécie de volta olímpica,
jogadores e torcedores comemoraram o título, que poderá ser confirmado
na próxima quarta-feira diante do Vitória até mesmo em caso de derrota. O
mais comedido foi Marcelo Oliveira. O técnico disse que é preciso
esperar a oficialização da conquista, mas aprovou a festa dentro do
gramado. Marcelo não
participou. Preferiu comemorar o resultado.
- Era importante fazer nossa parte. O título está muito próximo, virá
nas próximas rodadas porque estamos concentrados e não vamos nos
acomodar. Era para comemorarem mesmo uma vitória expressiva, e sabendo
que falta muito pouco - opinou.
A conquista só não foi sacramentada neste domingo por conta da vitória
do Atético-PR, também por 3 a 0, sobre o São Paulo. A missão do técnico
agora será manter os pés do grupo no chão até a partida de quarta. Isso
já começou a ser feito no vestiário do Mineirão, quando Marcelo pediu
que descansem e se alimentem bem no início da semana.
Se o Cruzeiro bater o Vitória, será campeão independentemente de
qualquer outro placar. Se empatar ou perder, basta que o Furacão não
vença o Criciúma, em Santa Catarina. A poucos dias da provável
conquista, Marcelo Oliveira rasgou elogios ao grupo de jogadores e
garantiu: não haverá zona de conforto.
- Como comandante, preciso administrar porque ainda tem jogo. Mas o
time é muito consistente e comprometido, joga e marca muito. Achei justo
comemorar porque foi uma vitória sensacional. Tenho consciência
absoluta de que não vamos nos acomodar, vamos jogar forte.
Apesar da proximidade enorme do título, o técnico admitiu ansiedade a
poucos dias de mais uma partida decisiva. Para ele, isso é normal.
Errado é se houver alguém que não esteja ansioso.
- Faz parte da nossa profissão, só não pode ser exagerada. É preciso
estar ansioso, mas no tempo certo, e a melhor forma de minimizar isso é
se preparar bem.
Por Alexandre Lozetti -
Belo Horizonte.