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sábado, 16 de novembro de 2013

Sem Libertadores, Gobbi prevê prejuízo e cogita liberar medalhões.

O Corinthians tem planejado suas temporadas contando sempre com uma vaga na Taça Libertadores. Para 2014, porém, a chance de o clube disputar a competição internacional é mínima - o time está em décimo lugar, com 48 pontos, oito atrás do Goiás, primeiro time do G-4. São 12 pontos em disputa, mas os próprios corintianos acham praticamente impossível tirar a diferença. A ausência da equipe na Libertadores é mais um motivo apontado pela diretoria para a reformulação, que começou com o anúncio da saída do técnico Tite, nesta sexta-feira.
Com receita sensivelmente menor, o clube pretende dar mais um passo para rejuvenescer um elenco calejado, que conquistou quase tudo o que disputou, mas que caiu de rendimento no segundo semestre de 2013. Dos consagrados, Emerson Sheik, Douglas e Danilo estão na corda bamba – além de Alessandro, este por opção própria, já que considera a aposentadoria. Entre os menos utilizados, Ibson é carta certa fora do baralho por uma combinação fatal: alto salário e baixo desempenho. 

A “limpeza” servirá também para o time ter espaço para seus novos jogadores. Em 2014, a diretoria espera ver mais brilho do volante Guilherme, do meia Rodriguinho e até do zagueiro Cléber, que teve sua ascensão freada por causa das boas atuações de Paulo André – medalhão, mas que tem mantido o bom nível de atuações.
Em entrevista coletiva, o presidente Mário Gobbi preferiu minimizar o baixo rendimento, mas admitiu que a provável ausência da Libertadores será um baque.
- Sair da Libertadores é um grande prejuízo, pois faz cinco anos que o Corinthians a disputa seguidamente (na verdade são quatro, entre 2010 e 2013). Essa gestão, que começou com o Andrés Sanchez em outubro de 2007, conquistou oito títulos e dois vices. Muitas glórias. Mas você não vive a vida inteira na Libertadores – ressaltou Gobbi.
- Você também vê grandes clubes europeus fora da Champions League. Se confirmar que estamos fora, vamos iniciar a caminhada novamente e colocar o Corinthians na Libertadores em 2015. Esse é o compromisso - completou.

O planejamento para a próxima temporada começou a ser montado antes mesmo da definição da saída de Tite. Por isso, a chegada de Mano Menezes, acertado verbalmente com o clube, deve fazer pouca coisa mudar no que está previsto para o elenco. O maior temor seria por mudanças na diretoria, já que a relação com o gerente de futebol Edu Gaspar, por exemplo, não é das melhores. 
Além disso, o diretor Roberto de Andrade começa a preparar sua candidatura para a sucessão de Mário Gobbi na presidência. Gobbi foi diretor na primeira passagem de Mano pelo Timão, entre 2008 e 2010.
- O futebol é rápido e temos de tomar decisões. O planejamento está pronto, foi feito por uma equipe e está nas mãos do Edu. Não parou em nenhum momento. Quando acharmos o novo técnico, ele pode mudar isto ou aquilo, mas a essência, a espinha dorsal, já está pronta e em fase de execução – assegurou o presidente.
Caso a ausência na Libertadores se confirme, o Corinthians teria apenas o Campeonato Paulista e as primeiras fases da Copa do Brasil no primeiro semestre. Para um elenco caro, a diretoria considera que é muito pouco.

Por São Paulo.