As holandesas foram sinceras. Ao chegar na coletiva após a derrota
para o Brasil nas oitavas de final do Mundial, a armadora Lois Abbingh
frisou que sua seleção tinha a certeza da vitória. Evoluindo muito no
cenário do handebol europeu, a Holanda eliminou a Rússia para se
classificar para a competição na Sérvia, mas não foi páreo para a
seleção e acabou eliminada ao perder por 29 a 23.
E se entraram sorridentes e dançando na Kombank Arena, as holandesas
deixaram o ginásio chorando a derrota e a volta para casa. Ao passar
pela zona mista, Estevana Polman, Lois Abbingh, Danick Snelder e Jessy
Kramer tinham lágrimas nos olhos. As duas primeiras, além de artilheiras
na Europa, são duas das mais belas da competição, assim como outras
jogadoras da seleção da Holanda, repleta de beldades.
-
Entramos em quadra e vou ser sincera, achávamos que íamos vencer.
Tínhamos isso na cabeça. Tivemos um bom início, mas depois o Brasil se
impôs na defesa e não tivemos força física suficiente para buscar o
resultado no segundo
tempo. Conseguimos diminuir a vantagem do Brasil,
mas não foi o bastante. A defesa do Brasil é muito forte, e desejo toda a
sorte para elas no restante da competição - disse Abbingh após o jogo.
Elogiadas
pela beleza após o jogo, as holandesas exibiram um pequeno sorriso, mas
confessaram que queriam mesmo era uma vaga nas quartas de final.
- Claro que fico satisfeita com os elogios que recebemos durante todo o
Mundial, mas isso não importa. Queríamos era seguir no campeonato. Não
foi possível, mas vamos seguir os treinos para conseguir nossos
objetivos nas próximas competições - garantiu Polman.
O técnico holandês Henk Groener também parabenizou a seleção
brasileira, mostrando a evolução do time nacional e o respeito que os
rivais passaram a ter pelo Brasil.
- Definitivamente erramos
muito, e o Brasil também. Mas eles foram melhores depois que conseguiram
se acertar. A defesa do Brasil é muito potente e não nos deu
oportunidade depois. Nossas meninas não tiveram força suficiente para
vencer isso. Parabéns ao Brasil pela vitória e pela evolução - frisou o
comandante.
Nesta quarta-feira, às 14h30 (de Brasília), a
seleção brasileira encara a Hungria pelas quartas de final do Mundial.
Uma vaga coloca o Brasil ao menos na busca pela medalha de bronze, no
que seria a melhor campanha da história do país na competição.
Por Thierry Gozzer - Direto de Belgrado, Sérvia