Com 345 partidas pelo
Botafogo, o goleiro Jefferson tem algo a mais em comum com os alvinegros da
arquibancada: o Flamengo é o rival que ele mais gosta de vencer. Com 21
partidas contra o rubro-negro no currículo, o arqueiro botafoguense conversou
com o Esporte Espetacular e explicou que a motivação para encarar os
flamenguistas é tão grande que o elenco costuma brincar dizendo que não
precisaria ter nem preleção antes do clássico.
Jefferson sabe bem que
o clássico contra o rubro-negro é também a chance que os adversários terão para
sair da situação difícil que se encontram, na lanterna do Brasileirão. E por
isso, todo cuidado é pouco.
- O Flamengo é um time
que vai usar o clássico para se levantar. E o Botafogo depois de uma grande
vitória contra o Coritiba, vai buscar a segunda vitória e vai ser um
jogo aberto. O Flamengo é o time que eu mais gosto de vencer. Com certeza! Todo
mundo! Esse é o jogo que brincamos que não precisa de preleção, não
precisa de reunião, não precisa de nada. Já entramos arrepiados. Meu
clássico preferido sem dúvida nenhuma é o de 2010. O pênalti que eu tive a
oportunidade de pegar de um grande jogador, o Adriano – lembra ele.
E para ajudar na missão
de fechar o gol botafoguense, Jefferson apela também para as novas tecnologias
e usa seu telefone celular para acompanhar os detalhes dos adversários.
- Eu baixei um
aplicativo, todos os jogos eu tenho meus cinco minutinhos de concentração e
vejo todas as minhas defesas. Principalmente contra o Flamengo... tem bastante –
afirma.
Somando as duas
passagens, Jefferson já tem oito anos de Botafogo. Ele agora imagina o dia em
que sua foto estará adornando as paredes do Engenhão junto com outros ídolos
alvinegros como Heleno de Freitas, Quarentinha, Jairzinho e Garrincha. O
paulista de São Vicente conta que hoje sua identificação é total com a estrela
solitária, mesmo com os problemas financeiros por que passa o clube.
- Espero que eu possa
ter um cantinho no coração dos torcedores e um cantinho junto com esses grandes
jogadores que passaram aqui no Botafogo. É uma paixão, é um amor, e hoje minha
família toda é botafoguense. Financeiramente eu, particularmente, nunca passei o
que estamos passando esse ano. Esse ano vamos ter que unir forças pra
chegarmos o mais longe possível, não adianta nos iludirmos – diz o jogador de
31 anos.
Um sucesso em preto e
branco no segundo semestre também amenizaria a decepção em verde e amarelo que
Jefferson viveu na Copa do Mundo. Será que ele ainda sonha com a Seleção?
- A Copa no Brasil foi
um peso muito grande. Muitos jogadores novos, tivemos só três jogadores
que
disputaram a última Copa, é pouco. Sentiu o fator psicológico, o fator
casa. Assumimos a responsabilidade, o grupo todo. E agora com o
Dunga...Ele conhece a
Seleção, foi campeão como jogador. É continuar fazendo o que eu venho
fazendo
no Botafogo...que com certeza vou ter oportunidade de mostrar para Dunga
que
tenho condições de estar na Seleção e brigar por uma vaga em 2018.
Por GloboEsporte.com - Rio de Janeiro