Vilson, André Luiz, Tiago Alves, Marcelo Oliveira, Charles, Léo Gago, Eguren, Ronny, Rondinelly, Felipe Menezes, Leandro, Alan Kardec e Ananias. Treze reforços que foram contratados pelo Palmeiras com o dinheiro que o clube economizou com a saída de Hernan Barcos
no início da temporada. Com salários estimados em R$ 500 mil mensais, o
atleta foi cedido ao Grêmio que, em troca, pagou R$ 4 milhões, cedeu
quatro jogadores por empréstimo (Vilson, Leandro, Léo Gago e Rondinelly)
e ainda quitou a dívida existente entre o jogador argentino e o clube
paulista, estimada em R$ 1,5 milhão.
Barcos chegou ao Verdão desconhecido e foi embora com a possibilidade de
brigar por uma vaga na seleção do seu país na próxima Copa do Mundo.
Até por ter se destacado com a camisa 9, o presidente Paulo Nobre e o
diretor executivo do clube, José Carlos Brunoro, foram muito criticados
pela torcida. Hoje, com o acesso garantido, os dois respiram aliviados.
Brunoro conta que a situação financeira do Palmeiras na época fez o
clube agir dessa maneira.
– Com o dinheiro do Barcos, contratamos todos os reforços que vieram. O
Palmeiras hoje é um clube responsável, paga o que pode e não faz
loucuras. Se você me perguntar se hoje eu faria de novo, te responderia
que sim, embora a gente leve porrada até hoje. As viúvas do Barcos ainda
estão presentes por aqui – diz Brunoro.
A diretoria afirma que quitou até as dívidas deixadas pelo ex-presidente Arnaldo Tirone com alguns atletas - com muitos deles, os valores só foram quitados na semana passada, às vésperas do jogo do acesso, contra o São Caetano.
Depois de 31 gols em 61 partidas no Palmeiras, Barcos foi esquecido de
vez pelos palmeirenses com a chegada de Alan Kardec. Emprestado pelo
Benfica, o atacante mostrou qualidade técnica, marcou belos gols e logo
se tornou inquestionável no esquema tático de Gilson Kleina.
Os dirigentes aproveitaram a saída de Barcos para mudar o perfil do
elenco. Para suportar a pressão da torcida e de atuar na Série B, foram
contratados atletas mais experientes. Dos garotos revelados na base,
apenas o lateral-direito Luis Felipe virou titular. Muitos foram
emprestados para ganhar experiência e voltarem no futuro.
– Achamos que era o momento de ter jogadores mais rodados. O momento
era de muita pressão e todos trabalharam muito bem – elogiou o
dirigente.
O modelo de administração não sofrerá alterações em 2014, até porque o
clube voltou para a elite, mas ainda não tem patrocinador. Não há
jogador que não possa ser negociado - e isso inclui Valdivia, que voltou
a jogar bem e a ser aplaudido pelo torcedor.
Por Marcelo Prado -
São Paulo