Destaque do Vasco nos últimos
jogos, o meia-atacante Marlone virou prioridade vascaína nesse fim de
temporada. Há cerca de um mês, com o camisa 30 já titular absoluto, o clube
iniciou os contatos com o representante do jogador e fez a primeira proposta de
reajuste salarial. Marlone recebe menos de R$ 10 mil, o Vasco propôs aumentar
os vencimentos para R$ 50 mil, mas por enquanto não houve avanços nas
negociações. O jogador desperta o interesse do Santos.
- Já estive conversando com o
Vasco duas vezes. Mas não é o momento de falar disso (proposta do Vasco), ele
está jogando e tem contrato até 2016 – diz Reginaldo Duarte, empresário de
Marlone.
Titular do Vasco desde a partida
contra o Corinthians em agosto – quando substituiu Eder Luis e não mais saiu da
equipe -, Marlone tem multa rescisória considerada baixa até para o mercado
brasileiro. No contrato, o clube impôs valor de 2 milhões de euros (cerca de R$
6 milhões) para transferência interna e 10 milhões de euros (cerca de R$ 30
milhões) para clubes de fora do Brasil. O Vasco tem 60% dos direitos
econômicos de Marlone, o restante pertence ao empresário do jogador. As
primeiras conversas se iniciaram com o diretor de futebol Ricardo Gomes, mas já
chegaram ao diretor geral do clube Cristiano Koehler.
- Ricardo e eu já conversamos com
o representante do jogador, fizemos propostas de reajuste, mas ainda não houve
entendimento. Mesmo assim estamos confiantes de que tudo vai se resolver da
melhor maneira para as duas partes – espera Koehler.
Entre os clubes brasileiros, o
Santos é o que se mostrou mais interessado
em investir em Marlone. O fundo de investimento
Teisa, que trabalha com a equipe da Baixada Santista, tem o jogador na
lista de
possíveis contratações. Marlone tem nove anos de Vasco. Embora o
empresário do
jogador não queira comentar o assunto, existe uma mágoa antiga do
tratamento que o garoto,
agora valorizado, recebeu após assinar novo contrato em 2011, pouco
depois de se destacar na Copa São Paulo de Juniores. Apesar de ser
destaque da base, a avaliação era de que o jogador era prejudicado pela
gestão do departamento de futebol amador e por isso demorou para subir
dos juniores para o
profissional. No ano passado, ele esteve para ser emprestado para o
Americano de Campos e este ano, para o Atlético-GO.
Por Gustavo Rotstein e Raphael Zarko - Rio de Janeiro.