A torcida do Palmeiras esperava desde o começo da temporada para ver
Valdivia, Bruno César, Leandro e Alan Kardec jogando juntos. E a estreia
no quarteto entre os titulares foi exatamente do jeito que ela queria:
vitória por 3 a 2 sobre a Ponte Preta, neste sábado, no Pacaembu, pelo
Paulistão, com boa participação dos astros da equipe. Eguren, Kardec e
Mendieta marcaram para o Verdão; Rossi e Silvinho fizeram para a Ponte.
Bruno e Kardec foram os destaques do time alviverde, que teve de ser
persistente para vencer: a Ponte saiu na frente, o Verdão virou, viu o
adversário empatar e arrancou a vitória no fim. O ponto negativo foi a
arbitragem de Marcelo Rogério: além de errar nas faltas dos dois
primeiros gols do Verdão, ele marcou penalidade bem duvidosa a favor da
Ponte.
Com a vitória, o Verdão chegou a 35 pontos e está três à frente do
Santos - que ainda joga neste domingo - na luta pela liderança geral da
competição. As duas equipes se enfrentam no próximo domingo, às 16h, na
Vila Belmiro, para definir quem ficará com o primeiro lugar da fase de
grupos.
Já a Ponte Preta, com 24 pontos, está no segundo lugar do Grupo B e
depende apenas de suas forças para se classificar, mas a vantagem pode
diminuir caso o São Bernardo vença o Bragantino neste sábado - o time do
ABC tem 20 pontos e pode ir a 23. O próximo jogo será contra o Mogi
Mirim, também no domingo, às 16h, no Moisés Lucarelli.
Verdão joga bem, mas vacila
Valdivia, Bruno César, Leandro e Alan Kardec. Com a escalação do
quarteto ofensivo, o técnico Gilson Kleina tinha a expectativa de que o
Palmeiras encurralaria a Ponte Preta desde o início. Só que ele não
contava com a esperteza de Rossi, que se aproveitou de uma bobeira do
lateral-esquerdo Juninho, do Verdão, para abrir o placar logo aos dois
minutos de jogo.
Passado o susto do gol, o que se viu foi quase um treino de ataque
contra defesa. A Macaca toda recuada, muitas vezes com todos os seus
jogadores atrás da linha da bola. Já o Palmeiras sentiu muito a falta de
Wesley. A equipe tinha a bola, mas não conseguia acertar a transição da
defesa para os meias, principal característica do camisa 11. Eguren e
França, que mais atacou do que defendeu, não conseguiram dar essa
qualidade ao time.
O Verdão só melhorou depois dos 30 minutos, quando Bruno César e
Valdivia começaram a se acertar na armação, sempre se alternando com
Kardec e Leandro. Com a Ponte totalmente fechada, apostando nos
contra-ataques apenas, sobrou para o goleiro Roberto fazer grandes
defesas e segurar a pressão final do Palmeiras e garantir o resultado
até o intervalo.
Verdão vence; juiz comete erros
O Palmeiras começou o segundo tempo como encerrou o primeiro: marcando
em cima o adversário, pressionando e criando chances, sempre defendidas
por Roberto. Foi aí que começaram os vacilos da arbitragem. Aos 15
minutos, Bruno César trombou com um defensor e caiu. Lance normal, mas o
juiz Marcelo Rogério apontou falta. Na cobrança, o meia cobrou com
efeito, Roberto, que fazia partida impecável, largou, e a bola sobrou
para Eguren marcar.
O jogo ganhou ritmo frenético. Em seguida, aos 17, Bruno novamente
apareceu e enganou a arbitragem. Ele invadiu a área e indo para cima do
lateral-esquerdo Carleto. O meia palmeirense deixou sua perna se chocar
com a do adversário e caiu. O juiz viu pênalti. Na cobrança, Kardec
virou.
A festa no Pacaembu, porém, durou pouco. E, mais uma vez, teve erro de
arbitragem . Macelo Rogério viu penalidade num embarrão normal entre
Wendel e Silvinho, que caiu no chão. Ele mesmo bateu, empatando a
partida.
A partir daí, o jogo ficou aberto, com chances para os dois lados.
Antônio Flavio acertou a trave para a Macaca, e Alan Kardec quase marcou
duas vezes para o Verdão. Até que, aos 42, o Verdão fechou o placar.
Kardec foi à linha de fundo e cruzou rasteiro para trás. Mendieta, que
entrava livre, apenas empurrou para o gol.
por
Fabricio Crepaldi