BLOG DO BETO

quinta-feira, 19 de março de 2015

Jobson mostra ansiedade para renovação: "Assino até em branco".

Internamente o Botafogo discute valores, o melhor formato e se realmente vale a pena renovar o contrato de Jobson. Mas, no que depender do jogador, as negociações serão simples. Em entrevista coletiva - uma raridade -, o atacante mais uma vez deixou clara sua intenção de permanecer no clube e estender o vínculo que termina em 24 de junho. Segundo ele, algo que também serviria como retribuição pelas oportunidades dadas nos últimos cinco anos.
- Sou grato e estou feliz. Devo muito ao Botafogo e à torcida. Tudo que falaram de eu ter pedido um valor alto é mentira. Assino até em branco. Aqui me acolheram e deram várias oportunidades. Agora que estou dando a volta por cima aqui quero colocar o clube de volta à Série A - disse.
Exatamente por conta dessa vontade de permanecer, Jobson fez questão de procurar o diretor de futebol Antônio Lopes e esclarecer que a questão financeira não é de muita relevância neste momento. Sua prioridade é retribuir o que o Botafogo fez por sua carreira.

- Hoje conversei com o Lopes, que deve ter passado para o presidente. Quero o mesmo salário. Estou ficando pela gratidão ao clube. Não é o salário que vai mudar. Até por 10 anos eu assino. Não é o salário que vai tirar o meu foco daqui - completou.
O foco, segundo Jobson, é ajudar o Botafogo a retornar à Primeira Divisão. Mesmo tendo sido reintegrado ao grupo em setembro do ano passado, quando o rebaixamento era quase uma realidade, o atacante admitiu que ainda se sente abalado pela situação e, em melhor forma, acredita estar em melhores condições de ajudar. Assim, prefere ficar alheio ao possível interesse de outros clubes.
- Para mim não chegou nada. Se chegou ao meu advogado, não falou nada. Falo para ele não me passar porque meu foco é o Botafogo. Depois da tragédia do ano passado, o meu foco é ajudar o Botafogo - afirmou.
Artilheiro do Botafogo na temporada, com seis gols nas últimas sete partidas, Jobson está firme na posição de titular e vê como estímulo a volta de Rodrigo Pimpão, que com uma lesão deu a ele a oportunidade de atuar. Em 2015, Jobson reencontrou René Simões, com quem trabalhou no Bahia, e tem procurado retribuir as oportunidades do treinador com mais gestos do que os beijos nas comemorações de seus gols.
- Ele pegou um pouco duro comigo na pré-temporada. Ele brinca comigo falando para tirar a Ferrari da garagem. Esperei ao máximo minha oportunidade - contou.
Jobson acredita também que vão além dos treinos os fatores que resultam em seu bom rendimento:
- Acho que tenho experiência. Pego experiência e fica difícil explicar. Nas minhas atitudes mudou muita coisa. Penso dez segundos antes de fazer algo que não vá me favorecer. Mudou muita coisa que nem sei explicar.


Por Gustavo Rotstein e Lucas Loos
Rio de Janeiro