Um grupo de torcedores do Fluminense tentou invadir o vestiário do clube após o empate diante do Atlético-MG, por 2 a 2,
neste sábado, no Maracanã. Ao menos quatro deles foram detidos pela
Polícia Militar, com auxílio da segurança privada do estádio.
Parte
da torcida tricolor que saía do setor Oeste, sem saber o que se
passava, chegou a gritar que "a PM é a vergonha do Brasil". Também houve
confusão do lado de fora do estádio. Segundo a coordenação do Jecrim,
foram registradas diversas ocorrências envolvendo torcedores de
Fluminense e Atlético-MG. Por conta do tumulto, funcionários do Maracanã
chegaram a acorrentar o portão 11, que dá saída ao estacionamento da
imprensa, temendo invasões.
O tenente-coronel João Fiorentini,
comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe),
fez um resumo dos acontecimentos:
- Um grupo de torcedores
entrou pelo portão de estacionamento, que inclusive é usado pela
imprensa, para tentar invadir o vestiário do Fluminense. Quando eles
chegaram próximos ao hall, não conseguiram passar. Se não fossem
contidos, teriam invadido o vestiário. Um grupo foi posto para fora, e
quatro foram presos. No início do jogo, houve uma briga na chegada da
torcida do Atlético. Foram presos quatro torcedores de cada clube. Houve
também um torcedor do Fluminense e um do Atlético presos por desacato, e
três atleticanos que tentaram agredir um segurança privado também foram
conduzidos ao Juizado Especial do Torcedor (antigo Jecrim, que teve
ampliada a competência para apreciar causas cíveis).
Minutos após as confusões, foi montado um forte esquema de segurança no
portão 2 para a saída dos jogadores. Alguns deles não fizeram uso dos
ônibus das delegações e foram embora em carros particulares ou táxis.
Todos foram muito xingados pelos torcedores que estavam afastados pelo
cordão de policiais.
Um grupo de torcedores cercou o carro do presidente do Fluminense,
Peter Siemsen, na saída do portão 2. Eles gritaram palavras de ordem,
chamaram o time de sem vergonha, cobraram comprometimento e chegaram a
bater no carro. Peter fez um gesto de força, cerrando e erguendo o punho
dentro do carro. Quando o veículo saiu pela Avenida Radial Oeste,
alguns torcedores correram atrás. Os seguranças do clube tiveram de
intervir para proteger o presidente. Houve um princípio de confusão,
logo debelado.
Com o tropeço deste sábado, o Flu tem grande
chance de entrar no Z-4 após os jogos deste domingo. O time está à beira
da zona da degola, com 43 pontos, um a mais que o Coritiba, que
enfrenta o Botafogo, e dois a mais que o Vasco, que mede forças com o
rebaixado Náutico. A última rodada do Brasileiro será disputada no
próximo fim de semana. próximo fim de semana. O rival do Tricolor será o
Bahia, em Salvador.
Por Cahê Mota e Vicente Seda - Rio de Janeiro